Inazuma raiava com um sol forte, os habitantes da cidade levantavam para fazer os seus afazeres enquanto se agarravam nas esperanças e orações a toda poderosa Shogun. As sacerdotisas iriam para seus pontos aplicar faxinas e receber alguns ninjas para missões especiais, mas uma em especial havia acordado mais tarde que o normal.
Guuji Yae, ou senhorita Yae Miko era a sacerdotisa primaz daquela região inteira, venerada por muitos e odiada por outros tantos, a mulher decidiu acordar o mais tarde possível para não aproveitar a faxina, arrumar as coisas e aquela bagunça era um saco pois muitas vezes ela não pudera sair e atazanar os demais da região.
Sua paz e tranquilidade acabou quando uma de suas "subordinas" bateu em sua porta pedindo que acordasse e ajudasse as demais, a raposa apenas se espreguiçou e tentou lembrar o nome daquela mulher insignificante, dando-lhe o hostil apelido de "irmã de Shinobu".
Com seu humor ácido finalmente revigorado após um pouco de café a mulher começou a caminhar atribuindo e distribuindo outras tarefas para as mulheres do local, causando uma pequena confusão generalizada (já que a maioria já tinha suas tarefas prontas), ela sorria observando o olhar daquelas mulheres distribuídos até si, mas nada disso importava.
Na realidade Yae Miko é alguém cansada por natureza, nada a agradaria se fosse atingido de modo 100% certeiro ou formal, por isso a kitsune escolhe infernizar a vida dos outros ao seu bel-prazer. O que ela pode fazer? É divertido ver a confusão das mentes humanas, era agradável.
- Senhorita Yae — Uma das sacerdotisa se apresentou diretamente a ela, se tratava de qualquer uma que trabalhava na banca de light novels.
- Sim? — Respondeu ela, apresentando um olhar cansado.
- Bem... Os faxineiros do departamento de escritório não podem comparecer hoje, lá estão alguns livros antigos bem conservados que não podem ser limpos com qualquer um. Não achamos ninguém só nível... — Ela foi interrompida.
- Você quer que eu vá para lá então? — Ela se aproximou da mulher deixando-a extremamente vermelha de ponta-a-ponta, foi engraçado no ponto de vista da kitsune. — Estarei pensando no seu caso... (Se bem que eu posso bisbilhotar algumas escritas antigas cabulando essa faxina desinteressante). Estarei indo.
Ela saiu caminhando até aquele departamento de escritório, mas antes de se retirar totalmente a mulher começou a apontar falhas na faxina alheia deixando o clima ainda pior que estava antes. Não tinha o que fazer, ela realmente não tem escrúpulos quando se trata de infernizar as pessoas.
A raposa se aproximava no departamento, colocando alguns produtos de limpeza de lado e os rejeitando com um sorriso no rosto, ela estava pronta para fazer algo que não tinha nada relacionado a limpeza. Yae colocou um semblante misterioso no rosto e então fora procurar qualquer coisa que a interessava naquela pilha, sem se importar com o que iria encontrar, apenas querendo algo que lhe despertasse da chatice de uma limpeza.
No meio de antigos livros bagunçados e nada detalhados sobre aventuras esquecidas pelo tempo, havia algo que chamou a atenção da mulher, uma capa estranha de um boneco ou algo que lembrava vagarosamente a imagem de Ei. A mulher pegou o livro e colocou sobre uma mesa próxima, assim então se sentou sobre uma cadeira e folheou.
"Scaramouche", esse nome ela não conhecia, parecia tão distante porém bastante interessante. A raposa pegou um pequeno aviso de nota que estava acoplado ao livro, ela leu.
- "O que eu deveria ter feito..." — Ela pensou e cutucou até o fundo da sua mente, tentando lembrar o que ela deveria ter feito, mas não conseguiu. Não tinha respostas.
A história iniciou...
"A maldita marionete, a marionete ridícula. O boneco descartado que deveria ter um lar próspero porém acabou em um destino pior que a morte, observei de longe toda a sua trajetória, todos os seus pesares e posso afirmar que sua vida sempre foi um fardo para esse mundo. Afinal ele afastou as pessoas e se enganou pensando que fora traído, que tolo... Que inútil.
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A história nunca registrada - Yae Miko.
Ficción GeneralRemexendo algumas gavetas antigas a sacerdotisa primaz de Inazuma encontra um pequeno livro, uma história jamais contada ou sequer registrada com um final trágico e sangrento. Uma capa mórbida com apenas os dizeres "Scaramouche" e no verso uma peque...