III.

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Luiza Goulart Pov's

Os testes de pré-temporada começariam amanhã, eu já tinha entrado algumas vezes no carro. Os engenheiros e os mecânicos já haviam me dado detalhes sobre o carro. Agora eu estava indo para a sala de reuniões, finalmente iria conhecer meu badalado companheiro de equipe, Max Verstappen.

A fama dele não era das melhores e eu sabia muito bem o que acontecia com quem desafiava e ameaçava seu campeonato. Mas eu não me sentia nenhum pouco intimidada, passei minha vida inteira enfrentando coisas desse tipo e até piores.

Seria uma reunião apenas com ele e Christian, e eu estava bem ansiosa para esse encontro.

Abri a porta da sala de reuniões, e encontrei um Max e um Horner bem descontraídos, conversando e rindo de alguma coisa.

- Desculpa atrapalhar, mas vi que você me chamou Christian. - Atrapalhei o momento em que Christian e Max estavam.

- Não Luiza, você não atrapalhou nada. Foi bom ter chegado, Max estava ansioso para conhecer você. - Após a fala de Horner, olhei diretamente para Max, que na mesma hora corou, totalmente constrangido.

- Que bom então, também estava ansiosa para conhecer meu novo companheiro de equipe. - Tento amenizar a saia justa.

Logo após o término da minha fala, vejo Verstappen se levantar da cadeira em que sentava e se dirigir em minha direção, imediatamente estendendo a mão.

- Prazer, Max Verstappen.

- Prazer, Luiza Goulart.

Ficamos alguns segundos apenas nos encarando, mas com um semblante tranquilo, parecia que nem eu e nem ele sabíamos como sair da posição, então logo Horner entrou no meio.

- Então Luiza, o que está achando do carro?

Após a pergunta do meu chefe, eu e Max rapidamente nos desvencilhamos. Ele voltou a sentar na cadeira e eu sentei em outra, em frente aos dois homens presentes na sala.

- Entrei poucas vezes no carro, mas já percebo que é bastante rápido, veremos melhor nos testes. - Respodi, ainda um pouco envergonhada.

- Que bom que está gostando, o projeto do carro estava sendo desenvolvido há alguns anos  já, e estamos colocando-o em prática do ano passado pra cá. - Explivou Christian em um tom orgulhoso.

- Menos os freios, parece que foi feito de última hora. - Finalmente o holandês entrou na conversa, repreendendo Christian que teve seu semblante mudado na hora.

- Eu não senti muita dificuldade com os freios não. Acho que foram muitos anos de categorias de base, você se acostuma com condições bem hostis. - Falei em tom brincalhão, porém na mesma hora o piloto rebateu.

- Realmente deve ser isso mesmo, andei pouco tempo nas categorias de base e vim direto para a Fórmula 1, faltou alguns aninhos de aprendizagem. - Proclamou em um tom totalmente debochado.

Evitei de falar alguma coisa para não ser prejudicada. Eu sabia da influência e do poder que ele tinha dentro da equipe, se tinha um lugar para eu o responder, era nas pistas.

- Concerteza Max. - Soltei uma risada. - Horner, tenho que ir infelizmente, minha preparadora física me chamou para meu treino.

- Claro Luiza, vá lá, preciso de você nas melhores condições para guiar o carro.

- Pode deixar Christian, e Max, melhoras com os freios. - Saí sem esperar nenhuma resposta.

Fui direto para o hotel em que todos da RedBull estavam hospedados, os testes começariam na manhã seguinte, e eu precisava estar 100% preparada.

Max Verstappen Pov's

- Não precisava ter a respondido daquela forma. - Christian me repreendeu.

- Ela incinuou como se fosse melhor que eu. - Argumentei.

- Não Max, ela não fez isso, deu para perceber que claramente ela estava brincando.

- Mesmo assim, não gostei das palavras.

- A cada dia você fica mais diferente e ao mesmo tempo mais parecido com seu pai.

- Você só pode estar brincando. Meu pai nunca aceitaria uma mulher como companheira de equipe.

- E é por isso que a tratou desse jeito? Por ela ser mulher?

- Não, apenas estou a colocando em seu devido lugar. O piloto número 1 sou eu,  e o atual bicampeão mundial também. E é bom ela ter consciência disso. - Falei e logo fui em direção à porta, não estava com paciência de escutar Christian a defendendo.

Assim que saio, ouço meu celular tocar, era a Kelly. Logo em seguida atendo.

- Oi, já pegou o vôo? - Pergunto.

- Sim, umas 17h estamos aí.

- Deu tudo certo?

- Sim, só a Penelope que chorou um pouco com dor de ouvido.

- Normal, crianças sempre tem esses problemas em vôos.

- É. Já conheceu sua nova parceira de time?

- Conheci, e logo vou colocá-la em seu devido lugar.

- Gosto de ver assim. Te vejo mais tarde, o comandante pediu para desligarmos os celulares. Te amo.

- Boa viagem, também te amo.

Rivalidade - MAX VERSTAPPEN Onde histórias criam vida. Descubra agora