Treze

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P.O.V Carolyna Borges

- Carolyna? - Ouvi alguém me chamar e quando virei para trás, um sorriso surgiu em meu rosto.

- Clara? - Corri até ela quase tropeçando em meus saltos. Nos abraçamos tão forte, que estava quase difícil de respirar. Eu nunca imaginei que reencontraria ela - Meu Deus, quantas saudades!

-Eu também estava com saudades! Perdemos totalmente o contato. - Ela me olhou fazendo bico.

- Depois que ficou famosa me esqueceu, né? -Fingi estar brava, fazendo-a rir.

- Você sabe que não foi bem assim. Mas me diga, finalmente você e Dani se assumiram? - Senti um aperto no meu peito e em seguida fiz uma careta. Eu não tinha mais notícias da Dani.

-Não! Eu e Dani somos apenas amigas- Amigas. Será que ainda éramos algo?

- Mas está solteira?

-Não. Ela está namorando comigo. — Priscila passou os braços por minha cintura e me puxou mais para ela.

-Ah. Oi, Priscila! -Clara sorriu- Fico feliz por vocês! Finalmente sossegou hein, Caliari. - Ela riu. Priscila também riu, mas eu podia jurar que esse riso era tão falso quanto nosso namoro.

- Pois é. Carolyna tem o dom. - Olhei-a e ela sorria maliciosa. Não acredito nisso.

Clara gargalhou ao notar o sorriso de Priscila e eu sabia que vinha merda por aí.

- Disso eu sei bem, Caliari. - Piscou - Bem, tenham uma boa noite. Preciso ir. Foi muito bom te reencontrar Carolyna! - Ela depositou um beijo em minha bochecha e deu duas batidinhas no ombro de Priscila. Saindo em seguida.

-Disso eu sem bem, Caliari?- Imitou Clara com uma cara nada boa - O que ela quis dizer com isso, Borges?

- Já ficamos umas duas vezes.

- Entendi. Já aviso que não gostei desses flertes.

- Que flertes, Priscila? Você está maluca?

- Ela estava te comendo com os olhos, Carolyna.

—Ah, não fale besteiras Caliari. Nada a ver. Espera aí! - Comecei a rir e ela me olhou com uma careta.

- O que foi Carolyna?

-Isso é ciúmes? - ela revirou os olhos e me puxou para irmos até o nosso lugar, sem responder minha pergunta.

Isso vai ser melhor do que eu imaginava.

Melhor do que aquela premiação, era a festa que vinha após dela. Eu estava animadíssima.

Assim que entramos, Priscila segurou minha mão e me levou até o bar. A premiação inteira ela não havia falado muito comigo, o que me deixou intrigada. Era impossível Priscila Caliari estar com ciúmes, então qual era o outro motivo?

-Não saia de perto de mim. -- Ela gritou em meu ouvido, após pedir duas bebidas para nós.

-Tudo bem - Respondi sem entender muito bem o porquê.

Ela me entregou a bebida e me puxou para dançar. Colocou sua mão livre em minha cintura e me encarou. Como sempre, ela sabia te desconcertar só com o olhar quando queria, Priscila sabia encarar tão internamente que me fazia sentir arrepios por todo o corpo.

Droga, eu odiava esse efeito que ela tinha sobre mim.

Dançamos várias músicas juntas e viramos vários copos, Músicas mais sensuais começaram a tocar e eu não sei dizer quem provocava mais.

Eu queria tanto Priscila Caliari, queria aquelas sensações que ela me fez sentir na cozinha sem precisar de muito.

Paramos com as provocações assim que uma música muito conhecida por mim-e com certeza por ela também - começou a tocar.

A New Chance for Love (Capri)Onde histórias criam vida. Descubra agora