08. 𝐓atchi.

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tαtcʜι
— Toque.

歴史。
| Min Yoongi |

O olhar de Jungkook corre de modo desesperado para o animal que foi levemente ferido por ele. Mesmo que não fosse de propósito, ele parecia sentir-se inteiramente culpado pelo acidente. Entretanto, eu estava espumando de raiva para notar e coloquei-me a frente do meu ex.

— Que merda você tem na cabecinha, Jungkook?! – o empurro e estranho a sua falta de reação. — Então era isso? Foi por isso que veio até aqui?

— Yoongi...

— Você não tem explicação nenhuma para mim porque isso simplesmente não tem explicação nenhuma! – eu estava enfurecido demais, porém quando os olhos de Jungkook dobraram de tamanho eu soube que algo estava errado.

Me virei para ver o que acontecia e meu coração falhou as batidas no processo. O lobo negro estava ali bem próximo ao outro, muito menor que ele com o tamanho quase semelhante a um lobo normal. O de pêlo branco fazia o típico som de choro enquanto o maior demonstrava preocupação, verificando se tinha mais algum ferimento além daquele localizado na pata dianteira.

— São um casal. – por que aquela frase dita por Jungkook me deixou tão para baixo?

— Por que pensa isso?

— Nenhum lobo demonstra tanta preocupação e carinho, também podemos ver nitidamente que são um ômega e alfa, a possibilidade de serem um casal são altas. – quanto mais ele falava aquilo, pior eu me sentia.

— Vamos embora. – disse ao ouvir o som do rosnado alto do alfa. — Deveria deixar ele te matar, você bem que merecia, Jungkook!

— Me perdoe, Yoon...

歴史。

Assim que chegamos em minha casa, eu fiz questão de expulsar Jungkook dali. Sentia uma raiva extrema por ter sido enganado e pior: ele machucou um animal.

De algum modo, as palavras do Jeon permaneciam em minha mente, mas qual era o problema do lobo alfa ter um companheiro? Por que isso me incomodava tanto?

Após algumas horas, eu arrumava-me para o trabalho, com mente ainda uma bagunça, mas apenas ignorei. O frio que eu sentia no caminho para a estrada dos betas era causado não só pelo clima como também pela chuva que chegou mais cedo. Com certeza um resfriado viria, mais cedo ou mais tarde.

— Bom dia, Yoon. – Yoojin me saudou assim que eu chego.

— Bom dia. – respondo, não tão animado como ele.

— Ei, está tudo bem?

— Acho que vou pegar um resfriado. – vou até a sala para guardar minhas coisas e volto, pronto para começar. — É apenas isso.

— Yoon, se não estava se sentindo bem poderia me ligar eu...

— Não se preocupe, Yoo, estou bem. – coloquei o meu melhor sorriso no rosto e comecei a trabalhar.

A manhã passou bem, o movimento parecia mais intenso quando a Vila estava mais fria e o meu expediente estava próximo do fim. Enquanto isso, eu estava tentando me manter em pé, todo o meu corpo só pedia cama e era disso que eu precisava.

— Yoon, está tudo bem? – Yoojin se aproxima de mim enquanto eu sinto uma tontura e me apoio atrás do balcão.

— Foi só uma tontura, está tudo bem.

— Não, Yoongi, você não está bem e vai para casa agora.

— Yoo, eu...

— Sem “mas”, vá pegar as suas coisas. – suspirei derrotado e as peguei na sala, logo estava indo de volta para casa.

De modo involuntário direciono o meu olhar para o lado de fora da loja, o vidro me permitia ver tudo que se passava ali, inclusive dois rapazes que pareciam um casal se despedindo. O mais alto tinha cabelos negros que balançavam por conta do vento forte e o menor tinha os fios brancos, este que se aproximava cada vez mais da loja. Ele logo entrou.

— Bom dia. – ele saudou com uma bela voz assim que passou pela porta.

— Bom dia. – eu e o Jung dissemos em uníssono.

