♕Capítulo 2- A origem de um rei♕

156 20 29
                                    

(SEGUINTE! Esse capítulo vai ser divido em duas partes, eu achava que seria pequeno mas só a primeira parte ja tem mais de 1000 palavras, então o próximo capítulo será o capítulo 3 ok? Esse é o "pov" do Apuh, o próximo será obviamente sobre o Lajotinha)


Na flor da adolescência ajoelhado solenemente em frente a um juíz enquanto a coroa de ouro era colocada em sua cabeça, Apuh sabia que um dia ele seria um imperador. 

Durante toda sua vida até aquele momento ele nunca se preocupou muito em estudar sobre governar, sua irmã adorava ser princesa e adorava ajudar a todos e sempre dizia que jamais trocaria isso por nada e que seus irmãos deveriam aproveitar bastante a doce infância. Após seu desaparecimento, a morte de seus pais e a coroação de Apuh as pessoas sempre passavam ao seu lado lhe dizendo que ele traria paz ao reino e faria o povo alegre novamente.

E de verdade, ele adoraria ouvir as teorias mirabolantes de crianças estranhas que se diziam videntes do futuro enquanto está cercado de pessoas agradáveis e risonhas. Com todas as intermináveis reuniões do conselho era difícil achar tempo para sorrir, após dois meses da coroação ele foi ensinado a como agir como um nobre. Sendo educado, sorrindo forçadamente, falar baixo e não ser espontâneo, pouco a pouco os conselheiros e e professores obtiveram resultados esperados, Apuh ja não era mais uma criança na visão de sua própria corte. 

Ao completar os quinze anos, ele estava tão enforcado em uma cobra que ele mesmo permitiu apertar seu pescoço que nem mesmo comemorou no dia certo. Cerca de duas semanas depois para ser bem sincero, e todos apenas foram para corteja-lo e dizer como ele era incrível por aguentar tanto sozinho. Sorrisos falsos...

Durante quatro anos intensos, era óbvio que o pequeno e indefeso príncipe seria alvo de chacota e de coisas piores...Aos quinze anos ele decidiu ir para o jardim do castelo real sozinho, descansar um pouco é claro, o estresse estava o consumindo vivo de uma forma que nem mesmo seu leal conselheiro Foka conseguia ajudar o garoto. Depois de mais ou menos 10 minutos deitado em baixo de uma árvore ele ouviu passos apressados e antes que percebesse, uma figura forte e de vestes pretas apareceu em sua frente segurando na gola de sua roupa e o levantando, o homem havia um facão em suas mãos e murmurou palavras em uma língua que Apuh não tinha idéia do que seria, ele segurou o facão com força e o colocou no pescoço do príncipe, Apuh tentou gritar, tentou mesmo, mas sua garganta não funcionava e aos poucos o brilho de seus olhos foram sumindo...Se degradando, virando pó, dando espaço para uma expressão de puro horror.

Os guardas vieram e jogaram o invasor longe o suficiente do príncipe, antes que pudessem fazer algo, o homem correu pelo jardim sendo seguido pelos guardas. Descobriu-se algumas horas depois que ele havia desaparecido, oque apenas deixava o castelo com um ar de puro medo. Apuh não saiu de seu quarto por um mês inteiro e trancou janelas e portas enquanto a maior parte do tempo ficava na cama esperando alguém (normalmente Foka) trazer comida e água.

Após matarem o tal homem, as coisas não melhoraram em nada, Pedrux queria ver seu irmão feliz e tentava o animar levando animais ou piadas prontas para animar Apuh, mas na maioria das vezes ele estava tendo uma crise de raiva ou ansiedade mandando o mais novo ir embora e voltar mais tarde, após várias tentativas de reanimação, Pedrux desistiu. Ele começou a pensar que seus esforços eram transparentes e inúteis (não que não sejam) e entrou em uma espécie de burnout, nada o animava e tudo que parecia divertido perdeu as cores, observar a natureza se tornou estressante, ler seus livros e frases favoritos se tornou sem graça e repetitivo,  aprender alguma coisa mesmo que a mais simples ja era inútil... (vale comentar que eu vou deixar o link de um vídeo sobre oque é Burnout no fim do capitulo para que vocês entendam melhor

Os nobres os chamavam de dramáticos e péssimos governantes, enquanto riam de suas caras de derrotados. Isso por algum motivo, motivou Apuh a seguir em frente e juntar uma corte separada da de seus pais e finalmente se livrar daquelas pragas cruéis.

