Punição Divina

Primeiros Passos

Vou pulando aos poucos os meses, se não iria ficar muito chato ler tudo que ele fez todos os dias rs. Aproveitem a história pessoas. A imagem da capa é a nova roupa de nosso amado sushi.

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Na terra, as coisas já estavam ruins para o Ex-soberano dos mares, quando ele acordou seu corpo estava dolorido por ter ficado algum tempo parado no chão, ele não queria acreditar no que havia acontecido, como um Deus perfeito como ele estava sendo castigado? Ainda mais um castigo como aquele, viver entre os vermes sendo um humano? Ele preferia a morte, não queria passar mais um segundo sendo mortal. Entretanto, mesmo tendo esses pensamentos nada saudáveis ele não iria desistir, seu orgulho não deixaria isso, ele foi humilhado em frente os outros Deuses, o loiro voltaria a ser um Deus custe o que lhe custar, e assim que ele voltasse ao Olimpo, a primeira coisa que ele faria seria matar o causador de sua primeira derrota.

Em seus primeiros dias como humano, Poseidon já enfrentava problemas com comida, era a primeira vez em sua vida que realmente sentiu fome, e ele não estava em seu palácio onde poderia chamar seus servos a qualquer momento e conseguir comida. Até o momento tudo que ele comeu foram frutas eu pode achar no local onde estava, ele tinha visto uma vila humana perto dali, mas ainda se recusava a ficar perto daqueles vermes imundos, porém ele também nunca precisou aprender a caçar e estava sem armas ali, embora tivesse um rio perto do local ele não tinha mais seus poderes para poder pegar um peixe. Para pioras sua situação parecia que o frio se aproximava cada vez mais, mas não importava, ele não iria se misturar com eles!

Isso foi o que ele pensou, até algumas semana depois dormindo no frio com roupas que não o ajudavam em nada, como Deus ele não se preocupava com o frio ou com o calor, mas em seu corpo humano atual sentiu pela primeira vez o que é tremer de frio, ele poderia ficar doente logo e isso pioraria sua situação, decidiu então ir a vila e ao menos procurar algo descente para vestir.

O loiro então foi para a cidade, se esgueirou pelos cantos tentando não ser visto pelos locais, sabia que com sua aparência e roupa atual chamaria muita atenção, conseguiu entrar pelos fundos de um estabelecimento e pegar uma roupa nova sem ser visto, podia ser humano mas ainda tinha muita experiência em suas costas. Mexendo nas coisas achou uma Katana e decidiu leva-la consigo, assim conseguiria caçar e se defender se necessário, a espada poderia não ser seu tipo de arma, mas sabia como manuseá-la.

Seu plano era voltar a floresta e tentar viver lá o máximo possível até seu irmão o vir buscar, ele tinha certeza que Hades não iria deixar ele viver nessa situação por muito tempo. Para o azar de Poseidon, mesmo com a espada sua habilidades de caça eram de sentir pena, em um mês inteiro pegou apenas um animal, e só conseguiu porque o mesmo já estava machucado. Com o clima mudando, já não havia mais tantas frutas, começou a dormir com fome, ele pensava que era apenas má sorte, mal sabia ele que na verdade alguns Deuses no Japão se unirão para tornar sua vida um inferno.

Depois de mais alguns dias ele finalmente engoliu o que sobrou de seu orgulho, ele já estava visivelmente mais magro, suas roupas antes novas estavam sujas, seus cabelos não brilhavam mais como antigamente e estavam ficando mais longos com o tempo, ele estava cansado de ficar na floresta, então foi para a vila mais próxima, mal chegou no local sua aparência já chamava a atenção, por conta disso conseguia moedas o suficiente para uma tigela de arroz e alguns vegetais, se ele economizasse conseguia até comprar alguns pedaços de carne. Seu orgulho se estilhaçou, ele só queria ficar vivo até seu irmão, se perguntava por que o mesmo estava demorando tanto.

