attracted by problems | √

capítulo único.

Nosso querido personagem Peter Parker, como sabem, tem muita sorte. A sorte Parker. Bem, digamos que ela atacou hoje, de diversas formas. Começando o dia já da melhor maneira, Peter caiu da cama, dando de cara com o chão.

Resmungando, se levanta e vai pôr uma roupa ao invés de seu pijama. Coloca uma blusa de AC/DC, calça jeans e uma jaqueta apenas. Só não usava seus suéteres porque Tony teve a brilhante ideia de colocá-los misturados com o vestido vermelho de Pepper. Resumindo, ficaram rosados. E apesar de Peter não ter nada contra rosa, não gostou do resultado. Então, sem muita opção, foi tomar café da manhã com sua tia, que pegava um suco de laranja natural e colocava nos copos que estavam na mesa, sorrindo ao ver o sobrinho já acordado.

— Bom dia. — o mais novo murmura, cansado e sabendo que tinha olheiras por ter dormido às 3 da manhã ontem, graças a uma maldita prova que teria hoje.

— Bom dia. Já lavou o rosto?

— Ugh... — murmura como um bufo, passando a mão no rosto. — depois.

— Hoje temos só torrada e mel, desculpa. — soa suave, sabendo do gosto de seu sobrinho. Parece que o Universo o odeia, pois essa mistura é uma idiotice para o adolescente. — Tudo bem? — pergunta, agora preocupada. O outro franze as sobrancelhas, sem entender a mudança de expressão da mulher. — Está com uma marca... aqui. — aponta para a bochecha esquerda, fazendo o aracnídeo tocar na sua, sentindo um corte ali.

— O quê? — pergunta a si mesmo quando tem um pouco de sangue no dedo indicador, o que tinha usado para tocar o corte.

Ignorou, comendo só a torrada e tomando o suco. Não iria por o mel nem por 1 milhão de dólares. Então, ao olhar para a hora, percebe que iria se atrasar para a aula. Se levanta bruscamente, assustando May, que nota o horário. O garoto corre para seu quarto, pondo rapidamente o que precisava levar para a aula em sua mochila, logo colocando o peso leve em suas costas. Também coloca seus tênis e vai para a sala, pronto para sair correndo para o metrô.

— Ei ei! Esqueceu de mim? — sua tia dramatiza, mesmo sabendo que seu sobrinho estava atrasado. Peter suspira antes de beijar a Parker na bochecha e mandar um tchau quando sai pela porta. — Tchau, querido!

Indo na direção da saída do prédio, tropeça no vizinho mal humorado dali. Droga.

— Olha por onde anda! Quando for começar a andar de carro, se continuar assim, pode atropelar alguém e- VOLTA AQUI! — Peter ia sair pra justamente não se atrasar mais, porém obviamente alguém que vivia lá em cima tinha que o odiar.

— Desculpa mesmo, mas eu-

— VOCÊ NADA! Olha como fala comigo-

— Por isso eu me desculpei-

— Para de me cortar, sua peste! Eu vou falar para sua tia que você está sendo mal educado-

— Ela saberia que está mentindo. Agora eu preciso ir para a escola, se me permite. Mas parece que o senhor se ocupa demais procurando os defeitos dos outros, então, apenas já vou indo! — diz, perdendo a paciência logo nos primeiros momentos de seu dia maravilhoso.

Seguindo caminho para o metrô, vê a porta dele já fechando. Começa, então, a correr, com sua mochila em mãos. Faltava pouco para que ele já não coubesse na porta, então apenas jogou sua mochila e pulou de um jeito que o fez entrar de lado bem quando fecha. Todos que estavam ali dentro o olhavam espantados. O garoto estava á metros de distância e chegou ali dentro em segundos.

— Eu sei que sou bonito, não precisam encarar. — diz o Parker, vendo o pessoal disfarçar os olhares. O quê? Quando ficava nervoso ele falava assim mesmo. Então, tenta acalmar seu coração, que batia rápido e forte no seu peito. Tenta respirar normalmente também, pegando sua mochila que havia voado para o lado de uma mulher que usava bastante maquiagem e olhava ainda horrorizada para o garoto. Quando ia entregar para o garoto a mochila, percebe o peso nada leve. Abre a boca em descrença ao pensar que aquele magricelo podia carregar aquilo enquanto corria tão rápido.