Capítulo 5 - O segredo

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Nota da autora:

Opa!
Só passando aqui no começo da história para agradecer à todos que estão lendo a fic e pedir desculpas por não tê-la atualizado por tanto tempo, mas eu estava passando por um bloqueio criativo imenso sobre como continuar a história. Mas hoje de manhã, me surgiu uma luz que me deu idéias de como continuar e aqui estamos nós!
Muito obrigada mesmo por lerem minha história, eu agradeço do fundo do coração! ♡
Agora, chega de enrolação, e que comece o Capítulo 5 que vocês tanto aguardaram!

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Eu e Sportacus começamos a sair juntos todo final de semana. Ás vezes iamos ao parque dar uma volta e conversar, em outras ficavamos em minha casa corrigindo atividades juntos. Para mim, não importa onde estivermos, desde que ele sempre esteja ao meu lado. Não sei explicar, mas me sinto seguro quando estou perto dele.
A única coisa que acho estranha é que ele nunca me levou para conhecer a casa dele e sempre que eu pergunto ele dá uma desculpa diferente.

- Ei, Sportaflop, quando vou poder ir te visitar na sua casa? - Percebo sua expressão ficando apreensiva.

- Ah, m-minha casa é muito chata. Você não vai querer ir lá. - Eu respiro fundo já ficando sem paciência.

- O Sportacus que eu conheço... - Coloco as mãos em seus ombros e olho no fundo de seus olhos. - ... não conta mentiras.

- É que... é que eu...

- Sportacus!

- Certo, certo! Eu te mostro a minha casa, mas prometa que não vai me achar esquisito por isso.

- Por que eu acharia?

- ... Você vai ver.

Saímos para ir até a casa dele e chegamos em um campo aberto meio afastado do resto da cidade.

- Ué? Cadê a sua casa? - Pergunto olhando ao redor do campo. Aliás, era um lindo campo, cercado por algumas árvores e colinas. Eu poderia viver olhando para essa paisagem todos os dias.

- Então, minha casa é... - Ele aponta para cima. Antes de olhar para cima, fico surpreso por um momento.

- Sportaflop... você é um anjo??!

- O que? - Ele ri com uma gargalhada suave que soa como música para os meus ouvidos. - Não, Robbie! Olhe para cima.

Quando olho para cima, vejo uma espécie de... nave? Olho surpreso para Sportacus de novo.

- Você é um alienígena??!

- Robbie! - Ele ri de novo. - Não é uma nave, é um dirigível. Vamos, suba comigo. Escadas!! - Escadas descem do dirigível.

- Sério que eu vou ter que subir isso tudo? Não tem um elevador não?

- Não. Mas se quiser, eu te carrego.

- C-como é que é? - Tento disfarçar, mas minhas bochechas ficam levemente rosadas.

- Você se segura em mim e eu te carrego.

- Tem certeza disso?

- Tenho. - Ele diz sorrindo, me pegando em suas costas e dizendo para segurar firme. Ainda com as bochechas rosadas, seguro firme e ele começa a subir as escadas.

Eu nunca tinha ficado assim tão próximo dele. Isso é tão estranho... consigo sentir na palma de minha mão seus músculos. Músculos bem definidos... me pergunto como ele deve ser por baixo dessa camisaaAAAHHH!! NO QUE EU ESTOU PENSANDO??!! Ele é meu amigo, apenas!! Apenas isso! É...... apenas um amigo.

- Uh... Robbie? - Diz Sportacus, o que me faz sair daquela nuvem de pensamentos.

- O-o que? - Digo ainda meio confuso.

- Nós já chegamos. Pode se soltar agora.

- Ah, sim. Desculpe. - Me solto dele.

- Você estava com medo?

- ... Sim, sim. Medo... é.

- Não precisa ter medo. Sei que você deve ser bem corajoso!

- Obrigado. - Dou um pequeno sorriso e só então olho ao meu redor. Era tudo muito tecnológico, porém, vazio...? - Uau, você é bem... minimalista, né?

- É que eu quase não paro em casa. Estou sempre me exercitando aqui dentro então preciso de muito espaço e sempre saio para fazer exercícios ao ar livre, todos os dias!

- Não entendo como consegue ter tanta energia. - Ele ri e se senta no chão, me pedindo para sentar ao seu lado. Faço o que ele pediu.

- Sinto muito por não ter conforto o bastante para você. Por isso eu disse que não queria te trazer aqui. Pensei que você fosse me achar esquisito e também eu não queria te ver desconfortável.

- Está tudo bem, Sportaflop! Eu só quero saber mesmo o porquê de você morar em um lugar tão... não-convencional.

- Bem, resumindo da melhor maneira que posso, a história começa com meu pai. Ele era como eu, amava praticar atividades físicas mas também gostava muito de inventar e construir coisas. Foi aí que ele construiu essa nave, com tudo que alguém como ele e eu precisamos e alta tecnologia. Ele a usou por um bom tempo mas um dia, quando eu já tinha idade o bastante, ele me presenteou com ela. A partir daquele dia, passei a morar aqui e ela continua funcionando como se fosse nova. Pode parecer esquisito dizer isso, mas eu não poderia pedir por uma casa melhor!

- Oh, agora entendo. Mas, Sportaflop, como seu pai conseguiu tamanha tecnologia para fazer uma maquina como essa? - O olhar de Sportacus muda na hora e ele olho para o lado oposto.

- Bem, é que...

- É que...?

- Robbie, eu preciso que você me veja e me escute agora com muita atenção. Preciso que guarde um segredo. Um segredo MUITO importante para mim.

- Claro, o que é?

Ele retira a faixa que usava em sua cabeça pela primeira vez e consigo ver nitidamente suas orelhas pontudas seus cabelos loiros, ondulados e sedosos... espere, orelhas pontudas?!
Fico em choque enquanto olho para ele. Dava para ver que aquelas orelhas não eram falsas. Ele suspira e começa a dizer:

- Sei que está chocado, mas sim, eu... eu sou um elfo. Por favor, não ria de mim e nem fique com medo. Eu só quero viver aqui normalmente. Se as pessoas souberem que eu sou um elfo, podem fazer um escândalo e... eu não quero causar confusão. Por isso, guarde muito bem esse meu segredo, Robbie. Eu imploro! Eu não--

Seguro a mão dele e ele olha para mim com brilho nos olhos.

- Sportacus... eu não vou contar para ninguém. Eu prometo! E não vou deixar de ser seu amigo só por causa disso. Você... você é incrível assim, do jeito que você é! - Ambos ficamos com o rosto ruborizado.

- Obrigado, Robbie. - Ele sorri para mim e me abraça. Fico surpreso e ele, percebendo, logo se solta. - Oh, desculp--

Abraço ele de volta sem deixá-lo terminar a frase e ficamos abraçados. Abraça-lo me dá uma sensação estranhamente confortável. Me sinto seguro, me sinto bem, me sinto... feliz.

Continua...

Aprendendo a amar - Lazy TownOnde histórias criam vida. Descubra agora