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Sete da manhã. Sete da manhã quando Finney Blake arremessou seu despertador longe, se levantando da cama com raiva.

Ao colocar seus pés na cozinha, o mal-humor já foi notado pela Blake caçula, que riu baixinho.

- Ugh, parece que alguém broxou ontem..- Debochou Gwen, rindo.

- Vai a merda, Gwendolyn!

- Ei, isso é jeito de tratar sua irmã, Finney? - Disse Terrance, que até então, estava entretido no jornal.

- É, isso é jeito de tratar a sua irmã, Finney? - Debochou a menina, fazendo biquinho com seus lábios.

O garoto apenas olhou indignado para o pai, que bufou antes de gritar.

- Basta! Vão, comam logo para irem ao colégio! - Mandou, voltando a prestar atenção em seu jornal.

Terrance Shaw-Blake, o prefeito da cidade, o mais querido e temido pelos cidadãos. O homem todo poderoso, majestoso e cheio da grana.

Como tudo não é perfeito, é claro que o homem teria que ter algum defeito. Com o tempo, a fama e a riqueza lhe subiram à cabeça e ele não é mais o mesmo homem que era um pouco antes de Gwen nascer. Ele havia mudado, e infelizmente, para o pior.

A Blake mais nova enxergava isso com tranquilidade, mas o Blake mais velho se negava à todo custo, via aquele homem como sua inspiração, era como um espelho que refletia sua própria imagem, Finney idolatrava seu pai. Pena que ninguém avisou à ele, que ele idolatrava uma pessoa que havia inventado.

Tomaram café da manhã e foram para o internato onde estudavam desde crianças, já estavam acostumados com a idéia de passar a semana inteira no colégio, pelo menos não teriam que presenciar as brigas de papai e mamãe todo santo dia.

Enquanto isso, há alguns quilômetros dos irmãos Blake, havia um garoto surtando.

- Aquele velho está ficando biruta!? Me colocar num internato, quem ele pensa que é!? - Bufava Robin, louco de raiva.

- É seu pai, Robin, mais respeito. - Disse Wendy Rey, sua mãe, uma cantora muito famosa.

- Respeito? - Riu sarcástico, cruzando os braços.

Então, de repente, o moreno começou a andar em volta da mãe, apontando para todos os lugares da enorme construção à sua frente.

- Olha em volta, mãe.. Isso aqui não é o meu lugar, eu não vou me encaixar!

- Claro que vai, meu amor, dê tempo ao tempo. - Segurou as bochechas do garoto, olhando em seus olhos.

- Qual é? Quem está querendo enganar? Nem você acredita nisso, mãe! Esse lugar é entupido de..- Fez uma pausa para poder pensar..- Princesinhas cor-de-rosa e play-boyzinhos de quinta..- Abaixou a cabeça. - Por favor, me leva daqui, eu não quero ficar. - Disse firme, embora tivesse realmente uma vontade absurda de chorar.

- Oh, mi cielo! - Wendy o abraçou, acariciando os fios longos de seu filho.

- Chega.. Chega, 'tá bom de abraço já. - Murmurou Robin, dando tapinhas nas costas da mãe.

- Você vai ficar bem, ok? Não é o fim do mundo. - Sorriu.

- Mas pode ser, considerando que quem me mandou para cá foi o próprio capeta.

- Robin Andrade!

O mexicano riu, jogando a cabeça para trás.

- To brincando, mãe..- Não 'tava não.

- Dê uma chance, sim? Só uma.. Eu prometo, se não gostar mesmo daqui, eu te tiro por bem ou por mal! - Disse, fazendo o garoto sorrir verdadeiramente pela primeira vez naquela manhã.

- Obrigado mãe.

- Eu te amo, mi cielo.

- Tá, chega, também te amo, quanta baboseira! - Reclamou, enquanto ria e entrava com sua mãe no colégio.

RBD | rinney!Onde histórias criam vida. Descubra agora