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Emma e Regina chegaram ao hospital e encontraram Henry ainda inconsciente. Enquanto esperavam no confortável sofá do espaçoso quarto, os médicos explicaram a situação: Henry havia sofrido um derrame decorrente de um tumor e desmaiou no caminho para o hospital. Os médicos fizeram o possível, mas agora só restava aguardar que ele acordasse - embora também fosse possível o pior acontecer.

Embora permanecesse no quarto, Cora estava distante e claramente desaprovava o relacionamento entre sua filha e a secretária. No entanto, Emma sabia que Cora também estava preocupada com Henry - assim como Regina, ela tinha dificuldade em expressar suas emoções. Conhecendo Regina tão bem, Emma conseguia ver que as duas mulheres compartilhavam muitos sentimentos em comum.

— Precisava mesmo trazê-la aqui, Regina? - Cora falou de repente, chamando a atenção das duas. Emma olhou para a mulher indignada com sua fala. Enquanto Regina sustentou o olhar da mãe.

— E você precisava mesmo ser tão rude, grosseira e inconsequente? - Regina disparou irritada. Cora a olhou indignada. — E não me olhe com essa cara, para mim preferia a presença de Emma aqui do que a sua. Nem em uma situação dessas sabe ser uma pessoa agradável?

— Regina... - Emma falou segurando a mão de sua chefe. Regina apenas continuou encarando sua mãe que estava de boca aberta e de braços cruzados, totalmente sem palavras. Era a primeira vez que Emma via Cora assim.

— Então se essa é sua preferência, não se preocupe, sairei. - Cora descruzou os braços e levantou o queixo, mantendo aquela postura de poder. — Mande os médicos me avisarem se ele acordar. - Dito isso, Cora saiu do quarto e deixou as duas para trás. Emma sentiu sua mão que segurava a de Regina doer, de tão forte que Mills apertou. Mas ela não reclamou.

Ela olhou novamente para sua chefe e viu que seus olhos estavam marejados e sua boca tremia, claramente se segurando para não chorar. Com certeza, nem mesmo para Regina aquilo era uma situação fácil de suportar. Seu pai inconsciente em uma cama sem hora para acordar e sua mãe a tratando daquela maneira. Emma certamente não conseguiria segurar seu choro e desabaria ali mesmo.

— Vai ficar tudo bem, meu amor. - Emma falou tentando consolar Regina. Tinha medo que a mulher explodisse com raiva, ela sabia que Mills tem a tendência a substituir sua tristeza com ódio e raiva.

Mas isso não aconteceu. Regina apenas ficou ali, abraçada a Emma e se controlando para não chorar, Emma sabia disso, parecia que podia sentir a dor da mulher, e mesmo assim tinha certeza que não sabia pelo que ela estava passando. 

Depois de um tempo, Emma percebeu que Regina adormeceu com a cabeça apoiada em seu ombro. Ela sorriu e passou a mão pelos cabelos negros, pela primeira vez sentiu uma imensa vontade de proteger Regina e não de ser protegida por ela. Ela também acabou adormecendo ali, mesmo desconfortável, sentia que não tinha lugar melhor para estar que ao lado da mulher que ama. 

Quando Emma abriu os olhos novamente, ela notou que Regina já não estava mais ao seu lado. Ela olhou em volta no quarto e notou a porta do banheiro fechada. Ela se levantou e olhou para Henry que permanecia desacordado. Regina então saiu do banheiro e parecia tão ruim quanto antes. Emma deu um sorriso fraco para ela e ele foi retribuído. Mills caminhou até ela e também olhou para a cama do pai. 

— Eu não quero perde-lo. - Ela disse e Emma pode ver lágrimas surgindo em seus olhos novamente. A loira pegou a mão de sua chefe e apertou, tentando passar conforto e mostrar que ela estaria ali. 

De repente, Henry começou a se mover e ambas as mulheres ficaram surpresas. Regina imediatamente correu até a cama do pai.

— Pai! - Ela chamou-o. 

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