Terceiro Capítulo

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Oi, rs. Tudo bem? Andei sumida, eu sei! Mas voltei! Tentarei ir postando quando der e por favor... Não desistam de mim, imploro :P

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"Garota, estamos tão atrasados
Eu só estou com os amigos
Não estamos aqui procurando um paquera
Porque algumas noites ficam melhores com você"

– Do It, Chloe x Halle

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Os raios de sol invadiam o quarto e iluminavam o lugar através da janela que havia esquecido de fechar na noite anterior. A luz veio diretamente em seus olhos e ela tentou ignorá-la para tentar dormir mais um pouco, mas sentiu um peso em seu abdômen e um miado baixo ecoou. Fingiu ainda estar dormindo e a coisa em cima de si caminhou com suas patinhas pelo tronco até chegar em sua face e passou a língua pequena e áspera pela bochecha dela.

Clairy sorriu e abriu os olhos aos poucos para se acostumar com a claridade e então sentou na cama pegando Mortícia, sua gata, no colo. Desde que a encontrou num beco imundo dentro de uma caixa num dia chuvoso, desnutrida, os pulmões prestes a pararem de funcionar, estava totalmente acabada, sentiu-se ligada com o animal. A pegou e levou para um veterinário. Não tinha intenção de adotá-la, mas a bolinha de pelos fincou suas unhas em sua roupa e não quis sair de jeito nenhum, então a morena aceitou que ela havia a escolhido como dona dela.

Apesar de seu nome ser Mortícia, seu pelo é branco como neve, mas os olhos negros como a escuridão. Ela é antissocial, arrogante, mimada, agressiva, odiosa e muito, muito carente. Então, não viu um nome melhor além desse para dá-la.

Levantou da cama com muito custo e foi para o banheiro. Mortícia estava sentado na tampa da privada lambendo sua pata enquanto a assistia tomar banho, ela fazia isso desde pequena. De início Clairy deixou por achar ser medo do abandono, mas depois se acostumou e ela também. É um ritual diário tomar banho ou fazer qualquer outra necessidade na companhia da sua gata.

Já no quarto e com uma toalha branca felpuda envolvendo o corpo, pegou o primeiro conjunto de top e short que achou para fazer seus exercícios matinais. Tomou café juntamente com sua única companheira que comia sua ração ao lado dela, só que estava em cima da mesa da cozinha e Clairy sentada na cadeira.

Desde que conheceu o maldito vizinho daquele andar e tiveram a "pequena" discussão, havia se passado cerca de três meses. Depois desse dia, nunca mais o viu e nem tentou procurá-lo, não saberia como reagir na presença dele, apesar de ter plena ciência de que poderia acabar cedendo aos desejos e seduzi-lo.

Após três horas de malhação na academia do condomínio, retornou para o seu apartamento com a respiração descompassada e vários fios de cabelo grudados no rosto devido ao suor. Não sabia porquê, mas sentia que aquele dia aconteceria algo bom e ela realmente esperava animada por isso.

Não havia nada para fazer e já se aproximava do meio dia, então preparou uma lasanha.

Me julguem se quiser, mas eu como sim lasanha após malhar.

Cozinhar era uma terapia, a ajudava independente do excesso de emoção que tinha, a mantinha calma o suficiente para não surtar demais e por incrível que pareça, ela não comia compulsivamente.

Enquanto a lasanha assava, Clairy estava na sala numa posição relativamente perigosa, com os braços enroscados entre as pernas praticando yoga enquanto uma música eletrônica tocava para deixar o ambiente mais calmo. Seus olhos fechados se abriram e todo o seu corpo se arrepiou quando o toque do celular ecoou e tirou a sua concentração.

The Goddamn NeighborOnde histórias criam vida. Descubra agora