VI | velório

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Gavi pov's

Após eu e a Bárbara termos aquele nosso momento, sua tia chegou no mesmo segundo e trouxe logo a janta

Jantamos para ir dormi cedo e acordar cedo, o velório é pela manhã. Eu fui pará o quarto com a Bárbara. Eu a abracei esperando que ela adormeça.

- Pablo?

- oi.

- você acha que eu tô exagerando e relação a tudo?

- como assim?

- não sei, você disse que eu forço os meus risos, tá, eu forço. Mas eu não queria que percebessem, acha que eu quero que vocês percebam e por isso você percebeu?

- o que? - me confundi- não, você não faz esse tipo de coisa. Você só não quer que a gente se preocupe com você, mas tá nítido que você não está bem.

- eu quero logo que isso passe, sinto que meio que perdi a vontade de viver.

- amor, não diga isso

- eu não falo isso, mas tem uma voz na minha cabeça que me culpa por tudo. Por eu ter tolerado meu pai, meu câncer, tudo culpa minha

- que voz é essa?

- é a minha voz. Ela fala coisas horríveis e pede pará eu fazer. Não contei Lara ninguém, até agora

- você não pode se culpar pelo amor que sua mãe teve por você, ao ponto de ter arriscado a vida dela pela sua. Você não tem culpa pelas pessoas te amarem.

- eu...

- Bárbara - ela se vira e olha pará mim, ela é tão perto de mim que sinto sua respiração quente no meu queixo - quando essa voz aparecer de novo, lembra-se da minha. " eu te amo, e você não pode culpa a ninguém a não ser eu por te escolhido te amar "

Digo e no meio da escuridão, consigo ver uma lágrimas rolar pela suas bochechas, beijo a lágrima impedindo-a de continuar a escorrer. Volto a olhar a Bárbara e suas pupilas dilatadas. Automaticamente seus lábios se encontram no meu.

Parece que não a beijo a uma eternidade, minha língua roçava com a sua. Suas mãos se ajudam em meu cabelo enquanto as minhas se ajudam em seu corpo. Sem sairmos do lugar a falta de ar veio, ainda com nossos rostos bem próximos, tentando voltar ao ritmo da nossa respiração

- eu te amo, Bárbara- digo ofegante

- já disse isso - ela diz no mesmo estado

- e poderia repetir a noite toda - ela abre um sorriso, dessa vez não foi forçado

- eu também te amo, Martín. - ela diz com o sorriso

...

No dia seguinte, acordamos cedo. Estamos terminando de nos arrumar, Bárbara está com um vestido preto de mangas até o antebraço, o vestido batia um pouco abaixo de seu joelho, ele apertava sua cintura modelada e o resto do tecido é solto, junto ao um véu da mesma cor. Seus lábios estão pintados de batom da cor vermelha.

𝐈'𝐦 𝐰𝐢𝐭𝐡 𝐲𝐨𝐮, 𝐫𝐞𝐢𝐧𝐚 { 𝐆𝐚𝐯𝐢 Volume IIOnde histórias criam vida. Descubra agora