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Depois que Bree estava mais calma, eu resolvo perguntar algumas coisas sobre ela.

— Bree, se você se sentir confortável, me conta um pouco da sua história. - peço, me sentando do lado da garota.

— Meu pai fazia coisas comigo. - Bree murmura baixinho

A raiva toma conta de mim no momento que escuto essa frase. Ela era abusada pelo próprio pai.

— E além disso, ele me agredia também. Chegou um dia que eu não aguentava mais, e decidi fugir de casa. Eu não tinha muito dinheiro, mas foi o suficiente para comprar uma viagem de ônibus para Seattle. Chegando lá, eu tentei conseguir um emprego, mas ninguém queria contratar uma menina de 15 anos, então eu comecei a roubar para comer. Eu dormia em qualquer lugar que me sentisse um pouco segura, como becos e parques. Meu maior medo era que a polícia me encontrasse e me levasse para o meu pai. Se eu voltasse, ele com certeza me mataria. Quando completaram três semanas que eu tinha fugido, o Riley me achou revirando o lixo, e me ofereceu um hambúrguer. Como eu estava com muita fome, aceitei, e a partir daí você já sabe. - ela explica, quase chorando

O pai dela é um monstro, e ela com quinze anos já sofreu mais do que muita gente. Eu estava quase chorando junto com ela.

— Sinto muito por tudo, Bree. Nem consigo imaginar o que você sofreu. Nada vai te machucar a partir de agora, eu prometo. - eu digo e abraço ela

Nenhuma palavra de conforto que eu disser será suficiente para consertar o que ela já passou.

— Depois da transformação, tudo passou a se tratar de instintos e sobrevivência. Eu tinha que viver escondida constantemente, pronta para matar ou morrer. E quem diria, até mesmo isso pareceu mais interessante do que minha vida humana desastrosa. - ela continua dizendo

— Agora você tem um família que vai cuidar de você sempre. - eu aperto ela no abraço

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Bree estava agora com Rosalie. Eu deixei a garota com ela, e sai em busca de um dom novo. Não tem muitos vampiros em Forks, então recorri a algumas cidades vizinhas.

Depois de correr muito, entro em um beco. Havia um vampiro rindo e um humano apavorado.

— Meu deus! Essas cobras estão se enrolando pelo seu corpo inteiro! - o vampiro diz e o humano começa a gritar e se debater.

Perfeito, ilusão.

Eu me aproximo dos dois, e o vampiro me nota.

— Eai, gatinha. Você não é daqui. - ele diz

— Não mesmo. Estou só de passagem. - respondo

— Então arruma seu canto. Esse humano é meu. - o vampiro manda

Recém-criados sempre tão educados.

— Você vai se arrepender disso. - eu ameaço

Eu seguro o pescoço do vampiro, clonando seu dom e fazendo com que ele sinta dor. Logo em seguida, arranco seus braços e coloco fogo no corpo.

O humano para de gritar e olha para mim. Quando o vampiro morreu, a ilusão acabou.

— O que está acontecendo? - ele pergunta assustado e engatinha para trás, batendo as costas contra a parede.

Redemption - Jane VolturiOnde histórias criam vida. Descubra agora