ᴄᴀᴘíᴛᴜʟᴏ 61

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𝟎𝟔𝟏
𝗔𝘂𝘁𝗼𝗿𝗮 𝗻𝗮𝗿𝗿𝗮𝗻𝗱𝗼

Logo eles chegaram no restaurante, ambos transbordavam felicidade.

As pessoas passavam e olhavam e acabava sorrindo com a felicidade do "casal", era isso o que eles eram pra aquelas pessoas.

Um casal feliz.

Porém só eles sabiam o que estavam sentindo, só eles sabiam que qualquer passo errado poderia acabar com aquilo tudo que estavam construindo.

Afinal, o que eles estavam construindo?

Felipe alarga mais o seu sorriso com uma palhaçada de Samanta.

Ele admirou como ela sorria.

Ambos estavam felizes demais, alegres demais.

Conversavam sobre milhares de assuntos, trocavam piadas e trocadilhos que só eles entendiam.

Eles sabem o tamanho da conexão deles.

E era isso que assustava ambos, nenhum dos dois havia encontrado alguém com tamanha conexão.

Eles gostavam disso.

O assunto não parou quando o garçom deixou os partos na mesa, nada impedia eles de continuarem a conversar.

Nem mesmo a sensação de estarem sendo vigiados.

Felipe continuou a falar animadamente, e Samanta prestava atenção como se sua vida dependesse disso.

Felipe gostava da sensação de que ela estava mesmo prestando atenção.

Samanta comeu sua comida, mas mesmo assim estava atenta no que ele falava.

Como sempre.

Samanta suspirou quando observou os lábios de Felipe.

Por que sua barriga não parava de se revirar?

"Eu estou doente" era a única explicação pra sua barriga estar doendo.

Ela não sabia explicar a dor, mas estava sentindo.

Ela só sentiu essa dor duas vezes.

Quando ela foi contratada pelo Felipe e quando ela o ouviu falar eu te amo pela primeira vez pra ela.

As duas vezes em que ela sentiu essa dor ele estava envolvido.

Samanta pensou nos últimos três anos de sua vida.

Quando ele estava nela.

Felipe:Sam... é... queria te agradecer por tudo que você fez por mim até hoje.. - falou engolindo em seco.

O peito de Felipe doeu ao falar aquelas palavras. Era agora?

Felipe:você fez coisas absurdas por mim, nem mesmo quando eu não merecia.. - falou tomando seu vinho, pra molhar sua garganta seca.

É. Era agora.

Era agora o que, afinal?

Ele só estava falando palavras belas pra sua amiga.

Felipe:eu te admiro muito, mesmo que não mostre. Adimiro sua coragem, sua persistência, sua felicidade em momentos específicos. Eu admiro a pessoa que você é.. - falou nervoso.

Samanta sentiu seu coração acelerar como nunca.

Felipe estava igualzinho, talvez até pior.

Felipe:eu... hm... te... - se concentrou no prato de comida.

É só falar.

Felipe:te... te acho foda pra caralho, amiga. - falou desesperado.

E ele deu um passo errado.

Samanta engoliu a vontade de chorar como um bebê.

Por que?

Samanta desejou abrir um buraco e se enfiar dentro pra nunca mais sair quando sentiu suas lágrimas chorar.

Chorar na frente de homem, Samanta? Você já foi melhor.

Sam:obrigada, Felipe. Obrigada mesmo, eu precisava dessas palavras. - falou enxugando suas lágrimas que não obedecia e caiam mais.

Obrigada por tirar minha ilusão.

Como pode? Acreditar que realmente aquilo ia acontecer?

Felipe estava perto de ter uma crise.

Por que sou assim? Por que não posso simplesmente falar o que eu sinto?

Aquele enorme restaurante se tornou pequeno pra eles. Aquela roupa se tornou mais apertada. O ar estava vindo com mais dificuldade.

As pessoas já tinham sumido pra eles.

Pra eles só tinha eles naquele restaurante.

A comida que antes estava magnífica, agora não descia mais. A música que antes estava agradável, agora ela entrava em seus ouvidos como um ruído desagradável.

Até uma moça ao lado colocar uma música por conta própria.

"We say we're friends, but I'm catching you across the room
It makes no sense 'cause we're fighting over what we do
And there's no way that I'll end up being with you
But friends don't look at friends that way

Friends don't look at friends that way
Friends don't look at friends that way (ah)
Friends don't look at friends that way"

Eles se encararam.

As pupilas se dilataram.

Os batimentos sincronizaram.

Dê o primeiro passo, eu imploro.

O problema que ambos pensaram a mesma coisa, no mesmo milésimo.

Ambos queriam que o outro desse o primeiro passo.

Acabando que nenhum passo foi dado.

Samanta cansada se levantou, suspirou, querendo que ele falasse algo.

E ele não falou.

Sam:tchau, Felipe. Até segunda. - falou pegando sua bolsa pequena.

Felipe.

Fazia algum tempo que ela não o chamava assim. Ou era xu ou era fe

Mas o que saiu da boca dela foi um simples Felipe. Mas carregando um peso enorme, cheio de emoções, cheio de sentimentos.

Sam:Obrigada pelo jantar. - falou não querendo sair dali.

Felipe:Feliz aniversário, sam. - falou encarando seu relógio que marcava meia noite e três minutos.

Era oito de fevereiro.

Era dia do seu aniversário, mas que não começou tão bem.

Foi você quem criou expectativas.

Sam:obrigada, novamente. Até. - falou finalmente saindo.

Ela foi.

Felipe viu ela ir, mas suas pernas travaram na cadeira, não deixando ele se levantar.

A barreira acabou com tudo.

Novamente.

𝐂𝐎𝐍𝐓𝐈𝐍𝐔𝐀......

✿ᴅᴇɪxᴇ sᴜᴀ ᴇsᴛʀᴇʟɪɴʜᴀ✿
✿ᴄᴏᴍᴇɴᴛᴇ✿
✿ᴀᴛᴇ ᴏ ᴘʀóxɪᴍᴏ ᴄᴀᴘíᴛᴜʟᴏ✿

A votação das histórias vão até eu postar o último capítulo.

Era só falar 😭 (disse eu como se não tivesse sido eu mesma que escreveu

𝐌𝐄𝐔 𝐂𝐇𝐄𝐅𝐄 (samlipe-femanta)Onde histórias criam vida. Descubra agora