Minha redenção

Capítulo 6

Ruby dormia tranquilamente, enquanto Mary estava jogada por cima dela com as pernas.

- Cacete!- Mary pragueja ao acordar do nada dando um susto em Ruby.

- Que foi?- Pede ainda grogue se sentando na cama.

- São dez horas já.- Mary coça os olhos pulando da cama.

- Merda!!! O senhor Morgan vai me matar.

Ruby levanta da cama correndo e pega uma calça jeans, uma camiseta manga longa, uma jaqueta grossa, uma touca, um cachecol e um par de botas veste tudo tão rápido que até ela ficou apavorada consigo mesma.

Ela corre para o banheiro e escova os dentes.

- Até amiga!- Mary diz da porta para Ruby que sai quase voando da casa.

O dia já não está tão frio como de costume, ou porque ela deve estar correndo que não sente tanto.

Ruby corre e chega quase vinte minutos depois, no total são quase duas horas de atraso.

- Está atrasada Srta Green.- Ela dá um pulo quando vê o homem sentado na poltrona fitando - a de cima à baixo.

- Desculpe.- Diz sem jeito.

- Pensei que tinha te dado folga dois dias não três.

- Isso não vai mais acontecer.- Ele diz se levantando e se aproximando dela que dá um passo para trás.

- Por quê?- Pede ela com a voz entrecortada.

Ele fica em silêncio por um tempo e a observa várias vezes.

- Quero que se mude pra cá.

- Como assim Sr. Morgan?- Pede o olhando nos olhos negros como a noite.

- Você perdeu sua mãe, pelo que sei está sozinha e além do mais é perigoso.

— Preciso de um mês então Sr. Morgan.— Ela diz para ele.

— Ok.

  Louis a deixa a sós e ela sabe que a ideia é boa, afinal seu dinheiro sobraria bem mais, ela não teria a preocupação de ter que pagar aluguel, nem nada, apenas aturar o homem e fazer seu serviço perfeitamente.

   Audrey aparece ao seu lado toda empolgada, a senhora ouviu toda a conversa constrangedora atrás da porta, e ela achou estranho a atitude do patrão de chegar tão perto da moça para falar do trabalho, mas enfim, Ruby era maravilhosa então ela não ligava.

— Nem acredito que você vem morar aqui!— Audrey sorri.

— Nem eu.— Ela dá de ombros.

— Sinto muito pela sua perda.— Audrey abraça Ruby e afaga seus cabelos.

    Ruby adorou Audrey desde o início, a senhora sempre a ensinou com calma e cuidado e ela aprendera muito rápido graças ao incentivo que a mulher lhe dava.

                                                   ***

  Em sua sala como de costume Louis Morgan andava de um lado pro outro nervoso, ele só podia estar maluco ou de ressaca porque chegou tão perto daquela garota petulante e nem sequer brigou pelo atraso.

— Cacete!— Ele dá um soco na mesa.

— E aí meu amigo.— Thomas aparece do nada na sua sala, invadindo como se fosse sua.— Por que tá batendo na pobre mesa?

— Por nada.— Louis trinca os dentes com a intromissão do amigo.

— Deve estar se lembrando de ontem, só pode.— Thomas debocha.

— O quê?— Louis pede confuso.— Eu não fiz nada.

— Só beijou umas cinco mulheres.— Thomas da de ombros rindo.

— Seu mentiroso de uma figa.— Louis ameaça jogar seu note no amigo que ergue as mãos em rendição.

— Caralho, você não pegou ninguém ontem, disso eu me lembro, ao invés você ficou chorando no bar.

— Não fode Thomas.

   Thomas ri mais um pouco e para ao receber uns olhares ameaçadores de Louis.

  Eles ouvem uma batida na porta e Louis ordena a entrada.

— Com licença senhor Morgan, preciso tirar o pó do seu escritório.— Ruby diz ao entrar com um balde, pano e o espanador.

— Claro insolente.— Diz grosseiro.

   Thomas só observa o amigo, ele achava que o amigo não tinha coração, mas ao ver a forma em que ele mexeu com a garota, foi o suficiente para constatar que ainda havia esperança.

— Vamos pra piscina.— Thomas sugere e Louis concorda.— Depois falamos sobre o trabalho.

— Claro.— Concorda dando uma virada para a garota que começava a afastar as caixas com papéis e tirar o pó.— Limpa direito que tenho rinite.

  Eles saem dali e vão se trocar, usar suas sungas para se banhar.

— Preciso de uma emprestada.— Thomas sorri para o amigo.

— Tá, eu te empresto.

   Louis para na frente do seu closet e da uma pro amigo.

— Por que tratou tão mal a empregada?— Thomas pede curioso.

— Ela me irrita, chega atrasada e é incompetente.

— Tá afim dela.— Thomas sorri afirmando pro amigo.

— Não, ela tem vinte e poucos anos e eu tenho trinta e dois, ela é só uma garota jovem e incompetente.

— Sei.— Thomas coça a cabeça e vai para o banheiro se trocar.

   Louis não queria admitir mas aquela garota era muito bonita, seus olhos eram lindos e combinavam muito com ela, ela lembrava alguém tinha pequenas semelhanças com Victoria.

— Está pensando nela, eu sabia.— Thomas o pega de surpresa.

— Claro que não.— Ele dá de ombros, Louis nunca admitiria isso para Thomas.— Já volto.

     Louis troca a roupa e os dois descem pra piscina pra dar um mergulho e relaxar um pouco.

   O ramo dos negócios não estava tão fácil como era pra estar, as coisas não andavam nada bem , havia mais um ladrão e tinha que ser encontrado o quanto antes.

— Então você já conseguiu investigar quem aquele homem estava protegendo?— Thomas inicia o assunto.

— Ainda não, tenho um detetive que está tentando encontrar o verdadeiro ladrão.

— Caralho, mais um pra mim sujar as mãos.

    Thomas gostava de ver os filhos da puta sofrerem em suas mãos antes de serem mortos, ele sentia prazer em ver o medo passar pelos olhos dos desgraçados que imploravam por suas vidas.

    Era prazeroso pra caramba.

— Vamos voltar pro assunto da sua empregada? Achei ela muito linda.— Thomas provoca.

— Vai lá então, se divirta, boa sorte.— Louis sorri com deboche.— Aquela petulante e incompetente só vai te tirar do sério como é acostumada.

— Vou lá então, vamos ver se ela cai no meu charme.— Thomas finge sair da piscina, e é impedido.— Ei!

— Ei é o caralho, sem correr atrás de mulher, não a essas horas.

  Thomas ri satisfeito, isso vai ser muito bom.

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   Vou liberar os avatares no próximo.