capítulo 1: eu odeio cigarras

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  O barulho incessantes martelando ao fundo estraga todo o momento, eu odeio cigarras, principalmente quando demoro para cavar o lugar que uso para esconder os corpos dessas mulheres. É tão repetitivo e chato que me deixa irritado, porra eu sei que é uma floresta, mas a "mãe natureza" podia calar a boca e me deixar aproveitar o último grito das vítimas.

  A situação dessa vez foi diferente, ainda tinha a porra das cigarras, mas o que tinha de diferente então? É que dessa vez eu estou enterrando um... homem? Menino? Sei la, é tão magro e baixo que não dá para saber quantos anos tinha.

  Eu o encontrei dentro da minha casa, ainda não sei como ou porque ele estava la, escondido como um rato em meu porão, tremedo demais assim que eu o vi atrás das escadas.

  Eu o deixaria ir se não tivesse visto a mulher que estava "esperando". Talvez isso seja um lembrete para ser mais cuidadoso, esse "menino" podia ser uma pessoa desconfiada ou até um policial

  Sangwoo inclinou um pouco para tocar o rosto, ja sem vida, do cadáver a sua frente

  O garoto tinha um rosto irritantemente familiar, o mesmo rosto que aquela pessoa, deve ser por isso que eu bati nele tantas vezes. So parei quando seus gritos cessaram, e aquela mulher tentou escapar. Foi ai que eu notei sua presença

  Sangwoo inclinou a cabeça para trás, relembrando o que disse. Ainda jogando terra em cima daquele corpo

  -Você está com medo de que?.- Acabei perguntando me aproximando um pouco dela -vc tem medo de ser a próxima?.- ela negou com a cabeça, ainda tinha lágrimas irritantes nos olhos -então por que está gritando?.- eu agarrei o cabelo dela e aproximei o rosto.

  -me... solta, por favor, eu prome.- parou de falar abruptamente assim que eu quebrei o seu pescoço.

   Droga, o rosto daquele garoto deve ter mexido muito comigo, para que eu a matasse tão fácil. Agora tive que me livrar de dois corpos de uma vez só, deixando mais pontos soltos.

  A falta de terra para jogar fez com que ele voltasse a realidade, passar mais tempo aqui pode ser ruim

  -Isso deve ser o bastante- comentei comigo mesmo, droga, mania irritante de ficar falando sozinho.

  Olho no relógio e percebo que ja está na hora de ir embora, mesmo que eu esteja tenso, eu não posso parecer suspeito ou preocupado, ainda tenho que encontrar com os idiotas que eu marquei de sair.

  Talvez seja uma boa desmarcar, mas pensando bem, isso pode ser um álibi. Olho no celular e vejo que falta apenas 40 minutos para a hora marcada. Merda, ja estão me mandando mensagem? Ainda está cedo.

  Esta escuro o suficiente para andar livrememte, então vou pela estrada principal, claro que eu estou o mais escondido possível em minhas roupas, imagina se algum idiota intromedido resolve achar os corpos e ainda dizer que me viu aqui? Certamente não seria inteligente

  Despreocupadamente digo algumas desculpas e que iria me atrasar um pouco, ja que eu vou em casa primeiro para trocar de roupa.

  Tem muitos carros passando, e Sangwoo quer pegar um táxi, mas três recusaram parar para ele, provavelmente por causa das roupas e da localização onde se encontra

  Apenas o quarto aceitou, ainda bem, ja que estava considerando sentar naquele corrimão nojento a beira da estrada

  -Boa noite senhor, onde vamos?.- um homem, que parecia um porco suado se inclinou para olhar para ele, dando-lhe um sorriso que deixava a cara dele mais amassada

  -Para o bairro X.- Sangwoo puxou um pouco o capuz para não ser visto e para que o homem não falasse mais com ele

  Mas é esperar muito que porcos pensem, ja que o homem tentou conversar com ele algumas vezes, ate que Sangwoo finalmente foi rude e disse para ele calar a boca.

