(RE) Encontro

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— Você está morto para mim, morto e enterrado e é assim que vai continuar, sai da minha casa e da minha vida para sempre! — Ela disse séria e fria.

— Atena... — Romero estava sem reação, ele não esperava por isso. 

— Você achou o que? Que eu ia correr para o seus braços??? — Ela perguntou sarcástica.

— Na verdade sim... — Ele disse coçando a cabeça. — Antes você teria...

— Antes eu te amava, agora, não mais. — Ela disse. — Vai embora.

— Não. A gente precisa conversar. — Ele falou enérgico.

— Está um pouco tarde para uma conversa! — Ela falou. — Se você não for embora agora, vou chamar meus seguranças para te por pra fora. — Atena disse.

— Não, não vai, porque se não já teria feito e segundo que eu sei que os seguranças são pra evitar que você fuja e não para que alguém não entre..... — Ele disse se aproximando dela, mas ela se afastou. — Eu preciso da sua ajuda.

— Claro, como que não imaginei. — Ela respondeu bufando e sentando no sofá. — Cinco minutos.

— Posso pegar uma bebida? — Ele pediu e ela deu de ombros. — Quer uma?

— Eu não bebo mais assim.... — Ela respondeu. — Só em ocasiões importantes e essa não é uma dessas.

— Parece que as coisas mudaram mesmo. — Ele disse preparando uma dose de Whisky para ele e bebendo de uma vez só.

— Seu tempo está acabando. — Ela disse sem nenhum humor.

— Ok, ok... — Ele respondeu se sentando perto dela, mas ela se afastou dele. — Eu quero entrar na nova facção e eu já sei que você é uma das cabeças, então quero uma ajudinha sua para me apresentar pros caras lá....

— Não. — Ela disse. — Mas tu é mermo muito cara de pau né,  depois de tudo que você me fez .... 

— Atena,  sei que você está magoada, mas eu tive que me afastar de você pra te proteger. — Romero disse se aproximando novamente dela. —  Agora eu preciso que você confie em mim...  — Ela se afastou novamente, ele passou a olhar os portar retratos que tinha na sala.

— Claro que eu vou confiar, afinal de contas, você é a pessoa mais confiável que eu já conheci, prova disso é que me fez acreditar que estava morto por sete anos e só voltou agora porque quer ajuda..... — Ela disse sarcástica.

— Eu posso te ajudar também, sei que você é prisioneira do teu sogro..... — Romero disse e então sorriu pegando um porta retrato do menino. — Você já sabia que estava grávida?

— Não é da sua conta. — Ela disse pegando o porta retrato da mão dele. — Vai embora.

— Por favor, me fala um pouquinho do nosso filho... — Ele disse pegando outro porta retrato.

 — Que nosso? Tá bem surtado você mermo né. Ele não é teu filho. Ele é meu filho. Só meu. — Ela falou tirando mais uma foto das mãos dele.

Romero deu um sorriso bobo para ela. — Sei que ele é meu filho e nem que você quisesse poderia mentir! — Ele pegou mais retrato e colocou perto do rosto dele, a semelhança era gritante.

— Não é seu filho. Mesmo que fosse, você está morto e enterrado e é assim que vai continuar. — Ela respondeu pegando o outro porta retrato da mão dele.

— Atena... — Ele se aproximou dela novamente. — Eu só quero ficar perto de você e do nosso filho....

— Sua filha está lá no Morro da Macaca sendo a princesinha da favela, se você quer um filho, vai  atrás dela e me deixa em paz. — Ela disse e sorriu quando o segurança entrou. — Obrigada, podem levar ele! — Sem que ele percebesse, ela tinha ativado o alerta silencioso no celular dela.

Amor DescarrilhadoOnde histórias criam vida. Descubra agora