Yeonjun e Soobin são dois amigos que, por ordem de seus pais, tiveram que se afastar.
Não aguentando todo esse tempo afastados, acabam por terem que se comunicar escondido. O que essa amizade escondida irá os proporcionar? Talvez um romance?
𖥻 Yeo...
—Pai, você lembra do Kai e da Mari!?—Digo descendo as escadas rapidamente, logo indo até ele.
—Acho que lembro, filho.—Ele terminou de fechar sua bolsa e me olhou.—Por que?
—É que... Bom, eles estão aqui na Coreia e eu queria ver eles...—Sorrio fraco e esperançoso.—Eles estão no hotel aqui perto e eu quero ir ver eles hoje a tarde, posso!?
Vai, deixa pai! Por favor...
—Não.—Ele diz e meu sorriso murcha na hora.
—Porque não?—Cruzo meus braços com a cara fechada e resmungo. Não é possível!
—Por que não. Vou sair e volto às 18:30.—Ele saiu de casa e eu soltei um grito irritado. Que ódio! Agora só me resta minha mãe...
Corro até ela, que estava em quarto.
—Mãe, mãe, mãe!—Sento em sua cama, vendo ela se ajeitar. Estava com um vestido vermelho bem longo e com a cara toda rebocada de maquiagem.—Pra onde a senhora vai?
—Vou sair com seu pai.—Ela me olhou de cima abaixo.—O que quer?
—Ah, ele já saiu, mãe... Mas você lembra do Kai e da Mari? Eles voltaram pra Coreia...Eu posso ver eles hoje a tarde? Por favor!—Quase imploro de joelhos.
—Já!? Ai meu Deus...—Ela começou a descer as escadas, porém com dificuldade, pois seus saltos eram enormes.
—Em, mãe!—Vou atrás dela.
—Pergunta seu pai, Yeonjun.—Ela finalmente desceu tudo, e eu estava atrás dela.
—Mas ele não deixou!—Resmungo e cruzo meus braços.
—Então eu também não deixo! Tchau, filho. Ah, e deixa a casa arrumada pra mamãe, tá?—Ela beijou minha testa e saiu.
—Ah, mãe!—Resmungo e corro pro quarto.—Que droga! Por que eles não deixaram!?—Suspiro e sorrio pela minha idéia.—E se...
Me levanto e pego minha bolsa, logo colocando meu celular e o carregador. Desço rapidamente e tranco a porta de casa, logo pegando minha bike e correndo pra casa de Soobin.
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—Vai, Soobin! Sobe na bike.—Eu grito e ele logo sobe meio desengonçado, e eu logo começo a pilotar até o hotel onde o casal estava.
Sinto os braços de Soobin rodearem a minha cintura e suspiro, quase deixando a bike cair. Uau, isso me desconfigurou!
—Yeonjun! Cuidado...—Ele diz baixinho e me abraça mais ainda, balançando um pouco suas pernas.
—Desculpa! E não balança as pernas, vai desequilibrar...—Digo e ele logo para, provavelmente com um bico bravo no rosto.
Chegamos no hotel e logo deixei minha bike trancada no estacionamento, subindo em seguida.
Toco a campainha da casa deles e pego na mão de Soobin, que visivelmente estava bem ansioso.
—Ei, calma!—Me viro para ele e sorrio, logo acariciando sua mão.
—Desculpa, eu tô muito nervoso...—Suspirou e logo travou quando Kai abriu a porta.
—Soobin!—Eles correram e se abraçaram muito forte, sorrindo em seguida.
—Kai, eu não acredito!—Ele começou a chorar e o Huening riu, mas com certeza estava quase chorando também.
—Que saudades...—Eles se afastaram e eu pude ter a oportunidade de abraçar Kai novamente, porém menos afobado.—Entrem!
Entramos e vejo a reação de Soobin ao ver a Antonella.
—Meu Deus...eu não acredito...—Ele arregalou seus olhos e sorriu, logo abraçando a Mari com cuidado.—Vocês...fizeram?...
Todos nós caímos na risada dessa fala, meu Deus!
—Soobin!—Kai riu.—Pois é...nossa filhinha!
—Qual o nome dela?—Ele correu pra bebê, que sorriu em direção dele e se mexeu todinha. Fui atrás e acariciei o cabelinho ralinho dela.
—Antonella...Tem cinco meses só...—Mari disse e me abraçou, me cumprimentando.
—Que nome lindo!—Ele sorriu e limpou suas lágrimas, logo se sentando no sofá e me puxando pra lá, deitando sua cabeça no meu ombro.
—E aí...como vai a vida de vocês?—Mari pergunta e vai pra cozinha, pegando uma bandeja de biscoitos assados e trazendo pra mesa.
—A minha vai... difícil. Meus pais me obrigaram a me afastar do Soobin, e agora tô tendo que ver ele escondido...—Digo e seguro na mão do garoto, logo sorrindo triste. Eu amo tanto ele!
—Nossa...que pena.—Kai fez um bico e senta do meu lado, colocando a Mari em seu colo. A Antonella estava no bebê conforto.
—Pois é. E o Beom foi pros Estados Unidos... Sinto muita falta dele!—Digo e suspiro, vendo Soobin me abraçar de lado.
—Poxa, Yeonjun! Mas você já está quase acabando seu ensino médio, não é? Você pode tentar arrumar um alojamento no campus da Universidade que você fizer!—Mari, minha salvação, diz.
—Você é uma gênia, Mari! Obrigado! Vou fazer isso! Semana que vem eu já me formo e já tenho minha vaga garantida na Tinnitus University Of South Korea! TUSK!—Digo, orgulhoso de mim mesmo. Há dois meses eu fiz uma prova para tentar entrar na universidade, e pasmem, passei em primeiro lugar!
—Uau! Era o sonho dos meus pais entrar lá!—Huening diz e sorri.—Parabéns! E você, Soobin?
—Eu? Bom...—Percebo o garoto ficar meio pensante.—Na verdade, eu acho que não irei fazer faculdade nenhuma...
—Interessante! E quer trabalhar com o que?—Mari diz e se levanta do colo de Kai, logo pegando a Antonella no colo e a ninando, vendo que a garota já estava começando a ficar manhosa.
—Talvez como... não sei, na verdade.—Ele suspira e eu levo minhas mãos na sua coxa, a acariciando.
—Pense bastante!—Huening se levantou e fez um leve carinho nos cabelos de Soobin, que sorriu contente ao ter o amigo de volta.
