Luz Da Lua

Capítulo 3 ◆

Setembro, 14 de 2008.
Alexandra Thompson.

O dia se iniciou e logo estava na faculdade, hoje cheguei mais cedo do que deveria pois queria estudar minhas tutorias que escrevi ontem.

Eram em quadradinho pequenos pois era do para um breve resumo para não se perder.

— hoje tiraremos sangues de bonecas crianças e bebês – Angela disse.

Foi tudo explicado como fazia, normalmente as crianças são muito agitadas e dificilmente conseguimos tirar.

— bom, tem uma criança de verdade para tirar sangue – olhei para a professora e ela sorriu – esta com voce, Alexandra – assenti.

— essa aqui é nossa estudante de medicina, ela que irá tirar sangue do seu filho – ela explicou e a mãe da criança assentiu e então me aproximei depois de pegar as coisas e me sentei ao lado dela.

— oi tudo bem? – a criança me encarou assustada – não precisa ter medo, eu sou uma otima pessoa eu prometo – ela sorriu – qual é o seu nome? – amarrei um pequeno lançou em seu braço sem que ele percebesse.

— Lucas e o seu ? – sua voz doce ecoou pela sala.

— eu sou a Alex! – me apresentei.

— oque é isso? – olhou minhas mãos. 

— isso? É um tudinho, onde a gente coloca um líquido vermelho – brinquei e ele riu– quando que é seu aniversário Lucas?

— a mamae disse que é amanhã– ele olhou nos meus olhos e apliquei a agulha e vi seu olho piscar.

— e quantos aninhos você irá fazer? – apliquei o tudinho para entrar o sangue.

— sete – fez um cinco com os dedos e sorri.

— uau, você vai ficar muito grande! – retirei a agulha com o tubo e coloquei um algodão com uma pequena fita verde. – prontinho Lucas, você está livre.

— esse tubo está com líquido, como você fez isso? – olhou seu braço.

— eu não posso contar, é segredo – ele me olhou devolta –dói?

— não – olhou o braç.

— você é muito corajoso Lucas, por isso, vou te dar um pirulito – ele pegou e sorriu.

— obrigada tia Alex – me abraçou e retribui. – tchau! – saiu pela porta.

— olha eu tô impressionada, como que conseguiu sem fazer que ele perceba? – Sophia perguntou.

— bom eu criei um vínculo com ele, fiz perguntas e ele nem percebeu – tirei as luvas.

— é assim que se faz, Alex – nossa professora diz.

[...]

Fui para casa as 11:30 pois hoje era meio período.

Fiz almoço e logo me ajeitei no quarto e comecei a estudar, na faculdade aprendi que sempre temos que estudar.

Fiquei duas horas e meia estudando e fazendo resumos pequenos .

— alguém em casa? – escuto alguém chamar da porta e me levantei indo atender.

— a, oi Liam! – cumprimentei.

— oi Alex! Você está sozinha? – perguntou e assenti.

— por favor entre, está frio ai fora – pedi e ele fez – meu pai está na delegacia, oque seria?

— nada, era pra saber se você não queria dar uma volta – perguntou e eu encarei ele.

Como ele sabia que eu estaria em casa hoje?

— seu pai me disse os dias em que você estuda meio período – explicou. Por isso.

— eu não tenho mais nada para fazer, acho que podemos ir – olhei ao redor.

— vou te levar para um lugar especial para mim, pode ser? – perguntou e eu assenti.

— espero que eu não esteja invadindo sua privacidade – brinco e ele nega.

— eu dirijo – entreguei as chaves para ele.

Após uns minutos chegamos em uma casa que havia no meio da floresta.

Ao sair do carro pude olhar melhor, era uma casa de madeira com uma varanda enorme e espaçosa.

— eai Alex – um garoto me diz e encarei ele. – Liam falou muito bem de você.

Escutei Liam rosnar do meu lado e contive a vontade de rir e neguei sorrindo.

— espero que sejam coisas boas – olhei para ele que sorriu.

— muito boas – o garoto diz sorrindo.

— já chega – Liam diz – esse é meu irmão Raphael, mais novo.

— prazer – ele sorriu.

— esse é o Leandro e a Kate, eles são um casal – eles acenaram.

— e essa é a Stella, e Karoline. – elas acenaram com a mão.

— seja bem vinda, Alex – Kate disse.

Ela parecia ser a mais velha de todos nós.

— obrigado Kate – sorri para ela que retribui.

— espero te vê mais vezes aqui – Raphael diz.

— com certeza iremos vê-la aqui mais vezes – Karoline diz olhando para mim – certo Alex?

— acredito que sim, Karoline – assenti.

— me chame de karol.

— que tal irmos até a praia? – Liam propôs e eu assenti.

— tchau gente – dei um tchau com a mão e entramos no carro.

Como era do lado, foi bem rapidinho de chegar e logo andamos pela areia.

— me desculpe pelo meu irmão – ele falou e eu neguei.

— ele é um ótimo garoto, bem divertido – Liam sorriu de lado. – por mais que pareceu esquisito a maneira como ele disse "muito boas" – Liam riu.

— ele é assim mesmo, você irá se acostumar – parei olhando ele.

— irei? – ele coçou a nuca tentando achar uma resposta e eu gargalhei – aí relaxa, eu sei que irei – comecei a andar.

— você realmente me deixou confuso – riu andando do meu lado.

O dia será maravilhoso hoje, tenho a impressão.

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