Capitulo 3

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P.O.V BIANCA

Meu dia hoje foi exaustivo, precisava falar com a Bárbara e não conseguia, quando consegui ela estava almoçando sabe lá com quem e fez muito pouco caso no que eu falei

Parei na frente da minha  casa e o carro dela estava fora da garagem parado na porta, odeio quando faz isso porque atrapalha eu colocar o meu carro na garagem

Entrei em casa e ouvi sua voz na cozinha, dava instruções as empregadas não sei de que já que eram 21:00hs

Cheguei ao quarto e joguei minha mochila do lado da  porta, de longe vi que tinha uma mulher deitada na minha cama, que não era a Bárbara porque ela estava lá em baixo inclusive tinha os cabelos negros e cumpridos.

Me aproximei devagar sem entender o que ela fazia ali, nunca tinha visto... Não pera, o que teriam feito ali?

Escutei passos e logo Bárbara estava atrás de mim no quarto e quando me virei ela sorria me fez lembrar de uma de nossas conversas recentes

|| FLASHBACK

Nos preparávamos pra dormir quando surgiu o assunto, Bárbara e eu sempre tivemos um relacionamento puramente sexual e fazíamos muitas coisas pra diversificar ou apimentar a relação.
Sempre fomos muito mente aberta para ouvir uma a outra e ela jogou isso sem receios e sem culpa

— Quero formar um trisal

— Ah não Babi, não vai colocar homem no meio.! Pelo amor

— Não credo, uma mulher pra chamar de nossa. Além do mais você tá sempre tão ocupada, preciso de alguém pra ir aos lugares comigo

— Eu trabalho, você quer bater perna em shoppings e baladas

— Eu não quero uma pessoa qualquer pra ficar uma noite, eu quero uma pessoa que crie intimidade com a gente...

— Morar junto?

— Porque não? Olha o tamanho dessa casa

— Não acha que vai demorar pra gente se acostumar com alguém nessas condições?

— Não acho nada

— E como vai escolher alguém?

— Aparecerá, deixa comigo.

FIM DO FLASHBACK

Não vi você chegar

— Quem é ela?

— Ela é a pessoa que estava procurando

— Você não me avisou

— Foi rápido, do anda a encontrei

— Como do Nada Bárbara? Como conhece uma pessoa do nada e trás pra casa?

— Ela é uma boa garota, troca de favores

— O que? Quando eu disse que aceitava isso era pra ter alguém que satisfizesse a gente não pra trocar favores? — Se aproximou do ouvido de Bárbar — Por acaso é uma prostituta?

— Não amor,  credo.

Respirei aliviada

— Podemos descer e conversar melhor lá em baixo?

Afirmei e ela seguiu na frente, dei uma última olhada na mulher e a segui.

— O jantar está pronto, senta aí vou chamar a Duda

— Achei que ia me explicar

—Ok

Sentamos a mesa enquanto ela iniciou o assunto

— Conheci ela hoje no shopping, a moça estava procurando emprego e depois parecia muito triste e pensativa. Chamei ela pra almoçar, conversamos um pouco, e cheguei a conclusão que isso é bom pra nós três

— Estaria você se aproveitando da precisão e da vulnerabilidade dessa moça?

— Não, eu gostei dela achei bonita! Não sabia que ela precisava de serviço mas ofereci um emprego afinal de contas

— Já contou pra ela quais suas intenções?

— Sim

— O que ela disse?

— Ela achou que eu era casada com um homem e recusou a princípio, aí eu falei sobre você e parece que ela gosta de garotas

Fiquei quieta

— Ou tem trauma de homens

— Isso é horrível Bárbara

— Olha só, ela é uma garota linda e pode ser um novo rosto pra agência

Realmente, pensei

— Eu vou subir pra chamar a Duda

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