Sua pequena sorte foi embora, enquanto dormir nas ruas ele foi pego para ser vendido como escravo, uma jovem de uma familia rica da região o havia visto nas ruas, e por conta se sua beleza exótica ela o quis como servo. Poseidon negou aquilo, mas apesar de suas habilidades ele não teve forças para lutar por muito tempo, se ele nega-se seria morto na hora, embora ele não quisesse ser exposto por aí como um animal acorrentado, ao menos teria um teto e refeições diárias, quem sabe depois de recuperar suas forças ele poderia roubar algum dinheiro e fugir daquela vila. Mas como sempre, os Deuses não estavam do lado do loiro, e nunca estariam.

Já era o fim de seu quarto mês como humano, já tinha algumas semana que trabalhava naquela casa, e ele sinceramente só tinha conseguido adquirir mais ódio dos humanos naquele tempo. Todo o tempo ele ganhava um machucado novo por não saber executar as tarefas direito, ele nunca teve que trabalhar daquele modo e não sabia os costumes daquela época, foi perturbador para ele quando teve que se curvar em frente a vermes, nas primeiras vezes ele se negou a fazer isso e ganhou cicatrizes nos tornozelos.

Para piorar os jovens daquela casa era sádicos, qualquer erro era motivo de chicote, uma vez quebrou um conjunto de louças finas e quase não conseguiu andar de tantas marcas que tinha nas costas. Por ter ficado tão focado em sobreviver ele não percebeu de primeira, mas agora via que ele carregava as cicatrizes do Ragnarok, em seu peito e braços. Ele não aguentava mais aquilo, já foi obrigado a olhar nos olhos de vermes, sentia vergonha de si mesmo naquele ponto. Apenas alguns criados era gentis consigo, mas ele não fazia muito caso disso e não fala com eles, apenas quando necessário, eles nem sabiam seu nome, apenas o chamavam de estrangeiro.

O seu tempo na rua o deixou fraco, só ali ele percebeu o quanto dependia de seu tridente e de sua força de Deus, mesmo assim, ele decidiu que fugiria daquele local, roubaria algum dinheiro e partiria a noite. Mas a sorte não estava ao seu lado, um outro empregado o pega no flagra e chama os guardas, eles o levam até os donos da casa que o punem arduamente, ele nunca tinha sido espancado na vida, ele tentou levantar e fugir dali, mas a ultima coisa que ele sentiu foi um forte empurrão e sua cabeça batendo em algo duro, depois disso tudo ficou escuro.

O rapaz só foi acordar no meio do mês, levou cerca uma semana e alguns dias até acordar, ainda se sentindo meio tonto e dolorido. Ele não estava mais em seu pequeno quarto na casa, estava em um ligar humilde e desconhecido por ele. Uma das lavandeiras da familia, chamada Shiori, sentiu pena ao ver o jovem no chão fora da casa, então o trouxe para sua casa para cuidados e estava esperando o mesmo acordar.

Shiori: Graças aos Deuses você acordou, estava ficando preocupada e não tinha como chamar um médico... Como se sente jovem? E aliás, poderia me falar seu nome? Não acho certo ficar te chamando de estrangeiro... – A mulher se aproxima do rapaz que ainda estava deitado no futon parecendo confuso, o rapaz então a olhou nos olhos.

Poseidon: Ainda doí... Mas eu... Eu não me lembro.... De nada... – Sua cabeça doía se tentasse forçar alguma memoria, as únicas coisas que pareciam claras em sua mente era o mar e o um homem, não conseguia se lembrar de seu rosto, mas lembrava se de um haori vermelho e de uma espada.

Shiori: Oh meu jovem... Não se preocupe, vai melhorar com o tempo, eu infelizmente não sei seu nome, apenas o chamavam de estrangeiro, tem certeza que não recorda de nada? – A mulher pega uma tigela de arroz e alguns vegetais e entrega ao rapaz. – Está muito magro, coma um pouco, vai ajudar.

Poseidon: Oceano... O mar está claro em minha mente, sinto como se fosse parte de mim... – O loiro aceita de bom grado a comida e se senta na cama para se alimentar.

Shiori: Estamos bem longe do oceano... Hum, por hora vamos te dar um novo nome, vamos te chamar de Kai!

Uma nova oportunidade de recomeçar como humano surge para o tirano, Lux ainda acompanhava tudo que acontecia de cima, ela que mandou a senhora ajudar o homem caído, agora tudo estava na mão de Poseidon, ou melhor, e Kai.