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ep 6

Tom's pov

Zendaya estava muito emotiva por conta do que havia acontecido, eu sabia que ela estava querendo chorar, eu reconheci o tom de voz quando ela disse "obrigada" então eu não hesitei em abraça-lá, Zendaya me levou para a casa dela pra ela fazer um curativo na minha mão.

- Vem Tom, entra... - ela disse abrindo espaço com a mão para que eu passasse, eu entrei. - Valeu Tom! - ela disse sorrindo sem os dentes -

- Você já me agradeceu várias vezes! Eu já disse que não foi nada demais! - Zendaya saiu andando pela casa procurando por algo -

- É pelo jeito minha mãe ja foi trabalhar, e,meu pai não tá em casa...de novo. - ela disse chateada - Já volto, tá? - ela disse e entrou em seu quarto, logo depois voltou com uma caixa de primeiro socorros.

- Senta aqui. - ela disse apontando pro sofá -

- Deixa eu ver sua mão - Zendaya se sentou ao meu lado e pegou na minha mão para ver o machucado. -

Ela limpou meu ferimento, enquanto eu olhava para ela, como uma mulher podia ser tão perfeita? Nunca na minha vida eu tinha visto uma garota linda como ela... ela olhou para o meu rosto que estava com um sorriso bobo admirando a beleza dela.

- Que foi? - ela disse sorrindo -

- Nada... - Zendaya parou de mexer na minha mão, e olhou nos meu olhos. -

- Que "nada" o que menino! Fala logo, porque que você tá me olhando desse jeito?

Eu respirei fundo.

- Zendaya, eu te acho bonita, só isso...

Zendaya's pov

Quando ouvi Tom dizer isso eu corei em 45 mil tons de rosa diferentes.

- Obrigada, é bonito também... - eu disse meio sem graça, nunca havia dito a ele que ele era bonito, mesmo tendo reparado isso desde quando vi ele pela primeira vez -

Ele sorriu sem graça, eu voltei a limpar o ferimento na mão dele.

- Isso vai arder... - eu disse jogando o spray na mão dele -

- Aiii! Zendaya! - ele falou com uma voizinha de mulher, e isso me gargalhar até cair pra trás no sofá -

- Não ri, Zendaya, isso doeu pra cacete.

- Eu sei que doeu, Tom, mas é impossivel não rir de você, cara.

- Tá me achando com cara de palhaço é? - ele disse levantando as sobrancelhas -

- Ai Tom, você é uma graça... - eu travei, não sei como tive coragem de dizer aquilo. -

- Você também... - ele disse quase como um sussurro -

- Pronto,terminei. - eu disse enrolando o pano na mão de Tom. -

- Aí, graças a Deus! - ele murmurou rindo, e eu ri de volta -

- Olha até que ficou bom! Onde aprendeu isso?

- Me machuquei muito quando eu era criança... - eu murmurei triste -

- Tipo essa cicatriz enorme que você tem na perna?

Eu realmente não queria responder essa pergunta, mas, ele fez tanto por mim, acho que ele devia saber.

- Tom,essa cicatriz... - eu dei uma pausa enquanto falava para que eu não chorasse - Foi o meu pai, ele chegou bêbado em casa, eu tinha 7 anos, e ele brigou feio com a minha mãe, ela tentou impedir mas... quando ela viu ele já havia me batido, e... - eu não consegui prosseguir, minha voz era de choro.

Tom logo percebeu, se levantou do sofá e me abraçou por trás, pela cintura, eu chorei, não foi um choro alto, foi silencioso, quieto, encostei minhas costas no peitoral de Tom, e ficamos assim por um tempo...

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