Advogada West

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Não é domingo e três semanas se passaram, desculpe por não conseguir cumprir o que me propus.Eu estou chegando ao final do meu semestre e normalmente sou um pouco bagunçada por natureza, mas fiquei doente uma semana de molho e deixei as coisas ainda mais bagunçadas e passei a semana seguinte tentando terminar tudo que dava e mandar o que é meio problemático já que passo parte do dia em uma cidade e depois vou para a outra estudar. O meu tempo livre se resume em dormir, literalmente. Felizmente quinta-feira eu não tenho aula, então uma parte do dia estará livre para eu postar outro capítulo e depois posto outro no domingo como deveria ser. Não vai resolver tudo, mas já compensa um pouco né?Desculpe, por ter que fazer as coisas assim.Boa leitura.


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Beck Oliver


 Como a maior parte das pessoas a ideia de que um dia vai se separar jamais passou pela cabeça de Lizzy em seu tempo como noiva; Os planejamentos dela e Ivan sempre foram em como fariam as coisas juntos funcionarem da melhor maneira, portanto, um acordo pré-nupcial em momento algum foi considerado por qualquer uma das partes – mesmo sendo sugerido por um familiar dele – eles aos olhos de qualquer advogado de divorcio foram precipitados com relação aos seus sentimentos, confiantes demais no futuro desconhecido.

 Recusar esses acordos é uma declaração de amor para lá de estupida na concepção de qualquer advogado, não duvido nada que o pensamento da advogada de Elizabeth não tenha sido este também, se não pior.

Meu primeiro chefe dizia que quando você esta responsável por trazer o fim de tantos casamentos naturalmente se torna mais cético sobre os relacionamentos. Ele nunca se casou e parecia muito satisfeito com sua escolha.

– Você esta do lado da mãe ou do meu? – a pergunta me trouxe para realidade atual, dentro da cafeteria que Elizabeth escolhera para conhecer sua advogada ao invés de me levar em seu escritório como seria o ideal. Não sei dizer se estava fazendo isso para não causar um desconforto em sua advogada ao apresentar outro que enfiaria o nariz em seu trabalho ou simplesmente para tentar usar um ambiente neutro com intuito de me manter o mais afastado possível de seus problemas. 

Infelizmente apostaria mais na segunda opção.

– Eu preciso escolher um lado dentro da nossa própria família?

Uma música pop desconhecida ressoava pelo ambiente sendo contagiante o suficiente para as duas garotas que trabalhavam atrás do balcão cantar enquanto trabalhavam descontraidamente e eu só conseguia desejar que esse clima pudesse também estar presente na mesa, tranquilidade ao invés de receio. O fato de eu ser geralmente mais próximo ao meu irmão caçula não significa que eu me importo menos com minha irmã mais velha, apenas não tínhamos tantas coisas em comum. Mas se qualquer um olhasse de longe para nossas posturas no máximo diria que somos primos que não convivem tanto e resolveram parar e beber algo quando deu um tempo livre.

É uma sensação estranha e incomoda.

– Gostaria de esperar que não, mas nós dois conhecemos a mãe.

A chegada de um das garotas animadas com os copos de capputinos era o pretexto para evitar uma resposta às palavras que me faltavam.

No relógio eu podia ver que havíamos nos adiantados um pouco ao contrário da advogada que só aparecia com apenas 2 minutos restantes para o horário marcado.

"Uma advogada" as palavras ressoavam na minha cabeça como um eco distante e persistente no instante que meus olhos pousaram na mulher que entrara apontada por minha irmã.

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