  A viagem restante foi silenciosa e o homem constantemente bufava para expressar sua raiva, ao fim da corrida Sangwoo jogou mais que o valor na cara do motorista e foi em direção a sua casa

  Quando finalmente chegou em casa ainda faltavam 14 minutos para a hora marcada, aproveitou e avisou o grupo de idiotas

   Mesmo que o bar não seja tão longe, eu ainda prefiro avisar para evitar que aqueles porcos fiquem me ligando.

  Senti um alívio quando finalmente tirei a roupa, e para minha sorte, não tinha nenhum policial fazendo ronda. Subi as escadas e fui direto pro banheiro, digamos que eu estava com um pouco de pressa, queria me livrar logo daquele cheiro de mato

  A sensação fria da água é um dos poucos momentos de paz em que todas as ideias vão junto a água, a sensação de ter o humor melhorado e de estar limpo o ajuda a pensar

  Enquanto eu estou me enxugando e me arrumando percebo que tem muitas mensagens de Min Jieun, todas perguntando se eu ainda vou e com que roupa eu estava, realmente irritante, ela não entende dicas

   Ignoro todas as mensagens, e desço para chamar outro taxi. Mesmo tendo que andar um pouco para achar um ponto de taxi, eu não demoro muito para chegar no bar. Observando o relógio na frente, percebo que ainda são dez horas eu estava apenas vintes dois minutos atrasado.

   O bar não estava cheio, muitas mesas estavam agrupadas e outras arrumadas de forma irregular, as pessoas também parecem estar se divertindo além do limite, o cheiro de cachaça estava forte, provavelmente derramada

   Olhei em volta e não achei nenhuma figura familiar, então peguei o celular para perguntar qual parte do bar eles estão, apenas digitei a mensagem quando ouvi alguns sons de briga por perto

  Vejo a comoção pela visão periferica, um homen moreno e bonito está defendo o que parece ser um garçom que estava sendo importunado

   Pela música alta não consigo ouvir o que ele fala, mas a expressão que ele faz é um tanto firme e... bonita? De uma maturidade que combina com a sua aparência.

  Ele é muito bonito. Usa um cabelo baixo igual as pessoas do exército e tem sobrancelhas finas como um risco, o que não deixa de combinar com o óculos quadrado e o nariz fino e cheio de confiança que ele tem.

   Enquanto observava a "confusão", eu não percebi que ela na verdade ja tinha acabado e só tinha sobrando o homen e o garçom, enquanto alguns homens eram escoltados para fora.

   Eu ainda estava observando o que parecia ser ele dando conselhos para o garçom franzino e sem graça que estava com uma cara chorosa. Enquanto falava, parecia ter percebido algo e olhou na minha direção, foi ai que eu percebi que seus olhos eram escuros e penetrantes, como se um lobo estivesse me encarando, isso me fez me sentir desconfortável.

   Ele se despediu do garçom e veio na minha direção, seus olhos ainda me encarando, eu me endireitei e escondi o nervosismo inicial.

  -Posso ajudar?.- ele perguntou assim que chegou perto, ficando na minha frente de braços cruzados

  -Não, eu estava apenas vendo o espetáculo.- dei a ele o sorriso mais cínico que pude, fazendo ele franzir a testa com essa resposta

   -O "espetáculo" ja acabou- ele disse com uma certa desconfiança, insinuando que eu estava o encarando por outro motivo, então esse cara é um espertinho.

   -Desculpa, eu estava distraido, meu nome é Oh Sangwoo- ele pareceu ter ficado reflexivo ao ouvir meu nome

-Sou Yang Seungbae, prazer em conhecê-lo.- o moreno estendeu a mão para ele




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Pov: aqui foi a primeira vez que Sangwoo viu o policial, não foi ele que avisou que o bum tava na casa. Esqueci de deixar em algum lugar na primeira vez que escrevi



I'm not gayOnde histórias criam vida. Descubra agora