A página

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Henry estava na casa de Mary Margaret, almoçando e conversando sobre sua ideia de explorar o mundo. Ele decidiu que precisava falar com sua avó antes de contar para qualquer uma de suas mães, especialmente Regina, já que ele sabia que ela talvez não aprovasse sua decisão. Henry se sentia independente e determinado a buscar sua própria história.

Mary Margaret sugeriu que ele contasse para as duas mães ao mesmo tempo, talvez em um jantar ou em uma noite em família. Dessa forma, Henry poderia explicar suas motivações e planos diretamente para ambas e ouvir seus pontos de vista e conselhos.

Henry considerou o conselho de Mary e decidiu que era o melhor a fazer. No entanto, ele estava muito nervoso com a reação de sua mãe Regina. Ele não queria magoá-la, sabendo que depois da morte de Robin, Henry era a única pessoa que ainda ocupava um lugar especial no coração da prefeita. Ele temia que, após sua partida, sua mãe ficasse solitária e se isolasse novamente, mesmo sendo uma heroína e sendo amada por todos na cidade.

Apesar dessas preocupações, Henry acreditava que precisava seguir em frente e perseguir seus sonhos. Ele sabia que sua mãe Regina o amava e, embora possa ficar chateada com a notícia, ele acreditava que ela eventualmente entenderia sua decisão. Henry só esperava que sua mãe pudesse encontrar novas maneiras de se conectar com as pessoas e não se isolar novamente.

— É engraçado como o tempo voa, querido. - Mary comentou sorrindo e lhe entregando um chocolate quente com canela. — Há algum tempo atrás você ainda era um garotinho de dez anos fugindo da Regina.

— Isso já faz anos, vó! - Henry riu e deu uma golada em seu delicioso chocolate. — Mary, onde está aquele livro, inclusive?

— Está lá no quarto de cima, quer que eu o busque para você? - Mary perguntou virando para a pia e começou a lavar a louça.

— Não, eu mesmo pego. Quero ler as histórias de novo, espero um dia poder estar nelas assim como você, vovô e mamãe estiveram. - Ele sorriu e então subiu as escadas com pressa, ficou ansioso de repente com a ideia de ler aquele livro novamente. Sempre trazia uma nostalgia boa, mesmo que as histórias não fossem tão felizes. Sua mãe Regina, por outro lado, não gostava tanto da ideia de ele lê-lo, já que no livro ela ainda era a tão temida Rainha Má. Porém, Henry já não mais a associava a aquela imagem.

Henry subiu as escadas, abriu a porta do quarto e imediatamente procurou pelo livro. Com a sensação de déjà vu, sentou-se na cama e acariciou a capa com carinho. Abriu o livro e começou a ler, mas um vento forte e repentino soprou as páginas e as virou rapidamente, parando na última. Henry olhou para a imagem que surgiu em sua frente com os olhos arregalados.

Era uma ilustração nova, que ele nunca tinha visto antes. Era uma imagem de suas duas mães se beijando. Henry ficou chocado e incrédulo, pensando se aquilo realmente havia acontecido e suas mães nunca lhe contaram. Sentiu uma mistura de emoções, um misto de tristeza por não terem lhe contado e felicidade por imaginar suas mães juntas como uma verdadeira família. Ele pensou em descer para mostrar a Mary, mas depois decidiu que, se suas mães não haviam lhe contado, talvez quisessem manter isso em segredo.

Henry colocou o livro debaixo do braço e desceu as escadas rapidamente. Ele se despediu de Mary, que ficou confusa com a pressa repentina do garoto, mas não questionou. Henry foi diretamente para a delegacia falar com Emma. Ele queria marcar aquele jantar e contar-lhes sobre sua decisão de deixar a cidade. Também queria questioná-las sobre a página do beijo, mas faria isso com as duas juntas. Ele sabia que seria uma conversa difícil, mas estava determinado a descobrir a verdade e entender o motivo de suas mães terem mantido aquilo em segredo.

— Mãe! - Henry entrou rapidamente na delegacia. Estava eufórico e Emma notou isso e o olhou com a sobrancelha arqueada.

— Oi garoto, que empolgação é essa? - Emma perguntou sorrindo e o olhando curiosa.

A página do beijoOnde histórias criam vida. Descubra agora