O amor cura o ódio

Capítulo 10

 Devo me desculpar por tamanho atraso que eu tive, era para esse capítulo ter saído semana passada porém fiquei muito doente. Enfim... gostaria de dizer que infelizmente terei que postar um capítulo por mês, minha faculdade está pesando muito e estou bastante cansada, mas não deixarei de escrever, pois realmente adoro deixar minha criatividade correr livre.    Como sempre agradeço por todo o carinho que tem dado para essa história, comentários e sugestões são sempre bem vindos!! Amo vocês!! 💕

   Ver o sangue escorrer era prazeroso, principalmente quando era de alguém que você odiava, que deseja de mal a pior. O pequeno garoto puxou a faca da barriga do adulto, tendo sangue espirrando em seu rosto, ele não teria mais problemas com esse desgraçado de novo.

    Puxou seu capuz preto, saindo do beco que cometeu o assassinato, a rua estava deserta, a lua foi tampada por nuvens escuras, e flashs de luz apareciam aqui e ali, demonstrando que logo choveria. Ele não se importaria se isso acontecesse, apenas o ajudaria a se lavar.

"Seu demônio!!" Uma voz masculina gritou atrás de si. "Volte para casa agora mesmo!"

   O pequeno se assustou, começando a correr, escutando os passos pesados vindo atrás de si, se desesperando. Ele não podia deixar Henry o pegar, ele o levaria de volta para seu pai, e não importa o que ele tentasse falar, todos sempre ficariam contra ele.

   Sempre todos ficam contra ele... desde quando se lembrava...

"O que foi garotinho? Cadê seus pais?" O dono da tenda de pães perguntou, olhando para baixo vendo uma criança pequena e magra, deveria ter em torno de quatro anos de idade.

    O menor não respondeu nada, puxou um pão da pilha, correndo enquanto escutava os gritos do padeiro. Por sorte ninguém pareceu se importar, ignorando enquanto o menino passava correndo em direção a velha estação de trem.

   Fazia três dias que tinha fugido do orfanato qual cresceu, aquele lugar era o inferno, ele tinha pena das pobres crianças que tinham ficado para trás, para serem abusadas e exploradas. Tanto faz... isso não importava, ele tinha fugido e precisava cuidar de si mesmo agora, não tinha tempo para ficar pensando em antigos amiguinhos. Se enfiou embaixo de um vagão abandonado, dando uma mordida no pão seco.

"Você gosta de trens?" De repente uma voz fina e feminina soou, fazendo o garoto dar um pulo assustado, batendo sua cabeça, olhou com olhos arregalados para o lado, vendo uma adolescente de cabelos pretos e um sorriso simpático. "Eu poderia me juntar a você?" Ela perguntou gentilmente, se enfiando lentamente no esconderijo.

    O menino estava assustado, ele não sabia que tinha sido seguido, será que ela queria o fazer mal? O punir por ter roubado um pão? Não podia arriscar, largou a comida, saindo rapidamente pelo outro lado, entrando em uma mata ali perto. Observou de longe a garota se levantar, ficando alguns minutos encarando as árvores, então foi embora.

   O menino então melhorou sua defensiva, ele não acharia outro esconderijo tão cedo, então continuou passando os dias e as noites embaixo do trem, o único problema era... a menina insistia em voltar todos os dias.

   Quando escutava os passos se aproximando corria para um arbusto, observando de longe a jovem deixar uma sacola com comida, e quando ela saia, ele voltava, aproveitando a refeição doada. Até que um dia isso mudou...

    Novamente ela veio, se aproximando com cautela, a criança já se preparava para se afastar, mas um objeto nas mãos da adolescente chamou sua atenção.

"Se você vier pegar, ele é todo seu!" Ela disse observando o menino hesitar em sair correndo, em suas mãos estava um trenzinho de brinquedo.

   O garoto não conseguiu se conter, ele nunca teve um brinquedo em toda sua vida, timidamente chegou perto da menina, um pouco desconfiado, quando ela esticou a mão foi torturante, a criança não sabia se realmente deveria pegar, se deveria confiar nela.