— Eu sou o Jimin, falei com o dono da loja ontem e...

— Oh, Jimin, seja bem vindo! – Yoojin diz com um sorriso. — Eu sou o Yoojin e esse é o Yoongi. – ao encarar melhor aquele que se denominava por Jimin, pude ter a sensação de que o conhecia.

Seus olhos azuis-água eram semelhantes ao de alguém, mas a dor de cabeça que sentia me impedia de forçar a mente e me lembrar. Ele era bonito, educado e, aparentemente, será o meu colega de trabalho

— É um prazer conhecê-lo, Jimin. – ele sorri de modo doce e diz o mesmo.

— Então, vocês serão colegas de trabalho. – como eu imaginei. — Não garanto que se verão com frequência, pois trabalharão em turnos diferentes, mas é bom que se conheçam. – nós assentimos e, involuntariamente, o meu olhar cai para o braço machucado do recém chegado.

— Tudo bem com o seu braço? – vejo-o corar e assentir repetidas vezes.

— Foi apenas um arranhão. – olhei novamente para o lado de fora, vendo que o homem que estava com ele afastava-se dali.

— Yoon. – me virei ao ser chamado. — Estou falando com você.

— Desculpe, eu não ouvi.

— Consegue voltar sozinho? – fiz que sim e ele assentiu, preocupado. — Por favor, não venha amanhã.

— Tudo bem

— Cuide-se. – ele me abraçou e eu saí, me despedindo dele e de Jimin.

A ventania lá fora estava forte, meu corpo se arrepiava constantemente e os calafrios percorriam a minha espinha. Bons passos a minha frente pude notar que o provável namorado de Jimin caminhava aparentemente pelo mesmo caminho que eu. Ele estava de costas e foi assim que vislumbrei o corpo desnudo do homem do meu sonho.

Minhas pernas fraquejaram naquele momento e eu tive que me apoiar em uma árvore para me manter de pé.

Respirei fundo, contei até dez, pedi forças aos deuses e voltei a caminhar, dessa vez de modo ainda mais lento. O caminho era um tanto longo, porém não tinha opção alguma. Talvez eu devesse ter dito a Yoojin que não conseguia voltar sozinho, mas eu era difícil demais.

Consegui caminhar, mesmo que lentamente, até me afastar da estrada dos lobos, e agora passava próximo as árvores e casas vizinhas. Minha visão estava um tanto turva, sentia frio e também suava frio, o que era estranho demais e só piorou quando uma dor aguda atingiu sua cabeça.

Me agachei no chão ao sentir minhas pernas fraquejarem. Além da dor, eu estava com medo. Não poderia ficar ali, sozinho, e se alguém aparecesse ou se algum animal como o lobo que me atacou viesse? Eu estava perdido e tudo piorou quando os pingos de chuva começaram a cair. As nuvens escuras no céu demonstravam que a hora do almoço se aproximava, mas aparentava ser noite, e tudo aquilo me deixava tenso.

— Ei, está tudo bem? – ao ouvir aquele voz rouca tão próxima de mim, uma onda de calor atinge o meu corpo.

Direciono o meu olhar para aquele que se aproximou, mas a minha visão não colaborava comigo. Pelas vestes pude notar que era o homem que estava com Jimin, então me tranquilizei um pouco mesmo sendo um desconhecido.

— Por favor... me ajude... – eu não o conhecia, mas ele era a minha única opção.

— Consegue andar? – eu nego, então ele me pega no colo.

Sem nenhuma dificuldade ele passa a caminhar comigo em seus braços, ele era tão quente. De algum modo, eu me sentia estranho. Minha cabeça foi apoiada em seu ombro e com o nariz próximo ao seu pescoço pude sentir o perfume agradável de flores molhadas. Eu conhecia aquele cheiro bom, mas a minha mente não colaborava comigo, seu calor me fez adormecer ali mesmo.

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Adaptação autorizada pela autora.
| perfil na sinopse da história |

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