Destinos Cruzados

Capitulo 1- Bem-Vinda novamente a Inglaterra

POV. Susana

Sonhos Realizados, já perdi a conta de quantas vezes as pessoas me falam a respeito. Depois de tanta espera, finalmente saiu a lista dos classificados na NIF (New Faculty Impressionable), a melhor Universidade da Inglaterra, depois de tanto esforço, agora só falta terminar de arrumar as roupas nas malas e esperar a hora para irmos ao aeroporto rumo a Inglaterra. Na época em que morávamos lá, ocorreu uns problemas e viemos morar aqui, apenas Pedro, meu irmão mais velho, ficou morando lá para cursar Direito. Viemos morar aqui nos Estados Unidos. Depois de quatro anos, voltaremos para lá, seja o que Deus quiser.

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POV. Caspian

- Onde você foi? - perguntou-me Lúcia preocupada.
- Fui dar uma volta, colocar as idéias no lugar, se eu continuasse aqui, iria acabar falando o que não devia. - respondi
-Er... e você pensou a respeito "daquele assunto"? - quis saber ela meio receosa.
- Desculpa Lúh, não quero ser grosseiro, mas no momento só quero tomar um bom banho e dormir. - falei já subindo as escadas e indo em direção ao corredor do meu quarto. Nem a ouvir responder, talvez nem tenha, a questão é ninguém gosta de ser obrigado a fazer o que não quer.

- Flash back on-

"If i could change the currents of our lives"- tocou o celular.
- Vê quem é que ta ligando - falei para Pedro enquanto dirigia.
- Ixi, "Pai"- respondeu ele
- Só pode ser brincadeira, o que ele quer? - esclamei inquieto, parei o carro e atendi.
- Alô
- Caspian, preciso falar com você, me encontre em casa em uma hora. - respondeu ele do outro lado da linha.
- Posso saber do quê se trata?-perguntei - Para me ligar de repente. - completei
- Assim que chegar, conversamos. - respondeu ele e desligou.
- Suponho que ele não ligou para lhe desejar um "Bom dia" - brincou Pedro.

- Quebra Tempo -

- Pronto estou aqui, o que quer comigo? - o assunto mau começou e eu já estava irritado.
- Bom dia pra você também filho - respondeu irônico.
- Vá direto ao ponto pai - respondi sentando a mesa.
- Bom, você lembra dos Ramandú?, que seja, o Ramandú propôs uma união matrimonial - falou ele.
- E o quê que tem? -perguntei encarando-o sem entender.
- Pensamos a respeito e acho uma brilhantr idéia, afinal já esta na hora - disse-me naturalmente.
- Pode me explicar com mais clareza! - continuei sem entender.
- Ora Caspian não seja tão ingênuo, afinal Lilliandil Ramandú é uma bela moça, de boa família, tem ótimas qualidades, é bem conhecida, já parou para pensar em quantos benefícios esse matrimônio traria?- exclamou ele como se fosse a coisa mais natural do mundo.
- Como é? -Perguntei unindo as sobrancelhas. - Desde quando o senhor decide assuntos que diz respeito a minha vida? - encarei-o. - Eu não vou aceitar matrimô... -iria reclamar até ele me interromper.
- Ah vai sim, quem é que paga seu salário gordo todo mês? o teto em que dormi? - perguntou-me e logo respondeu. - É meu filho, sou eu, fiz tanto por você, já esta na hora de retribuir.-falou orgulhoso.
Fiquei em silêncio, não porque não tinha nada a falar, mas porque não teria futuro discutir com ele.
- Quem cala consente! - ironizou quebrando o silêncio.
- Eu não preciso de você pai, não preciso do seu dinheiro!, acha que é o único que é dono de uma empresa aqui na Inglaterra? Posso muito bem trabalhar em outra empresa. - falei sorrindo, virei-me para a porta do escritório e abrindo-a para sair, parei quando o escuto falar.
- Agindo assim só prova que você precisa de mim, mais do que pensa filho. - acusou ele.
No momento em que eu ia responder, escuto passos e logo uma voz me interrompeu.
- O que está acontecendo aqui? - perguntou minha mãe preocupada, provavelmente escutou nossa discussão, e Lúcia estava ao seu lado.
- Nada meu amor, é só o seu filho que não quer aceitar a proposta do Ramandú e está ai de birra - respondeu numa tranquilidade que até me assustei.
Lúcia me olhou compreensiva.
Encarei-o por uns segundos, abrir a porta e sair batendo a mesma sem falar mais nada.

- Flash back off -

POV. Susana
- Tudo pronto querida? - perguntou minha mãe.
- Sim mãe - dei uma última olhada no quarto que um dia foi meu, arrastando a última mala para fora do mesmo, afinal papai já vendeu a casa.
- Venha, seu pai está nos esperando no táxi.
Assenti.

- Quebra Tempo -

Já estávamos no avião a caminho de Londres (Inglaterra).
-Será que a Natalie já chegou lá? - perguntei para minha mãe.
- Acho que sim, o primeiro vôo saiu ja faz um tempo, se bobear estão nos esperando no aeroporto de lá - respondeu - E o Pedro também - completou ela.
- Como será que ele está? so conversámos por meio de cartas, sinto falta dele, afinal, quatro anos longe da família é pedir muito para uma pessoa só - sorrir melancólica.
- Ele esta bem filha, parece até que não conhece o seu irmão, e ele estava morando com seus tios Alberta e Arnaldo.
- Coitado, é por isso que sentia pena dele! - Sorrimos.
Encostei a minha cabeça na janela do avião e fechei os olhos. Acho que dormir, nem vi a hora passar, só abrir os olhos quando escutei minha mãe chamando-me.
- Vem amor, chegamos.
Olhei pela janela o lugar, certificando de que tinhamos chegado. Nos encaminhamos para fora do avião. Adentramos no grande aeroporto procurando os Turner e o Pedro, papai dirigiu-se a sala de bagagens, foi pegar as nossas.
- Ah ai estão vocês - Natalie e seus pais vieram ate nós - pensei que não viessem mais - completou ela.
- Não tivemos culpa se não tinha mais passagens para o mesmo vôo - falei já abraçando-a.
- Onde está o Pedro? - perguntei olhando pros lados. Ate que uma outra voz, conhecida, porém um pouco mudada se manifestou.
- Bem aqui Suh - respondeu sorrindo. Sim era o Pedro, nem acreditei, sem pensar duas vezes, pulei o abraçando. Pedro retribuiu o abraço com a mesma intensidade. Como senti falta do meu irmão. Depois que nos separamos do abraço ele falou.
- Bem-vinda novamente a Inglaterra Susana.