Summer Love Parte II (Adaptação Brutinha)

327 - Eu tinha certeza sobre você por um minuto, agora não tenho mais

Quando Fatinha entrou no quarto de Bruno, ele estava de costas para a porta. Não percebeu que ela estava ali - ou não fez questão de mostrar isso a ela -, apenas continuou parado, em pé, olhando pela janela.
- Bruno- Fatinha conseguiu dizer, após um minuto parada. Nunca tinha se sentido tão mal em toda sua vida. - Preciso conversar com você.
Bruno virou de frente, no mesmo lugar, e a encarou.
- Fala.
- Eu não sei mais o que falar, poxa! - a garota disse, desesperada. - O Sal... Ele quer... Ele quer acabar com a gente!
Bruno arqueou a sobrancelha.
- Era isso que você tinha pra falar? - perguntou, o tom de voz baixo, mas Fatinha conseguia sentir a ira por trás daquela frase.
-Bruni , por favor! – Fatinha disse, com a voz chorosa. - A culpa... Não é minha! Eu não estava com você quando eu... Você sabe.
O silêncio se instalou no local. Fatinha conseguiu escutar passos na escada, conseguiu escutar os carros na rua. Bruni a olhou.
- Você o amava? - ele perguntou subitamente, e então Fatinha entendeu que seu problema era um pouco mais complexo do que o previsto.
- Claro que não - respondeu prontamente.
Bruno riu.
- Sabia que eu adoro quando você mente pra mim? - disse, irônico. - Já tentou ser honesta uma vez e falar sério comigo?
Fatinha sentiu o peito apertar. Aquilo era muito injusto. Ela daria a vida por aquele cara. Era óbvio que ela o amava. Por tanto tempo, nem sequer se lembrara da existência de Sal. Não achava que fosse um erro não ter dito "Eu te amo", afinal, nunca pensou que isso fosse algo que Bruno sentiria falta.
Pra variar, estava errada. - Ok, Bruno, não seja injusto - disse, tentando soar coerente e adulta. - Era outro tempo! Eu era uma garota idiota e ingênua demais, e o Salvador... Ele era o desejado da escola! Eu posso ter dito que o amava, mas hoje vejo que estava enganada - ela respirou fundo. - Porque eu sei o que é amor, mas aprendi agora. Aprendi... Com você. – Fatinha sentiu as bochechas queimarem. Ótimo, que ridículo. - Porque eu amo...