capítulo 4: Encontros do acaso

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   Que vida ruim, foi o que Yang Seungbae pensou, era ruim no nível de qualquer pessoa ter pena. É possível sorrir tendo esse tipo de passado?

   Oh Sangwoo, 26 anos, o pai morreu e logo depois a mãe dele desapareceu em circunstâncias no mínimo questionáveis. Sem parentes próximos ou namorada.

   Yang Seungbae tirou os óculos e passou a mão no rosto, se inclinou na cadeira e olhou para o teto de maneira pensativa, sua intuição diz que tem algo a mais nessa história.

   Ele teve esse tipo de intuição logo na primeira vez que viu Oh Sangwoo, e não foi no bar, ele vinha prestando atenção nele a um tempo. O estopim que o fez começar uma investigação foi quando viu aquele "parente" entrando na casa do sangwoo, será que era um parente mesmo? Sangwoo não é próximo de seus parentes...

   Um amante? Não. Sangwoo é heterossexual... ele nunca daria chance a algum homem, e se desse, seria aquele tipo de homem? Que tipo de homem ele gostaria?

   Esse pensamento fez Seungbae se levantar da cadeira e deitar na cama, se Sangwoo fosse ficar com um homem provavelmente seria um baixo, magro e com um rosto bem feminino. Igual ao do tal parente, se bem que, o menino era feio e sua magreza era desagradável aos olhos. Esse é o tipo do sangwoo?

   -Porra, está quase na hora- eu me levantei depois que dei uma olhada no relógio, fechei os arquivos e os guardei em uma gaveta que dava para trancar.

   Tomara que não seja tarde...

                                 ◇

   -É muito tarde.- Sangwoo disse ao mecânico -Eu preciso do carro hoje mesmo.- eu não preciso do carro, mas se eu precisar pegar carona com a aquela vadia de novo... Talvez ela não consiga escapar mais.

   -Desculpe senhor, realmente so estará disponível pelas 4h da tarde.- o mecânico disse irritado pela insistência do outro -Ou amanhã, prometo que ja estará pronto, posso marcar um horário para você poder vir buscar.

   Porra, ele tinha dito que estaria pronto as oito horas da manhã, esse porco me fez vim na chuva e agora diz que se confundiu, deveria mata-lo, so pelo estresse que está me causando.

   -Esqueça, virei buscar as quatro- tenho um tempo livre, mas mesmo assim ainda farei esse cara sofrer. Quem esse calvo broxa pensa que é?

   Caminhar na chuva pode ser bom, mas não é, ainda mais quando corre o risco de estragar o celular.

   -Que porra, ja são oito e vinte e nada dessa chuva passar- mesmo que eu esteja na frente de uma lanchonete que é perto da oficina, a chuva está muito forte e não conseguirei chegar seco ao ponto de táxi.

   Eu definitivamente vou acabar com aquele velho broxa, ele vai me implorar para matá-lo, vai chorar e implorar.

   Voltei a olhar para a oficina, avistando uma pessoa familiar

   -Pelo visto, quem é vivo sempre aparece.- eu vi Yang Seungbae saindo de lá, parecendo frustado, ele está vestindo uma camisa básica preta, casaco cinza e uma calça jeans preta.

   Observo cada movimento seu. Antes que ele vá até o carro, que está na frente da oficina, seus movimentos param e ele olha na minha direção e parece um pouco surpreso, parecendo um servo que está preste a ser atropelado, o que melhora um pouco do seu humor sombrio

   Ele pega um guarda chuva de dentro do carro, e atravessa, vindo na minha direção, eu ainda estou olhando fixamente e levanto uma sobrancelha

   -Parece que você sempre vem para mim, quando me ver- eu digo assim que ele se aproxima, ele parece confuso, mas mesmo assim responde

    -Talvez seja porque vc está sempre me encarando-.

   -Quem não olha quando um homem bonito passa?- consegui vê-lo confuso de novo, eh, isso é bom de se assistir

   -Você está preso aqui?- acha mesmo que eu estaria em uma espelunca como essa por vontade própria?

   -Sim, Yang Seungbae é muito observador.- talvez um pouco de ironia consiga irritar ele. Acho que me enganei

   -Posso levá-lo se você quiser.- ok, talvez isso tenha me surpreendido mais do que eu queira admitir

   -Vai me levar para sua casa?.- ele veio aqui apenas para isso? -Não sabia que Yang Seungbae era esse tipo de homem, que quer levar para casa sem conhecer antes

   -Você sabe exatamente onde quero levá-lo.- parecendo um pouco nervoso, ele acrescentou- Claramente à sua casa.

   -Isso é perigoso, não o conheço o bastante para entrar no seu carro, e se Yang Seungbae for um assassino? Não é nada seguro entrar no carro de uma pessoa que vi uma vez- esse joguinho é mais divertido que eu pensava.

   Yang Seungbae pareceu pensar em algo, mas no fim não disse nada. -tudo bem.- ele virou e estava para ir embora

   Mas parou assim que eu segurei seu braço -Brincadeira, um homem bonito como você não pode ser perigoso-.

   -Eu não sou perigoso, mas não é por esse motivo.- ele reclamou

   -Entendi, entendi- foi a única coisa que respondi

   Ele pareceu pensar no que dizer e ficamos nos encarando por uns segundos ate ele dizer

   -Ja pode me soltar.-

   -Você vai me levar para o seu carro? Só tem um guarda chuva. É melhor que você me guie até la.- estar perto assim me fez reparar um pouco mais nos detalhes do seu rosto. Nada mal, mesmo eu sendo mais bonito

   -Não está muito perto?.- que chato, eu ja disse para ir

   -Tudo bem, ambos somos homens, não tem nada de errado em andar perto. Não é como se estivessemos saindo de um encontro.

   Esperei ansiosamente por sua resposta, mas ela nunca veio, e ele realmente me levou até o carro.







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