Capítulo Único

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Notas: para vocês não ficarem confusos enquanto lêem, já aviso que nessa AU, eles são brasileiros, beleza? E eu não mudei o nome deles pra ficar mais adaptado porque eu já tô acostumada, mas vamos fingir que os nomes são completamente normais aqui no Brasil.

Notas: para vocês não ficarem confusos enquanto lêem, já aviso que nessa AU, eles são brasileiros, beleza? E eu não mudei o nome deles pra ficar mais adaptado porque eu já tô acostumada, mas vamos fingir que os nomes são completamente normais aqui...

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Fui me aproximando cada vez mais da tão já reconhecida vitrine, esbanjando as flores mais belas da estação.

E eu 'tava todo no estilo, ah, se eu tava. Todo trajado no arrasa corações, de terninho refinado e minhas lindas crocs, dreads recém colocadas e corpo perfumado.

Sinto que hoje seria o dia.
Dia em que Katsuki Bakugou, meu rotulado peguete que não quer me pegar, aceitaria ir pelo menos tomar um mísero sorvete comigo.

Seria impossível ele não aceitar dessa vez, eu comprei as flores favoritas dele, que são tulipas; a última caixa de chocolate que ele tanto ama cara para um cacete que por acaso achei num mercado, e ainda tive que brigar com uma mulher por ela e, ainda por cima, dois fucking ingressos 'pro show da banda Ground Zero, não tem como negar isso. Ele pode rejeitar todas as outras coisas, mas se ele não quiser o ingresso eu entro em lapso, porque madruguei 'pra conseguir comprar essa jossa, e ainda passei por cima do meu ego, visto que, em minha humilde opinião, a Red Riote é tipo, uns mil ao quadrado melhor. Mas fazer o que né, ninguém é perfeito. E como diz mainha: gosto é igual a cu, cada um tem o seu.

Sem mais delongas, entrei na floricultura, indo diretamente para o balcão.

— E aí, amor da minha vid-

O loiro virou bruscamente, mantendo seu olhar estressado totalmente em mim, e não mais na prateleira.

— Amor da sua vida o caralho, seu bosta. Não vai parar de me encher o saco nunca não? Vai mamar alguém e me deixa trabalhar em paz uma única vez.

Congelei igual estátua quando essas blasfêmias foram proferidas da boquinha lindamente suja dele, ainda segurando o buquê nas mãos, estendido à ele.

Quando ele percebeu, levantou uma sombrancelha.

Ok, lá vai. Tentativa número três, galera. A terceira sempre dá certo, e bahiano não desiste.

Conheci Katsuki há exatamente três anos atrás, no dia 20 de abril que, coincidentemente, também era seu aniversário. Não acho que começamos bem, já que foi em um convento de bandas e, bem, discutimos e xingamos até a quinta geração um do outro. Mas isso foi culpa dele, que 'tava lá dando mole todo pimposo e eu perguntei se ele ia tentar pegar um autógrafo de um dos integrantes da Red, e o maluco simplesmente estourou, deu mó chilique e ficou lá, igual um noiado dizendo que a Ground Zero era melhor e os caralho a quatro.
Eu revidei, lógico, por meu ego e porque, cacete, o cara pistola era tão atraente? Sei lá meu, virei masoquista.

Depois daquele rebuliço todo, os seguranças nos expulsaram, coisa que nunca vou perdoar, porque eu queria mesmo aquele autógrafo. Enfim, estranhamente caminhamos na mesma direção 'pro mesmo ponto de ônibus, e adivinha? Tivemos que ficar em pé um de frente 'pro outro naquele muquifo claustrofóbico! Ele ignorando a minha existência e eu jogando charme, acho que isso não mudou.

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