Após quatro longos e torturantes anos...Apuh se percebe finalmente. Ele está apoiado na mureta da varanda ouvindo os pássaros e crianças brincando nos jardins do castelo, ele para para pensar que a mais ou menos cinco atrás ele estava abraçando sua irmã e seu irmão para o pintor terminar sua pintura. Depois de horas parados ali, eles ja estavam cansados, mas Cherry pegou na mão de seus irmãos mais novos e correu até o jardim, levando-os até  uma árvore ENORME (na visão deles) Ela era linda, estava completamente vermelha e laranja com várias folhas espalhadas pelo chão, e foi ali que Cherry se deitou e ficou jogando folhas neles, os três ficaram brincando ali por um bom tempo até as guardas da princesa chegarem e leva-la até o castelo para fazer outra pintura chata e demorada. Apuh se lembra dos nomes das guardas...

Eram duas mulheres, uma tinha cabelo azul e cacheado nas pontas, bem cheio, mas estava preso em um rabo de cavalo, acho que o nome dela era...Lua? Não, era o apelido...Moon, MOONKASE! Ele se lembrou do nome, mas a outra ja era mais difícil...Seu cabelo era castanho claro liso e estava preso em um coque alto, acho que o nome da guarda era Marlene, ou algo parecido com isso. Depois do desaparecimento de Cherry elas foram viver longe do castelo, talvez arrependimento de não ter cuidado da princesa certamente. Apuh não gostava de admitir mas odiava aquelas guardas, elas não souberam proteger e nem procurar a princesa, parte da culpa é delas.

Mas não é o momento certo para ficar com raiva, ele se permitiu respirar bem ali na varanda e olhar para o céu cheio de nuvens que pareciam uma bela aquarela, daqui a dois dias mais ou menos, a antiga coroa de seu pai seria passada para ele, a coroa do rei era robusta, diferente da do príncipe, a do príncipe era feita de prata, ferro, botões de ouro e três dentes apontados para cima como um tridente, era pequena porém bonita. Mas a do rei era feita toda de ouro com desenhos e texturas diferentes, um dragão bem pequeno estava no meio dos três dentes da coroa segurando o sol, além de ter botões de diamante e ametista é óbvio...E tudo isso deixava Apuh um pouco, ou talvez muito ansioso, a vontade de se jogar da li mesmo era bem grande, mas ele não pretende fazer isso...Por enquanto.

O cabelo de apuh ja passava dos ombros, e havia perdido o brilho, antes ele parecia um tomate cereja, a cor era viva, hoje parece apenas...Monótono, seus olhos também perderam os brilhos durante os anos, e para piorar ele ganhou bolsas de olheiras abaixo dos olhos, parecia que haviam batido no coitado

Ele da um sorriso genuíno de satisfação, tanto esforço para ele finalmente receber uma recompensa a altura, o maior cargo que qualquer pessoa pode ter, o governante de um reino somente para ele. Ele espera ser melhor do que a rainha Ayu, aquela mulher é cruel e má por natureza, não é alguem digno do cargo que tem, nem suas irmãs.

Eles quer ser melhor do que isso, ele pretende ser alguem que entre nos livros de história. Alguem gentil e respeitoso, é óbvio que será difícil alcançar esse sonhos, mas é algo que ele consegue superar.

(Aqui está o video que eu prometi para vocês <3)

♕TopTown♕ [DESCONTINUADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora