Carta 3

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Se sentir como um pássaro preso dentro de

uma gaiola é algo que se torna comum

quando está sendo privatizado de  viver,

privatizado de respirar. Um vazio imenso

é a única sensação que sem tem quando

não temos algo ou alguém para desviar a

atenção  para coisas menos dolorosas.

Quando a verdade é jogada no ar, não

temos para onde correr a não ser para a

nosso obscuro interior. É como se

escolhessemos um caminho, e nesse

caminho foi forjado um rio, onde você

tenta construir uma ponte mas assim

como um tsunami distroi o que tem pela

frente, o rio faz com a ponte.  Depois disso

paramos e pensamos duas vezes se

levantamos ou deixamos o rio nos levar,

mas ai o resto de nossa essência  e de

nossos sonhos dão um grito de desespero e

começamos a catar os estilhaços da ponte.

O que nos mantém vivo nesse

aparentemente ciclo vicioso, são as

imagens que são geradas em nossa mente

quando imaginamos ter chegado do outro

lado do caminho. Isso traz uma sensação

tão prazerosa mas que consegue

desaparecer instantaneamente quando a

lembrança de que existe um rio retorna a

nossa memória gerando uma agonia ainda

maior quando  mais uma vez é lembrado

pelo desepero que  a nascente desse rio foi

gerada por pessoas que deveriam te amar.

Cartas de um psicopataOnde histórias criam vida. Descubra agora