Lina passou a vida tentando se provar além do peso do sobrenome que carrega. Filha de dois dos artistas mais renomados do país, ela quer que sua arte fale por si mesma, sem heranças, sem expectativas, sem sombras. Já Taehyung, um ex-pianista prodígi...
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— Te deixo sozinha por alguns minutos e você arruma um namorado, Lina? O trato era você cuidar dessa berinjela no lugar do seu pé e não aparecer com um bambu de 2 metros de altura.
Lina revirou os olhos enquanto se entendia com as muletas e escorregava para o banco do passageiro.
— Sinceramente, não sei o que deu no Nam de te pedir para vir me buscar ao invés de vir ele mesmo.
— Significa que ele confia em mim — deu de ombros, como se fosse óbvio.
Lina bufou enquanto prendia o cinto, e assim que terminou, ainda pode ver Jungkook se abaixando para olhar pelo vidro, na direção do parque. Ele acenou para o rapaz parado lá dentro que aparentemente ainda os fitava. Lina lhe deu um tapa no braço e ele riu, dando partida no automóvel.
— Não precisa me envergonhar mais, Jeon. Muito sem noção, você nem conhece o cara.
— Pior que eu o conheço. Ele que me disse que vocês não se conheciam, mas pelo visto se conhecem sim... — Jungkook mordeu o interior das bochechas e fitou a rua a frente deles, provocando a amiga.
— Não, nós não nos conhecíamos mesmo. O menininho que estava com ele veio correndo até mim e puxou assunto.
—Uhummmm, o velho golpe de interagir com uma criança para parecer fofo — Lina riu pelo nariz e balançou a cabeça de um lado para o outro. Ele não iria desistir.
— O Taehyung não me pareceu ser desse tipo de cara... Acho que isso nem passou pela cabeça dele.
Jungkook arqueou uma sobrancelha, lançando-lhe um olhar lateral suspeito.
— Taehyung, é? Já tá chamando só pelo nome... Sei não, hein, Lina... — fez uma pausa dramática, olhando para o trânsito — O que ele fez com você? Até tá pegando leve comigo hoje, geralmente já teria me mandado calar a boca.
— Cala a boca, Jungkook.
Ele soltou uma gargalhada satisfeita antes de aumentar o volume da música, enquanto Lina se recostava no banco, tentando ignorar o sorriso que insistia em surgir no canto dos lábios.