Capítulo único

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Tudo nesta história é plenamente fictício. Por favor, não tente isso em casa ou em qualquer outro lugar. :p
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Era mais uma madrugada aleatória, mas rotineira para Venti. Estava praticando seu segundo hobby favorito: consumindo uma alta quantidade de vinho de graça. Não porque alguém o havia presenteado, apenas porque aprendera a invadir o estoque da Adega do Alvorecer, localizado no subsolo. Se alguém o visse, não teria problema, já que ele era o deus da nação. O único que não poderia sonhar com sua presença ali era Diluc, o dono, que por sinal sofria com suas perturbações. O que Venti tinha de dívidas na Adega, não tinha de estrelas no céu.

O problema de ser Diluc quem o visse é que não gostava de admitir, mas ficava totalmente intimidado em sua presença. O olhar sério que o ruivo tinha fazia suas pernas tremerem. Sempre disfarçava seu "medo" fazendo brincadeiras bobas que o irritavam, mas jamais ousaria passar desse limite, afinal, aquele sentimento intimidador era diferente de tudo o que já sentira. A menos que fosse por aquele vinho delicioso que estava bebendo de forma gratuita.
Venti não ficava bêbado rápido, já que bebia bastante. Antes, passava pelo estágio "alegre". Suas emoções afloravam de maneira intensa, mas sua consciência permanecia ordem. Estava na segunda garrafa quando esse estágio chegou e pensou:

É claro que não tem problema eu ficar assim, estou sozinho mesmo...

Até que Venti olhou para o lado e a garrafa espatifou no chão. Não são sabia se corria, gritava, limpava a bagunça ou ficava em silêncio esperando que fosse um sonho. Escolheu a última opção, mas para seu azar, não era. Diluc Ragnvindr estava em sua frente, em pé, em carne e osso, sem esboçar qualquer tipo de emoção. 180cm de pura intimidação.

– Então, bardo? O que estava pensando? Por quanto tempo achou que continuaria extorquindo minha adega sem que eu percebesse?

– Diluc Ragnvindr, meu amigão – usando a única forma de defesa verbal que conhecia, começou a brincar – extorquir é uma palavra muito forte...
Cada palavra que saía de sua boca tremia. Ainda assim, continuou – Talvez fosse melhor... "pegar emprestado"? Haha... Por que não bebe comigo? Sabe...
Arrastando-se para trás no chão e distanciando-se dos cacos, continuou:
– Veja, pode pegar uma caneca e se sentar ao meu lado. Traga para mim também, minha garrafa-

Finalmente bateu as costas na parede, mas não foi por isso que sua fala foi cortada. Diluc foi para cima de si. Ajoelhou-se à sua frente, posicionou um dos joelhos entre suas pernas e o outro fora de forma que o prensasse e levou uma de suas mãos ao seu pescoço. Enforcando o suficiente para que sua passagem de ar fosse hiper limitada, Ragnvindr começou:

– Seu deboche me irrita e não é de hoje. Toda vez que abre a porra da boca, é pra falar merda ou pra pedir mais fiado. Continue com essa gracinha e eu mesmo o colocarei em seu devido lugar, e acredite, estou pouco me fodendo para quem você é ou o que faz.

Enquanto Diluc falava, a única coisa que Venti pensava era "que ele não perceba". Sentia sua pele inteira ferver, e não era por estar quase sem ar ou por ter bebido. Estava duro. E por causa do tratamento de Diluc. Descobrira porque o sentimento era diferente.

– (...) Se vira pra pagar ou... Que porra é essa?

O mais alto estava desacreditado, tanto que soltou o pescoço do baixinho à sua frente. Venti não estava arfando só por isso. Seu rosto também estava vermelho. Estava excitado. Conseguia sentir seu volume pelo joelho, ainda que não fosse grande coisa.
Percebendo que ele tinha descoberto, o bardo tampou metade do rosto com uma das mãos. Algo despertou na mente do ruivo. Algo que não deveria ter despertado com Venti, mas agora já era tarde.

O mestre mandou - DiluVenOnde histórias criam vida. Descubra agora