Feliz aniversário Sn!

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Sn

Lembre-se de fazer um pedido antes de apagar as velas, Sn!! - Minha mãe dizia

Até parece mamãe, que eu iria esquecer da melhor parte disso tudo, fecho meu olhos rapidamente e me concentro no meu desejo: "Eu quero voltar pra Santa Catarina"

Antes que eu soprasse a vela, a voz da minha prima que estava bem ao meu lado, entrou nos meus pensamentos

Marina: Aí sua burra! Não pode falar o desejo em voz alta, senão ele não realiza

Eu já ia responder que o pedido, o bolo e o aniversário eram meus, e que eu fazia o que bem entendesse, mas a minha tia falou antes.

Marcele: Marina! Será que nem na hora do parabéns você para de implicar? - ela fala, dando um leve beliscão na minha prima, preferia eu mesma ter dado.

Paola: A Marina está certa - minha mãe se intromete - O pedido de Sn, não vai se realizar, Mas não porque ela mencionou em voz alta - ela acrescenta com uma voz cansada - Meu bem, já discutimos isso umas 80 vezes, Nossa vida agora é aqui, em Minas Gerais.

Subitamente, perdi o interesse pelo enorme bolo de brigadeiro, que estava ali na mesa, Sem ao menos me preocupar em apagar as velas, saí pisando duro em direção ao meu quarto.

Sn: Se eu não posso voltar para Santa Catarina, eu não quero nada! Até por que nada em Belo Horizonte tinha o poder de me fazer feliz - dito isso vou para o meu quarto batendo a porta com força.

Paola: O fato de ser seu aniversário, não lhe impede de ficar de castigo Sn! - ela dizia do outro lado da porta.

Sn: Mal faz, já me sinto de castigo nessa droga de lugar, nessa cidade sem graça - eu argumento.

Deitei-me na cama e comecei a me lembrar de como o meu aniversário do ano anterior, havia sido diferente, Eu tinha convidado todas as minhas amigas para ficarmos de boa na piscina, meu pai, havia feito um churrasco, o dia não poderia ter sido melhor, É tão complicado voltar ao passado...

Ouvi batidas na porta

Sn: Vá embora - eu mando

Mas aparentemente não funcionou, dois segundos depois, escutei também um ganido.

Levantei-me depressa e abri.

O biscoito balançava o rabinho todo contente, mas, infelizmente, minha prima enxerida logo vem atrás dele.

Ela entrou no quarto fechando a porta, e sem ao menos pedir permissão, sentou-se na cama.

Fingir chegar algumas mensagens no WhatsApp apenas tentando ignorar sua presença.

Marina: Prima...- ela começou baixinho - Sua mãe ficou tão triste, ela está quase chorando lá embaixo.

Fingir não ouvir e permaneci ali, na minha atuação barata

Marina: Droga Sn! Agora você já tem 16 anos, não pode continuar agindo como um caramujo, que se esconde na concha a cada contrariedade!

Isso fez com que eu largasse o celular com força, é ela conseguiu me deixar mais nervosa ainda.

Sn: E você é muito adulta pra me dar conselhos não é mesmo Marina? Que tal você ir se fuder?

Minha Vida Fora De Série - Jenna Ortega Onde histórias criam vida. Descubra agora