capítulo cinco: IN LIMIT

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MYOUI MINA

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MYOUI MINA

Um dos piores dias da minha vida foi quando o papai teve que ser internado num hospital psiquiátrico e o pior dia da minha vida foi quando eu soube que o papai morreu lá, minha mãe nunca me contou como que aconteceu e acho que até prefiro assim.

Nunca soube o que aconteceu para ele ser mandado para lá, ele nunca apresentou nenhum comportamento estranho, ele parecia sempre bem.

Bom, apesar de eu nunca saber o que aconteceu, eu cheguei a imaginar como aconteceu e me senti tão culpada por pensar uma atrocidades, mas não pude evitar.

Teve um dia em que eu simplesmente não conseguia respirar, eu ainda estava dormindo e eu sentia algo pressionar forte minha cabeça, eu não conseguia raciocinar, no momento eu nem sequer sabia quem eu era.

Quando eu reagi, avistei a presença da minha mãe ali.

— O que estava fazendo? - minha voz saiu falha por conta do choro — mãe, o que estava tentando fazer?

Ela se aproximou de mim com calma e sentou-se na minha cama, o que fez com que eu me afastasse dela na hora, ela sorriu para mim bebendo uma garrafa de soju. Eu estava muito assustada, mamãe nunca tinha feito isso antes, ela nunca esteve assim antes.

— Você errou o passo naquela dança, como se atreve? — perguntou — Em umaa droga de teste importante, está ficando louca, quer seguir o mesmo caminho do seu pai? Quero saber como se atreve a errar Myoui?

— N-não foi porque eu quis — falei assustada tentando me afastar dela ainda mais.

Ela apenas saiu do meu quarto e foi embora, sem mais e nem menos. Isso aconteceu antes de eu começar com as minhas aulas de dança, bem antes de conhecer o Jimin, eu tinha apenas 12 anos.

Mesmo com aquela idade me perguntei se o que aconteceu com meu pai chegasse a acontecer comigo também, então eu apenas quis ser a melhor de todas.

Não que o papai fosse burro, mas eu não podia bobear e acabar como ele, eu precisava ser a melhor para a mamãe. Sem erros, sem desistência, apenas fazer tudo que ela quer, para o meu bem.

E ela repetia sempre as mesmas palavras de antes para o meu bem, sei disso. Ela não queria me perder como perdeu o papai, mas se caso acontecesse, iria ser difícil negar a si mesma que seria a culpada.

Mas isso não aconteceu somente uma vez, para ser sincera aconteceu ontem. Eu não conseguia respirar, eu não conseguia reagir, mas daquela vez eu sei o que estava acontecendo, então apenas tentei chamar pelo nome dela, ver se ela sentia culpa e apenas parava de fazer o que estava fazendo.

Nunca clamei tanto pelo nome de minha mãe quanto fiz ontem e assim que ela finalmente me soltou, eu fugi e me tranquei no banheiro. Sentei no chão e abracei minhas pernas, recuperando o ar e tentando parar de chorar.

Dancer; JMOnde histórias criam vida. Descubra agora