16. pai

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Dayane

Assim que estacionei na porta do endereço indicado, respirei fundo e aperto o volante com força.
Olhei para a casa, até que era bem ajeitada, uma casa branca, na beira da praia, com algumas pranchas de surfe na porta, dava para ver uma piscina e uma caixinha de cachorro.
Dei um sorriso ao lembra do meu cachorro de infância, o Bud.
Peguei uma garrafa de vodka do porta luvas e dei um gole, limpando a boca logo depois.

- Uma dose de coragem. Abri a porta do carro e sai do mesmo, tocando a campainha da casa.

Esperei por um tempo, no momento em que me virei para voltar para o carro, ja frustada. Escutei a porta sendo aberta e um homem de uns 45 anos, de cabelos escuros e molhados, acredito de que seja por piscina ou mar, de acordo com as pontas secas. Ele ajeitou seus oculos escuros e sua jaqueta de couro, assim dando um sorriso.

- Dayane? Dayane Limns?. Ele se aproximou ainda sorrindo.

- Sim, Sr. Romania?. O olhei ainda desconfiada.

- Apenas Samuca pra você, minha filha. Ele veio me abraçar com um sorriso, apenas retribui.

- Samuel Romania, como eu queria encontrar você. Dei um pequeno sorriso e o olhei, após o abraco.

- Vem, vamos entrar, aposto que está curiosa por varias coisas. Ele foi andando na frente e segurou a porta para mim.

Assim que entramos, sentamos na mesa de estar, onde tinham alguns salgadinhos e refrigerantes.
Logo senti um cachorro me cheirando, um cachorro identico ao Bud.

- Esse é o Bud? o cachorro da vovó?. Disse enquanto fazia carinho no cachorro.

- É sim, agora ele é um pouco mais velhinho, mas tem a mesma energia. Ele sorriu e bebeu um gole do seu refrigerante.

- Eu imagino, bonita casa. Olhei por volta e vi uma casa bem estilo praiana, com alguns troféus nas paredes.

- Obrigado, imagino que queira fazer algumas perguntas. Ele me olhou e passou a mão por seus cabelos.

- Sim, claro, afinal, foram 8 anos lomge. Bebi um gole da água que o mesmo colocou para mim.

- Me desculpe por isso, como está seu irmão?. Ele me olhou demonstrando curiosidade.

- Está bem, cursando música na Usp, acho que você deve saber que ele mora comigo, por causa dos cheques.

- Sim, eu sei, música?? que incrível, sempre senti este talento dele. E seu também, Day. Ele sorriu enquanto comia.

- É, talvez, não sei o que fazer ainda. Cocei minha cabeça o olhando.

- Ta brincando, Day?? Obvio que a escolha será sua mas você é a pessoa mais talentosa que eu conheço, você cantava e compunha músicas com 9 anos. Ele disse empolgado.

- Eu lembro disso, a famosa "Estrelinha vermelha". Falamos o nome da música juntos e demos risadas.

- Vem, quero te mostrar algo. Ele virou seu copo de refrigerante e se levantou, caminhando até o fundo da casa, onde tinha uma cabana. O acompanhei.

Cheguei lá e ja identifiquei o local. Era onde eu passava a maior parte do meu dia. Compondo músicas, e onde eu dei meu primeiro beijo.

- Caraca, o porão do refrão. Dei um sorriso e passei a mão por toda a parede desenhada, com algumas letras de músicas minhas ou de algum famoso.

- Sabia que você ia reconhecer, não mexi aqui desde que você e seu irmão se mudaram, só passo um pano de vez em quanto. Ele sentou no sofá que estava ali, levantando algumas poeiras.

pra sempre, nós - DayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora