Capítulo XII- Selene Parte 2

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Lúcia estava ao lado da padaria, com uma cara triste ela olhou pela janela, viu as mesas todas empoeiradas e cheias de garrafas, nos cantos do teto estavam imensas teias de aranha, Lúcia se preocupara com a o estado de decadência a padaria entrou. Ela deitou um lágrima do olho esquerdo e tirou um molho de chaves do bolso do sobretudo,
Assim que olhou para uma chave de ferro, lembrou-se de casa.Lúcia guardou as chaves e com determinação fora á casa de pedra, Ao dar a curva para ir para casa, O duque e Joaquim passaram por trás dela, e não se aperceberam.

Joaquim preocupado: mas onde será que ela está!?
Duque: Deve andar por aí a passear, mas acho muito estranho ela ter fugido, ela anda a tramar alguma!
Joaquim: E a Sofia!? Quando ela descobrir vai se passar !
Duque: é quase 12h... eu vou para o palácio, tu encontra-a e depois liga-me ! Eu vou tentar empata-la...
Na casa de pedra:
Lúcia chega a casa e olha para ela com um ar muito muito triste e nostálgico, ela ainda sentia a presença de Amália na entrada, ela tirou a chave de ferro e meteu na fechadura, ao abrir a porta um cheiro intenso a podridão lhe fez bolsar. Rapidamente olhou para todos cantos e só via garrafas de vinho espalhadas no chão e mobília, o chão estava todo cheio de mofo e pó, as paredes escuras da humidade. Rapidamente ela pôs o sobretudo no bengaleiro e arregaçou as mangas. Ela abriu todas as janelas e foi ao armário da cozinha que ficava ao lado da lareira. Lúcia pegou numa esfregona e balde e muitos outros utensílios de limpeza, e foi limpando a sala e a cozinha.

Lúcia seria: Não vou deixar esta casa desmoronar...

Horas depois no palácio:
Eram 17h da tarde, o duque não conseguiu empatar mais a duquesa e  não a encontrou, acabaram por se desbocar sobre Lúcia, a duquesa por sua vez claro que entrou em pânico, mas teve a ideia de ir com o Duque e Joaquim vaguear pela vila novamente em busca de Lúcia novamente. Todos estavam no pátio.

Adelaide: Só há 1 sítio que ainda não foram, ainda por cima o lugar mais óbvio !
Joaquim incrédulo: A minha casa !!! Oh meu Deus como eu não me lembrei disso !?
Duque: *suspiro* eu...eu...juro eu um dia não sei, mas vou precisar de um chá depois disto tudo...
Duquesa: vamos lá antes que eu perca mas é a paciência...

Os 3 entraram no carro e Adelaide se despedira deles, Entretanto na casa de pedra, Lúcia tinha acabado de limpar a parte de baixo de casa, ela reparou no por do sol e pegou na sua guitarra portuguesa e pôs na mesa da cozinha e foi acender a lareira, pôs água na panela, e pôs ao lume.
Subitamente sentira um arrepio gélido e familiar, ao se virar de medo paralisa, ela se encontrara com o fantasma de Amália. Lúcia apavorada cai de joelhos e as suas lágrimas soltam-se. Amália paira até ela e lhe toca na cara sorrindo gentilmente.

Amália sorrindo: Olá Lúcia...
Lúcia embasbacada: m-ma-mãe !
Amália sorrindo: sou eu mesmo sim, estou tão orgulhosa de ti minha querida, juntas-te a família, estás a crescer e a aprender, e a cuidar do tio.
Lúcia chorando: Mãe ! Eu vou te vingar !
*Amalia tocando na cara da Lúcia e pondo a testa junto dela*
Amália sorrindo: Não quero que vingues, quero que perdoes, violência não é a solução querida, promete me isso...
Lúcia sorrindo: Sim mamã...
Amália a desvanecer: Adeus minha querida, se tu mesma, e diz ao teu tio que o amo muito Lobinha.

Amália desvanece por completo e Lúcia chora, mas criou coragem e levantou se, pegou na guitarra e foi para a rua e sentou-se no banco. Após se sentar ela suspirou fundo e levantou a cabeça sorrindo, começou a tocar rosa tirana, lágrimas escorriam e ela continuava a tocar e assobiar rosa tirana. Um grande peso lhe saíra do corpo, Lúcia finalmente supera o grande trauma, sente-se livre e confiante novamente.  A duquesa, duque e Joaquim  subiam as escadas e ouviram o som da guitarra e ficaram fascinados ao olhar para Lúcia, ela estava descontraída e muito sorridente.

𝑨𝒔 𝑽𝒊𝒅𝒂𝒔 𝒅𝒆 𝑺𝒊𝒏𝒕𝒓𝒂 Onde histórias criam vida. Descubra agora