cap 3

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   Então, quero-te agora? Hilário, tola pergunta quando jamais deixei de querer. A força com que me segurava como ninguém algum dia o fez, proporcionando essa estupenda sensação como uma primeira vez.

   O escarlate tomando essa visão, agora chorando lágrimas de sangue como a verdadeira desgraça sem redenção. Ilusionando que seguiria em frente com alguém por quem este coração sequer sente.

   Segure-me esta noite como antes e deixe a emoção inundar suas veias da mesma forma que me dizia que sentias, queimando como milhares de incêndios chamuscando de modo que realmente estivesse me adorando.

   Sentir por outro alguém o mesmo? Uma blasfêmia sem tamanho a qual nem mesmo Lúcifer cometeria sem antes reaver seu senso.

   Sempre soube desta mentira que implantava a mim, com o tremor atravessando este corpo agora desmoronando sem os toques desta para pôr um fim.

   Quero, preciso, necessito sentir-te novamente em minhas próprias mãos, tendo as pontas dos meus dedos me sanando, pensando e pensando quase chorando enquanto todos regozijam, aqui, continuo me martirizando.

   Meu peito está apertando, apenas quero relaxar, ansiando que as coisas se acertem para que eu pare de pensar em como dei azar e em seu âmago novamente estar.

Stranger poetrysOnde histórias criam vida. Descubra agora