Máfia-Minsung

Capítulo-10

-Como ele está?-Felix pergunta ao entrar na sala, onde Jisung estava sendo examinado.

-Nada bem-Seokjin suspira-o pai dele o machucou muito, acredito que irá demorar um pouquinho para acordar.

-Espero que ele fique bem logo.

-Vamos deixá-lo descansar, deixarei dois seguranças e uma enfermeira ômega para cuidar dele. Preciso descansar.

Precisava também de um banho, ainda estava com sangue em sua calça de hoje mais cedo.

Félix acompanha Seokjin até seu quarto, o mais velho ao entrar e se encontrar sozinho com o seu lobo, desaba em lágrimas. Não conseguiu conseguiu cuidar e proteger o ômega mais novo. Se sentia culpado pelo o ocorrido.

Depois de alguns minutos chorando, levantou-se e foi tomar um banho quente, estava precisando depois de tudo o que aconteceu. Vestiu uma roupa leve e deitou-se na sua cama, estava preocupado com o seu esquilinho, confuso em relação ao Namjoon e ao selinho de mais cedo, com raiva do pai de Jisung e também de Minho, mas estava tão cansado que dormiu em meio ao caos de sua mente.

No Hospital

Jisung estava suando e se contorcendo na cama, aparentemente estava tendo um pesadelo, a enfermeira responsável pelo ômega, tratou de tentar acordar o garoto, mas com a quantidade de antibióticos e anti-inflamatórios que havia tomado, não iria acordar. Mas, mesmo assim tentou.

-Jisung...Jisung-a ômega de cabelos claros balançava o corpo do maior com cuidado.

Depois de muito tempo, Jisung acordou chorando e tremendo, Seo-Yun o ajudou a se acalmar.

-Jin...hyung-sussurrou o ômega um pouco mais calmo.

-Oh pequeno, ele subiu a pouco tempo para descansar. Amanhã você o verá, sim?- Seo-Yun diz docemente.

-Tudo bem-mais algumas lágrimas escorrem sobre as bochechas gordinhas de Jisung.

-Tá sentindo muita dor?

-Não muita...estou bem-secou as lágrimas e procurou uma posição com a ajuda de Seo-Yun. Chorou baixinho até conseguir dormir.

Duas horas mais tarde.

Jisung acordou mais uma vez naquela noite, sentou-se na cama e olhou para os lados e viu que estava sozinho, mas sentiu um cheiro forte e agradável. O aroma lembrava madeira, mas havia um outro cheiro, talvez fosse perfume.

Jisung sentiu uma movimentação pela porta, deduziu ser a porta do banheiro ou para algum outro quarto. Pensou ser Seo-Yun, mas se enganou completamente.

-Oh, vejo que acordou. Como se sente?-Aquela voz ele só ouvira algumas vezes, mas ela estava com um timbre diferente, quando a escutou, exalava superioridade e ordem, mas agora estava doce e aveludada. Sentiu seu lobo se meche e relaxar dentro de si.

-B-bem...-gaguejou e baixou a cabeça, por mais que tivesse a certeza de que aquele alfa não iria fazer nada com ele, estava com medo, nunca teve uma boa relação com alfas.

-Está na hora dos seus remédios-ouviu o alfa falar mais uma vez, sentiu que o mesmo estava se aproximando, sentiu o coração acelerar e começou a tremer.

Sempre que uma alfa ou até mesmo beta chegava perto de si, era para bater ou usar seu corpo.

-Calma, não irei fazer nada com você-Jisung continuava com a cabeça baixa, tentava a todo custo não ter nenhum contato visual com ninguém.

Minho pegou os remédios daquele horário e pegou um copo com água, logo ofereceu ao ômega trêmulo na cama.

-Pode olhar pra mim, te prometo que não irei tocar em você.

Jisung levantou o olhar e viu a sinceridade nas palavras do alfa, pegou o copo com água e tomou os remédios com a ajuda de Minho, não conseguia tomar sozinho por conta dos machucados e quando o seu pai apertou o seu pescoço mais cedo, dificultou a ingestão de alimentos e remédios.

-Está se sentindo melhor?

-Sim, obrigado-falou baixinho após tomar os medicamentos necessários.

Han olhava para o homem a sua frente com curiosidade, estava se perguntando o por quê ele estava ali.

-Sei que deve esta se perguntando por que estou aqui? Ou fazendo o trabalho de uma enfermeira?

Jisung assente minimamente.

-Bom, me senti culpado por tê-lo mandado para o abrigo sem ter me certificado quem era o motorista e pelo o ocorrido me senti na obrigação de demonstrar minhas sinceras desculpas. Também queria ver se estava tudo bem com você depois de hoje mais cedo. Nunca tive falhas com a segurança, mas pra tudo tem a primeira vez.

Han ouvia tudo atentamente, se sentiu grato por um alfa vir pedir desculpas para si, era a primeira vez que ouvia aquilo.

-Não precisava se encomodar-Han disse num sussurro e baixou sua cabeça envergonhado pela situação.

-Claro que eu precisava, bom, depois de hoje acho difícil o Seokjin querer deixar você, a probabilidade dele me castrar e ir embora é muito grande, caso eu o tire daqui. Não quero ficar sem um clínico geral tão bom quanto ele.

Han nada disse só sentiu as mãos grandes de Minho fazerem um carinho no curativo que tinha na sua bochecha, sentiu tanto medo naquele momento que as lágrimas já se faziam presentes nos seus olhos e suas mãos estavam tremendo muito.

-Desculpe, desculpe, não queria te assustar, só queria te mostrar que nem todos os alfas são tão ruins. Irei chamar a Seo-Yun, ela ficará com você até Seokjin retornar.

Han observou o alfa sair do local e logo a enfermeira entrou.

-Desculpe ter saído, o Minho pediu pra que ele cuidasse de você, não fique com medo dele, ele te salvou das garras do Minseok e do seu pai.

Han se sentiu culpado por começar a ter uma crise de ansiedade com um simples toque como aquele, mas sua mente sempre pregava peças e sentia que não deveria confiar em nenhum alfa, iria pedir desculpas a Minho quando o visse novamente.

-Vejo que não esta conseguindo dormir direito, irei te dar um remédio fraquinho para poder descansar.

Han apenas assente e volta a se deitar na maca com o coração acelerado, pois o perfume do alfa o deixava nervoso.