FAUX AMOUR

UM COMEÇO E UM FIM

POV GIZELLY BICALHO

Hoje de fato era o pior dia da minha vida encontrar a pessoa que mais ama nos braços de outro não era nada fácil não tenho palavras para descrever o que estou sentindo..

- Gi meu amor, me perdoa. Foi a bebida você sabe que não sou acostumada a beber- Falava Rafaella enquanto chorava andando atrás de mim, não queria passar mais nem um minuto naquela lugar

- Me deixa Rafaella ou melhor me esquece assim como eu vou te esquecer! não acredito que fez isso, destruiu TUDO! - falei me virando para ela - sabe o que eu acho mais engraçado? todos falavam que era eu que ia te trair, que era eu a vagabunda e que seria eu que arruinaria esse relacionamento mas parece que estavam enganados não é? - Falei sentindo ódio de mim mesma por confiar nela por entregar algo tão valioso meu para ela e ela o destruir.

- Por favor eu posso arrumar tudo, concertar tudo! me da mais uma chance eu imploro- se ajoelhou diante de mim fui ate ela e me pus de joelhos na frente dela

- Acabou! Por favor não venha atrás de mim. - me levantei e caminhei para longe dela, eu queria tanto chorar queria tanto gritar e principalmente queria voltar e perdoar.. Mas não foi assim que aconteceu.

Minha mãe sempre me ensinou que traição não tem perdão que não devemos chorar por aqueles q não merecem e mesmo eu querendo muito desaprender essa lição não conseguia, caminhei ate um rio e mandei mensagem para minha melhor amiga Luiza para me encontrar aqui e assim ela fez, depois de um bom tempo ouvi o carro parando e ela vindo em minha direção

- PORRA Gizelly é a nossa formatura e você esta aqui? achei que tivesse transando com sua loirinha em algum canto por ai - falou frustrada acredito eu que a tirei de alguma mulher por ai, olhei para ela e contei tudo o que aconteceu e no final da péssima historia vi seus olhos arregalarem e sua boca abrir diversas vezes na tentativa de falar algo eu a conheço ela não é muito boa nessas situações - Porra eu sinto muito.. você sabe que não sei o que falar nesses momentos mas você vai superar.

- Ta tudo bem- falei voltando a olhar o rio e suspirei - na verdade não esta nada bem, quando eramos crianças eu sempre me arrumava sozinha para ir a igreja nunca me atrasava ou faltava mesmo minha mãe falando que era bobagem ir eu ia mesmo assim, chegava antes que todos e sentava no mesmo lugar de sempre - sorri me lembrando da cena - e esperava, não a missa começar mas sim a família dela chegar eles sempre sentavam no mesmo lugar e eu achei um lugar especifico que a pudesse ver, não sei se ela lembra mas eu nunca esqueci de quando nossos olhos se cruzavam e ela sorria, tão doce. Fomos crescendo e ganhei uma reputação que não era minha, Gizelly Bicalho a cafajeste ou Gizelly a vagabunda mas mesmo com todos a falar de mim ela sempre me dizia que não era aquilo que ela via quando olhava para mim. Quando demos o nosso primeiro beijo eu fui a loucura senti que pudesse caminhar nas estrelas e levantar a lua com as mãos e mesmo todos falando que nunca daria certo a cafajeste da cidade e a santinha da igreja nós dávamos e eu fazia de tudo para ela nunca duvidar de meus sentimentos por ela ou minha fidelidade mesmo ela sendo insegura e ciumenta sempre provava meu amor para ela. Mas hoje vi que tudo o que fiz e tudo o que sentíamos não era nada pelo menos nada para ela. - olhei para minha melhor amiga que me olhava com dó e tirei uma aliança do bolso e mostrei para ela - Você é a minha melhor amiga e sabe dessa historia melhor que ninguém e sabe para quem eu ia dar esse anel então quero que me jure que iremos sair hoje e beber tudo o que vier pela frente e amanha quando acordarmos vamos arrumar nossas malas e ir embora como sempre falávamos antes de eu ser iludida com esse amor falso e nunca mais me deixara cair nos braços de uma mulher que me faça sofrer como hoje - terminei de falar e joguei a aliança no rio e senti as lagrimas cair por meus olhos e meu coração bater tão forte que me machucava inteira

- Eu juro! - Luiza falou segurando minha mão e me puxando para um abraço.

Depois daquele dia fiz como tinha falado com Luiza partimos daquela cidade sem olhar para traz e já que me deram um apelido tão carinhoso 'cafajeste' resolvi assumir o que pensavam de mim o mas longe daquele lugar. Nada me faria voltar a ser aquela garota que deixava os outros me maltratar e falar de mim se é para falar vão ter motivo!