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Sejam bem-vindes a minha nova era! Nunca escrevi fanfics do NCT antes, então achei que seria uma boa ideia começar com Markhyuck (meus xodós, meus queridos, meus bebês preciosos).

São 6 capítulos que ainda estou escrevendo. Não temos conteúdo explícito, apenas alguns tópicos mais sensíveis como: crises de ansiedade, melancolia, saudades de casa, aceitar que está tudo bem em procurar ajuda.

Tenho muito, muito orgulho dessa pequena obra. Tem muito de mim, aqui. É uma estória especial, sabe? Espero que vocês se apaixonem por eles tanto quanto eu. xD

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Um tom laranja coloria o céu devagarinho, expulsando a escuridão que a noite trouxe, a manhã preparada para começar. Alguns vizinhos já se movimentavam o suficiente para que pudessem ser ouvidos — malditas paredes finas —, zanzando de um lado para o outro em seus apartamentos enquanto preparam tudo para o início de mais um dia.

Mark permanece em silêncio, observando a bagunça nada controlada em que seu quarto se encontra. Ainda é muito cedo para movimentos bruscos. Está tão frio que sua respiração condensa, por mais que o aquecedor esteja ligado a horas, e seus braços automaticamente puxam a coberta para mais perto ao tomar uma longa lufada de ar. Não faz muita diferença, já que ele está sem roupas por baixo.

Um braço segura sua cintura, puxando-o até que esteja próximo o bastante para uma cabeça afundar na curva de seu pescoço. Fios do cabelo alheio pinicam seu queixo, mas Mark não os afasta e solta um suspiro ao abraçar o outro corpo de volta, se encolhendo tanto que seus joelhos dobram um pouco.

— Está com frio? — a voz pergunta em um tom baixinho, abafado contra a pele de Mark e os travesseiros da cama.

Mark balança a cabeça e não diz nada, a preguiça intacta em seus ossos. O silêncio serve como resposta, já que o mesmo braço circula-o ainda mais e a cabeça permanece descansada contra seu ombro.

As respirações acabam se sincronizando mais uma vez, e a tranquilidade preenche o peito de Mark. Manhãs assim são sempre as melhores. Por mais que ambos tenham que correr para o campus e garantir presença em suas aulas longas e exaustivas, nenhum ousa se mexer naquele instante. É como se não existissem obrigações a se cumprir, responsabilidades para atender, um mundo inteiro para explorar.

Eles passam um bom tempo naquela posição, cochilando baixinho. Mark perde a noção do tempo com aquele corpo sobre o seu. Seus olhos se tornam pesados e se fecham novamente, entre um bocejo e outro. Está tão confortável, e o frio se tornou mais tolerável do que antes.

Maldito apartamento gelado. Maldito inverno cruel.

Ao voltar a si, o despertador está tocando na pequena mesa de cabeceira e o céu está mais claro do lado de fora. O trânsito já chia com toda a sua força em meio a carros com motoristas nervosos para chegar no trabalho, pedestres enrolados em diversas camadas de roupas e centenas de milhares de vidas acontecendo ao mesmo tempo. Não tem sol, então é provável que vá ser mais um dia nublado e congelante na grande Chicago.

O corpo sobre Mark se remexe e aquele braço em sua cintura se afasta, sai de baixo das cobertas e desliga o despertador que ainda estava agitado com um tapa. A cabeça ergue de onde estava confortavelmente escondida e, logo, olhos inchados e bochechas cor-de-rosa de tanto dormir preenchem a visão de Mark.

Donghyuck é lindo até mesmo com a cara amassada.

— Bom dia — murmura com um tom rouco de pouco uso, piscando algumas vezes pela luminosidade em demasia no quarto — Preciso ir. Já estou atrasado demais para passar em casa.

wanna lock you up in my sight | markhyuckOnde histórias criam vida. Descubra agora