Capítulo 5 - Conflitos Internos

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Vegas abriu os olhos lentamente e coçou a cabeça. Ele olhou em volta e percebeu que ainda estava em frente ao computador, devia ter adormecido enquanto buscava informações sobre o desaparecimento das crianças.

Ele se levantou com um gemido e esticou as pernas, sentindo a rigidez em seus músculos.

A mente de Vegas estava tomada pela imagem de Pete, enchendo seus pensamentos com uma mistura de ansiedade e excitação. Enquanto refletia sobre a noite anterior, Vegas se viu revivendo momentos em que se sentiu atraído pelo detetive de maneira intensa e desconhecida.

Talvez, Ele tinha finalmente encontrado alguém que o desafiava, alguém que o fizesse sentir vivo. Ou talvez, ele simplesmente esteja experimentando uma fase de confusão e descoberta em sua vida. De qualquer forma, ele sabia que precisava pensar mais profundamente sobre seus sentimentos em relação a Pete.

Vegas, afastando-se de seus pensamentos, dirigiu seu olhar para o relógio, percebendo que havia perdido algumas horas preciosas de sono. De repente, ele se deu conta de que estava atrasado para o trabalho e apressou-se para se levantar.

Ao sair do seu quarto, Vegas foi surpreendido por Macau, seu irmão mais novo.

"Pensei que você não estivesse em casa. Entrei no seu quarto, mas não te encontrei", explicou Macau com um olhar de confusão no rosto.

"Cheguei muito tarde ontem, mano", respondeu Vegas.

"Você passa mais tempo naquela boate do que em casa", disse Macau com um sorriso irônico.

Vegas revirou os olhos, sabendo que seu irmão não era fã de seu estilo de vida, mas eles se davam bem e ele sabia que podia contar com Macau se precisasse de ajuda.

"Você já começou a faculdade? Não me falou mais nada sobre isso", questionou Vegas.

"Ah, é mesmo? Será porque eu mal te vejo? Disse Macau com um sorriso irônico no rosto.

Vegas suspirou, sentindo-se culpado por não ter compartilhado sua vida com o irmão mais novo. "Desculpe, Macau. Eu tenho estado muito ocupado com o trabalho ultimamente e não tive tempo para conversar com você."

"Sem problemas, mano. Entendo que você tem suas coisas para resolver", respondeu Macau, dando de ombros.

Vegas sorriu agradecido. "Mas me conte mais sobre a faculdade."

"Foi legal, fiz um amigo novo no primeiro dia. O nome dele é Porchay, ele é tão fofo. Gostei dele logo de cara, e ele é da minha turma", respondeu Macau com entusiasmo.

Vegas sorriu, feliz em ver o irmão animado e fazendo novas amizades.

Que legal, Macau! Fico feliz que esteja gostando da faculdade e já tenha feito um amigo novo. Preciso conhecê-lo algum dia", disse Vegas.

"Claro, irmão. Ele é muito legal e tenho certeza de que vocês vão se dar bem", respondeu Macau.

"O pai já sabe que você voltou?" perguntou Vegas.

"Sim, você sabe que nada passa despercebido para ele".

"É estranho que o pai não tenha vindo atrás de mim", ponderou Vegas.

"O pai disse que não quer te ver e, além disso, eu cresci, mano. Eu posso me defender", explicou Macau.

Vegas notou uma marca no braço do irmão e ficou irritado: "Ele fez isso de novo? Droga, eu vou matar esse velho".

"Calma, mano. Isso não foi nada"

Vegas, no entanto, não estava disposto a deixar passar a violência do pai e disse "Não foi nada? Ele não tem o direito de te machucar. Eu vou lidar com isso". "O que esse maldito fez com você e comigo é muito pior do que uma marca no braço. Ele não merece nosso respeito e nossa consideração", disse Vegas, com um tom sério.

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