CAPÍTULO CINCO

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Fui dormir as duas da manhã e tive que acordar às seis. Ou seja. Só dormi quatro horas, e não é bom para alguém que está com uma ressaca de merda, martelando a cabeça para o resto do dia. Quantas horas ela irá ficar assim?

Nem eu sei.

Só sinto que esse dia será longo e que tudo não irá contribuir para a minha dor de cabeça passar. Eu não deveria ter tomado aquele vinho de merda. Agora parece que minha cabeça vai explodir a qualquer, minuto.

Coloco uma calça moletom, e uma blusa branca. Estou pouco me lixando em como eu estou. Só quero que essa dor acabe. Vou até o banheiro e lavo meu rosto com um sabonete líquido. Coloco a pasta na escova e escovo os meus dentes.

Bagunço meu cabelo e coloco o meu óculos.

Uso o óculos só quando eu vou ler as vezes ou então quando eu estou com essa dor de cabeça miserável. Alivia um pouco, porque eu não consigo ver as vezes as coisas ou então fica tudo meio embaçado, então eu evito.

Pego meu celular. E olho para o notebook. Não sei se vou usá-lo, não sei se eu irei precisar dele. Só estou pensando parado.

Não quero ir trabalhar. Ahhh merda.

Deixo o notebook e olho para cima e suspiro forte. Vou até a cozinha e pego uma cartela de Ibuprofeno e uma de Dipirona. Desculpa médicos, mas não tenho amor a minha vida. Pego um de Dipirona e um comprimido de Ibuprofeno e guardo a outra cartela para depois. Se caso não passar.

Pego meu celular de novo e a chave do carro. Ligo o celular e tem mensagens de Ruby. Dou um sorriso para o nada.

Merda

Ela me deixa louco.

Vou até o Whatsapp e vejo oque ela quer.

Ruby: Bom dia. Sei que você deve estar de ressaca. Então eu queria saber se você está bem.

Ruby: Stephan você vai trabalhar?

Começo a digitar sorrindo.

Eu: Já estou indo, Ruby Gross.

■■■■

Chego estacionando o carro, e desço. Ruby está no banco de fora esperando. Está de olhos fechados e com um suéter e ouvindo música. Está tão alta que dá para ouvir de longe, ela nem percebe eu chegar. Paro em sua frente e espero ela perceber que estou aqui.

Ela não percebe.

Cruzo os braços e olho para ela com a mandíbula serrada. Acho que não será nada demais, se eu chamar a atenção dela dando um beijo em sua boca. Irei assusta-la, mas não tem problema.

Chego mais perto e me abaixo. Encosto minha boca na de Ruby e dou um selinho, repleto de doçura. Ela se assusta. Eu a levanto. E a prendo sobre meu corpo. Ela sabe que sou eu, mas percebeu agora.

Seu beijo está intenso, mesmo assim ela continua. Sua boca presa a minha, e sua língua dançando sobre a minha. Sinto que o remédio está fazendo efeito e está dando certo na hora certa – nunca duvidei.

Continuamos a nos beijar, e não nos soltamos. Ela coloca a mão sobre meu cabelo e enfia os dedos sobre os fios dele. Solto minha boca da dela e levanto meu rosto para cima, passando a cabeça sobre sua mão. Não sei que sentimento estou sentindo, mas estou gostando.

Ela continua com o cafuné, e traz minha boca de novo para a dela. Levo minha mão para baixo do seu corpo. Massageando e passando a mão de leve. Nem solto minhas mãos dela. Tento pegar a chave e me atrapalho todo. Ouço um risinho saindo de Ruby Gross.

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