Lá estava eu, saindo da empresa e indo em direção aquela maldita cafeteria.
Assim que cheguei, já vi Luka declamando mais poemas; Quando me viu, abriu um sorriso de orelha à orelha.
Esperei ele terminar de declamar o poema e sentar na mesa onde eu o esperava."Olá, moça bonita, achei q não viria, já deixei seu café expresso pago"
"Eu tenho nome, sabia?"
"Como quiser, moça bonita. Lua certo?"
"Isso, Lua"
"E o que você faz além de trabalhar na empresa de advocacia?"
" não é da sua conta, certo?"
"Uau, uma fã que quer ser advogada"
"Eu não sou sua fã, só gosto muito dos seus poemas, e eu não quero ser advogada"
Disse rápido, tentando me defender
"O que faz na empresa de advocacia então?"
"Não é óbvio? Meu pai me obriga"
Depois desse diálogo, mostrei algumas das minhas fotografias pra ele. Luka disse que gostou de todas, mas a sua favorita era essa:
Me veio então à mente, que essa fotografia fora feita quando fui à um passeio com a escola, era uma trilha, eu tinha uma câmera fotográfica mas a usava apenas por diversão, só então reparei que foi aí que queria ser fotógrafa.
Meu pai, claro, odiou a idéia; como sempre fui uma adolescente obediente, conservadora e nunca expressava o que sentia, simplismente fingi que estava tudo bem.
Conversamos sobre a faculdade de letras dele e rimos de coisas engraçadas da vida.
Terminei meu café e me despedi de Luka, agradeci por tudo mas estava ficando tarde e eu precisava ir.
Foi quando estava quase saindo que o ouvi dizer:"Podemos nos ver mais vezes, certo?"
Apenas respondi que sim e fui em direção à estação de metrô.
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A Poesia de uma Paisagem
RomanceLua é uma garota apaixonada por fotografia que faz estágio na empresa de advocacia de seu pai. quando ela conhece um poeta de rua, começa a experimentar coisas que ela nunca fizera. como será que termina esse Romance Clichê?