Rivalidade - MAX VERSTAPPEN

IV.

Luiza Goulart Pov's

Os testes de pré-temporada já haviam terminado, agora a temporada em si iria começar. O nosso carro era realmente bastante rápido, e para surpresa de todos, esse ano a Aston Martin tinha um carro muito bom e muito veloz também.

O problema dos freios do carro de Max parecia ter sido resolvido, agora só estávamos esperando a primeira etapa do ano.

A sexta-feira de treinos livres foi muito boa, Max e eu revezamos as primeiras posições praticamente o tempo inteiro.

Já era sábado, e antes do último treino livre programado, eu e Max tínhamos que gravar um vídeo para o Marketing da equipe.

Pelo que falaram, muito superficialmente por sinal, a dinâmica seria para que eu e Max nos conhecêssemos melhor, ou seja, curiosidades nossas.

Cheguei no local onde a equipe tinha marcado para ser gravado o vídeo. Max já estava lá, ele possuía bem mais intimidade com o pessoal do que eu.

O humor do piloto estava muito bom, ouvi dizer que a namorada dele havia chegado, concerteza deve ter sido isso.

- Bom dia Luiza! - Um carinha que eu não me lembrava bem do nome falou, mas eu sabia que ele era o responsável por cuidar do marketing da equipe.

- Bom dia a todos! - Cumprimentei todos que estavam na sala e fui em direção a Max.

- Bom dia Verstappen.

- Bom dia Luiza. Preparada para um dia de blogueira?

- Preparadíssima! - Ri, vendo ele rir também.

Sentem-se, vamos começar, o carinha nos interrompeu.

Max e eu nos sentamos na mesma hora, em frente a um monte de câmeras, e logo recebemos duas plaquinhas com duas canetinhas.

- Primeira pergunta, Qual a nacionalidade do seu colega?

- Muito fácil. - Max Indagou.

Eu e Max viramos as plaquinhas, a minha estava escrito "holandês" e a dele "brasileira".

- Essa pergunta é complicada para mim, você é um holandês falsificado. - Brinquei com o fato dele ter nascido na Bélgica, porém ser naturalizado holandês e defender a bandeira holandesa.

- O quê? Eu sou um holandês nato! - Me respondeu, com um olhar divertido.

- Primeiramente nasceu na Bélgica, então nem holandês de verdade você é. - Brinquei novamente.

- Posso não ter nascido na Holanda, mas tenho tudo de bom que um holandês tem. - Respondeu em um tom intrigante.

- E o que seria isso então? - Perguntei, correndo risco, sempre.

- Não posso dizer isso aqui, só quem namora holandeses sabe. - Após a fala de Max, todos riram, e até eu me incluo nesse meio.

- Então eu acho que vou morrer sem saber, holandeses não fazem meu tipo, prefiro outras nacionalidades. - Max teve seu semblante modificado na hora.

- Que pena então, nunca irá saber o que é felicidade de verdade. - Max ataca novamente.

- Não sei se preciso, já tenho minhas amostras. - Max e todos entenderam muito bem o que dizer.

Então, antes que Max pudesse rebater com outra provocação, que com toda certeza ele iria fazer, o pessoal da equipe nos interrompeu logo, porém eu e Max ainda ficamos presos nesse diálogo.

- Próxima Pergunta. Quais idiomas cada um fala fluentemente?

Após alguns minutos, novamente viramos as placas, a dele estava escrito "Português e Inglês" e a minha estava "holandês e inglês".

- Os dois erraram. Max fala holandês, inglês e alemão. E Luiza fala português, inglês, espanhol, francês e italiano.

- Uau, como você aprendeu tantos idiomas com tão pouca idade? - Max me pergunta com uma cara surpresa.

- Inglês e Espanhol eu aprendi na escola. Francês e Italiano foi durante as categorias de base, corri em equipes francesas e italianas, esses eu tive que aprender na marra. - Respondi.

- Eu aprendi alemão apulso na escola, e inglês porque é questão de sobrevivência no automobilismo. - Brincou Max mais uma vez.

- Eu tenho um sonho de aprender Alemão. - Confessei.

- Depois que tiver a primeira aula de alemão, você desiste desse sonho. - Declarou o holandês com um tom de deboche que só ele consegue ter.

- Não sou de desistir fácil. - Rebati

- Nem eu, apenas falei que é complicado. Se é para mim que sou holandês e os idiomas tem algumas semelhanças, imagina para uma brasileira.

- Você precisa me conhecer melhor Verstappen. Quanto mais difícil, maior é a minha sede de conquistar. - Pisquei um dos olhos para ele.

E mais uma vez estávamos em uma batalha mental, apenas eu e ele, novamente nos encarando, duas pessoas com ego gigantescos não querendo abaixar a guarda de jeito nenhum. De novo o pessoal da equipe teve que agir.

- Então pessoal, vamos para próxima pergunta. Qual a comida preferida um do outro.

Nessa eu tive que pensar bem, Max tem cara de menino mimado e riquinho que a mamãe dá tudo na hora que quer, e eu não sabia o nome de nenhuma comida típica holandesa, então chutei o mais óbvio: comida japonesa ele também foi no mais óbvio: brigadeiro, a comida mais típica brasileira para os estrangeiros.

Mas ele estava a um passo à frente de mim, ele sabia o nome de uma comida brasileira, com certeza por conta da namorada "brasileira" dele que não é tão brasileira assim, já que a mesma não nasceu no Brasil, morou pouquíssimos anos lá, e vai uma vez por ano visitar o país quando holandes correr.

Sinceramente, ela não tem 1% da energia brasileira, e tenho até medo do ,"Brasil" que ela deve relatar para Max, mas cada um com seus problemas, e esse definitivamente não é um dos meus.

Após mais algumas perguntas, e mais alguns climas tensos entre mim e Max, a dinâmica acabou, e para ser sincera, a dinâmica foi boa, deu para conhecer bastante um do outro, e os fãs vão gostar bastante do conteúdo.

Fui para o hotel me preparar para o treino livre e a classificação que aconteceria logo em seguida.

Max Verstappen Pov's

Depois de terminar aquela dinâmica totalmente sem sentido com a minha digníssima companheira de equipe, fui direto ao Paddock, teria que ter conversas importantíssimas com Christian Horner.

- Christian horner, eu definitivamente não gostei dessa menina. - Argumentei logo.

- Deixa eu adivinhar, concerteza é porque ela tem a mesma personalidade forte que você. - Rebateu.

- Não Horner, não é por isso.

- Max entenda, ela é uma mulher em um ramo ocupado por 99% por homens, ela teve que passar por poucas e boas para estar aqui, a personalidade dela é o meio que ela encontrou para se defender.

- Não tenho culpa se ela escolher um ramo tão difícil para mulheres.

- Assim como ela não tem culpa dos maus tratos e seu pai com você. Cada um passou por grandes batalhas em suas respectivas vidas para chegarem onde estão. Não vai ser por sua causa que ela vai abaixar a cabeça.