VIDA DO CRIME, Jikook

0. Prólogo

Park Jimin.

Chega a ser estranho como vou começar a história da minha vida indo para o esgoto, mas é a realidade e não há outra forma de falar sobre isso.

Vida infernal de Park Jimin, onde só se passa estresse.

Chega a ser engraçada!

Lembro-me de que eu tinha milhões de sonhos. Alguns improváveis de acontecer e outros bem difíceis de alcançar, mas no meu vocabulário não existe a porra da palavra desistir, muito menos sei o significado desta palavra.

Se tem uma coisa que aprendi com meus pais é que nem sempre vou ter tudo que quero, e nem sempre irei ouvir um sim.

Entendi que sempre vou ouvir um não, mas com esforço posso vir a receber uma resposta positiva.

Meu primeiro "Não!" foi de um menino que eu era apaixonado quando eu tinha dezesseis anos.

Já perdi tempo demais com relacionamentos, mas não digo no sentido de namoro, e sim sobre me apaixonar. Foram inúmeras vezes que deixei de pensar no meu futuro apenas por causa de uma pessoa que nem se importava comigo ou até mesmo não sabia da minha existência.

Aprendi da pior maneira... mas vida que segue.

O que eu quero dizer com isso é que um sonho que estava entregue em minhas mãos e escorregou entre meus dedos como areia, foi perdido tão facilmente com um simples telefonema.

A porra de uma ligação!

Eu poderia ter ignorado a ligação? Não! Claro que não! Isso jamais seria evitado. Eu não tinha escolha.

Onde está o gênio que disse que a vida é feita de escolhas? Eu não tinha merda nenhuma de escolha naquele momento. Tô começando a achar que nasci errado.

Todavia eu me imaginava se tornando  sendo o novo presidente da Tolliver JG.

Esse era um sonho "quase" impossível.

Já perdi o total de vezes do tanto que me imaginei sentando naquela sala, naquela cadeira e dando ordens para todos. Levando Tolliver JG para o topo de empresas com as melhores rede hotéis do mundo.

Por enquanto temos que nos contentar com o segundo lugar, nacional e com o quarto posicionamento mundialmente.

Mas...

Nada, absolutamente nada poderia ser pior do que ficar feliz por algo que sonhou em ganhar, mas outra pessoa receber o troféu.

Digamosque é como interclasse escolar, você participa, sonho em ganhar aquele troféu, mas quando está próximo de vencer... você simplesmente perde facilmente.

Acaba perdendo total animação e aquele incentivo de antes.

— Senhor Park, que bom que atendeu, — A voz do outro lado da linha chamou. — este é um assunto urgente como pediram para lhe informar.

— Acho bom que isso seja importante para ter que me ligar quase meia-noite. — Reclamei terminando de enxugar os fios loiros de meu cabelo.

Ele suspirou profundamente saudades antes de entrar no devido assunto.

— Peço perdão por ligar assim tão tarde! — Disse. — Fui informado que o novo presidente estará presente amanhã na empresa para lhe informar de seu novo cronograma. Ele quer o senhor não sala dele às sete e ponto da manhã... Ahm... e sem atrasos. — a última parte ele falou em um sussurro, mas não foi tão baixo ao ponto de eu não ouvir.

Como assim novo cronograma?

Novo presidente?

Eu não era novo presidente da empresa, e acabei por adiar meu sonho, um novo cronograma que define até a minha hora de dormir e acordar, além de que tenho que comparecer à empresa às sete e ponto sempre, sem atrasos nem que seja de um minuto.

Ao menos que seja algum tipo de surpresa e quando eu chegar lá, dar de cara com balões e tudo mais para comemorar meu cargo tão, mais tão merecido.

— Nome? — pergunto.

Tenho ao menos que saber o nome do ladrão de cargos.

— Jeon Jungkook. Sobrinho do senhor Junhyun. Pelo que ouvi, ele veio da Espanha pois era CEO de uma das filias de lá, e é o único herdeiro do senhor Junhyun.

Jeon Jungkook...

Sinceramente, nada justo porque eu me esforcei tanto para no final ele colocar o sobrinho dele apenas por ser o único herdeiro.

Por isso que não vou para frente. Sempre surge um herdeiro de Marte.

Nem eu sabia que esse homem tinha família. Achei que ele fosse o único.

Mas não.... tinha que existir um sobrinho, e ainda dá Espanha!