Apaixonadas

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"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música..."

               Friedrich Nietzsche.

Sooyoung Pov's

Eu estava tentando entender o que estava acontecendo comigo, eu quase cometi uma gafe ontem anoite. Quase disse a Jiwoo que eu...

Não! Isso não pode acontecer!

Mas as palavras praticamente pularam da minha boca, eu estava me sentindo como uma adolescente apaixonada, ontem ficamos exatamente como um casal, apenas algumas carícias e nada mais, eu passei lá pois queria vê-la e eu amei nosso momento juntas, Jiwoo estava se preocupando comigo coisa que nem Seola estava fazendo que por um momento pensei que talvez fosse carência da minha esposa, mais eu sabia que não era pois já vinha me sentindo assim em relação a Jiwoo por um tempo.

Isso é possível? Eu sei que ainda sinto algo pela Seola e jamais teria coragem de abandoná-la, mas esse sentimento novo que Jiwoo está despertando em mim, está confundindo minha cabeça.

— Com licença senhora Ha. — Vivi apareceu na minha porta e eu suspirei esperando que dessa vez ela me trouxesse boas noticias. — Os sócios de Paris, Japão, Coréia do Sul e Tailândia querem marcar uma reunião para a próxima semana. — Eu engoli em seco temendo o rumo daquela conversa. — Apesar da senhora ter recolocado o dinheiro... — Ela nem precisou terminar pois eu já sabia.

Como eu pude pensar que eles não perceberiam que estava faltando dinheiro e que esse dinheiro foi desviado para outra conta que ainda não sabemos!? Eu deveria pensar em algo bom para falar a eles e pressionar Agatha para resolver isso logo, não podia colocar em risco tudo o que minha mãe levou anos para construir.

Não podia!

— Por favor, Vivi marque uma reunião para a quinta que vem, e fale com Agatha, precisamos resolver isso antes que ocorra de novo!

— Tem mais. — Vivi mordeu o lábio inferior. — Parece que esses desvios já vinham a acontecer a um tempo. — Eu arregalei meus olhos. — A muito tempo na verdade.

— Quanto tempo?

— Pelos cálculos... uns 6 anos.

— 6 ANOS!? — Eu gritei arregalando os olhos.

6 anos! Eu estava no cargo a 7 anos e isso começou um ano depois que eu comecei que foi quando mamãe morreu, se ela estivesse viva eu imagino o tamanho da decepção que ela teria. Como eu nunca percebi isso antes? Foi exatamente essa pergunta que eu fiz à Vivi.

— Não percebeu porque eram tiradas poucas quantias retiradas de 5 a 10 mil, e como as vendas sempre foram boas sempre repunha o valor com outro bem mais alto. — Eu passei as mãos nos cabelos atordoada.

— A mesma pessoa?

— Durante 2 anos foi de um mesmo dispositivo mas de um tempo mudou anualmente. Mas achamos que pode ser a mesma pessoa. Eu sei que não é da minha conta, mas a senhora adquiriu alguma rixa com alguém?

— Não, eu sempre fui muito bem resolvida com assuntos relacionados a empresa e mesmo quando despedia alguém não deixava de pagar todos os seus direitos.

— Certo. Resolveremos isso senhora Ha. Aliás a Jiwoo acabou de chegar e mandou pedir desculpas pelo atraso, foi por causa da escola. — Ao ouvir seu nome meu coração pulou dentro do meu peito. — A senhora me ouviu?

— Sim Vivi, obrigada. Chame ela para mim. — Vivi assentiu e fez uma breve reverência antes de sair.

Fiquei inquieta enquanto esperava, apesar de estar atolada de problemas, minha cabeça insistia em ficar em uma morena com um metro e meio de altura. Ouvi duas batidas na porta e murmurei um entre. Jiwoo apareceu no meu campo, ela estava em um estilo mais casual do que dos outros dias que ela vinha trabalhar, usando uma calça jeans, sandálias de salto e uma blusa branca ombro a ombro, seus cabelos soltos estavam despojados.

The Mistress | Chuuves G!POnde histórias criam vida. Descubra agora