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4530 Palavras

A mão segurando firmemente a cintura de Neteyam o deixava um pouco zonzo, inconscientemente apertava os ombros do mais novo com força, as pernas amolecendo cada vez que Aonung puxava seu corpo cada vez mais forte, as línguas se esfregando com afinco, soltando um barulho molhado, as mãos descendo até o quadril o deixavam inquieto, eram tantas sensações distintas, tudo refletia na cauda honesta balançando de um lado para o outro, quando o ar faltou separou o beijo em uma lufada longa, o Metkayina aproveitou o momento para deixar beijos no pescoço sensível do mais velho, esse usava um colar mais simples dando um acesso maior, beijos foram distribuídos do pescoço até próximo à clavícula, arrepios gostosos deixava a mente de Neteyam em branco, Aonung sorriu entre os beijos quando sentiu as mãos o apertando mais forte.

— Eu preciso ir, tenho tarefas. — O herdeiro se afastou um pouco olhando o rosto bonito, passou a mão nas tranças que tinham voltado ao estilo Omaticaya.

— Eu também tenho. — Puxou o Metkayina pra outro beijo, esfregando as bocas com preguiça.

— Mas eu posso fugir das minhas obrigações se for pra ficar assim com você. — Beijou a linha da mandíbula até a ponta da orelha.

— Não pode não. — Suspirando se afastando a contragosto. — Seu tio disse que eu deveria te colocar na linha.

— Vai me colocar na linha é? — O sorriso cafajeste se fez presente.

— Você sabe que vou. — Sorriu para o mais novo. — Vamos.

Estavam no lago, ali tinha se tornado o lugar secreto dos dois, onde todos os dias tentavam escapar por algum tempo, se tornado uma rotina agradável.

Neteyam caminhava na frente, Aonung gostava de quando ele fazia isso, dava a oportunidade de observar a cauda charmosa se movendo, sorriu travesso, a mão curiosa, cansada de ser contida fechou em torno da cauda a puxando de leve, automaticamente Neteyam parou e se virou, o músculo da testa arqueado fez as orelhas de Aonung se voltarem para trás.

— Sabia que é muito abusado ficar encostando na cauda dos outros assim? — Lançou um olhar de questionamento.

— Desculpa? — Estava sem jeito.

— Qual é o seu problema com ela? — A algum tempo tinha percebido que Aonung tinha algo com sua cauda.

— Problema nem um. — Levantou as mãos.

— Ainda acha ela estranha? — Aonung escutou um tom de receio na voz do Omaticaya.

— Claro que não! — Respondeu rapidamente. — Eu gosto dela, acho muito bonita e gosto quando você enrola ela em mim. — Neteyam sorriu negando com a cabeça. — Eu queria encostar nela faz algum tempo. — Devolveu o sorriso.

— Você não pode sair fazendo isso, sabia? — Neteyam continua a andar, e novamente o herdeiro voltou os olhos para a cauda se movendo seguindo o movimento do mais velho.

— Porquê não? — Puxou de novo, Neteyam sentiu o corpo arrepiar.

— Skxawng. — Se virou com um meio sorriso nos lábios. — Para. — Avisou.

— Me fala o porque eu não posso então, se não eu vou puxar de novo. — Ameaçou rindo.

— Apenas Na'vis próximos podem fazer isso no clã Omaticaya. — Sua mãe sempre o ensinou que não era todos que poderiam tocá-lo assim.

— Neteyam, a gente tá se beijando faz algum tempo já, mais próximo que isso só se a gente aca-

— Cala a boca. — Neteyam disse entredentes sabendo exatamente o que Aonung falaria, ele tinha se tornado um abusado sem noção de uns dias para cá.

Ocean EyesOnde histórias criam vida. Descubra agora