Cᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ 05

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Narradora

Na manhã seguinte...

Enquanto na isso na mansão de Lady Alice Collins tia de Adeline, estava na maior tranquilidade, Alice estava tomando chá com as suas amigas e sua sobrinha estava no jardim lendo um exemplar de seu livro de romance favorito.

- A Sua tia me disse que eu podia te encontrar aqui. - Elizabeth Campbell Condessa de Cambridge expressou ao ver sua amiga no jardim.

Elizabeth: Recebi o seu bilhete esta manhã, ontem eu tinha tanta vontade de saber notícias suas e pode te ver, Mas você foi embora tão cedo do baile de ontem à noite que nem deu tempo de nós encontrarmos.

Adeline: Lizzy... Que prazer te ver de novo, quando foi que chegou a Londres?

Elizabeth: Cheguei ontem pela manhã.. é quando cheguei fiquei sabendo que a minha família tinha sido convidada para o baile do Visconde e Viscondessa Bridgerton, então Line  como você se sente essa manhã? - ela disse ao se sentar ao lado de sua amiga.

Adeline: Por acaso eu poderia mentir pra você?  - ela respirou fundo, enquanto olhava para sua amiga.

Adeline: Uma parte de mim quer largar tudo e voltar para a minha propriedade em Brendwell, tu sabes tão bem quanto eu minha amiga que Londres me asfixia, eu me sinto aprisionada... Mas outra parte de mim, me lembra do dever que eu tenho com a minha tia que é a minha única família, e isso me faz lembrar do quanto ela me ama e se importa comigo... E eu não posso negar em deixá-la feliz, e se tem algo a faria feliz é a sensação de que conseguiu o impossível...Encontrar um marido para mim. Ela ainda não desistiu dessa ideia infundável.

Elizabeth: Mas você sim, certo?

Adeline: Você sabe muito bem que eu já não sou mais uma garotinha iludida que sonha com o príncipe encantado, há muito tempo em que eu me acostumei com o fato de que ninguém se interessará por mim...Por Deus Lizzy, eu sou uma solteirona de 29 anos! - ela sentia o coração tão vazio, mais do que já havia sentido antes, por isso uma lágrima escorreu por seu rosto. - Mas, eu não quero desiludir e magoar minha tia, então por isso eu aceitei ir ao baile do Visconde Bridgerton, mesmo que contra minha vontade.

Elizabeth: Adeline... - ela disse a repreendendo.

Adeline: Eu sei o quanto valho lizzy, eu não quero que pense que eu estou me desvalorizando até porque eu não estou, eu apenas estou sendo realista, é muito tarde para mim poder me casar, infelizmente o meu tempo passou e quando mais rápido tia Alice aceitar isso, melhor será para mim e para ela... - ela disse suspirando.

É para Adeline aquela era uma verdade incontestável, mas doía na mesma ter que admitir isso para si mesma, e sem dizer nada para a sua amiga, por dentro ela se questionava, em como sua tia havia podido lhe ocorrer imaginar que Michael sheffield, o Duque de Brendwell poderia se interessar por ela, sendo que naquele baile havia uma infinidade de donzelas mais novas e mais bonitas que ela e seriam opções muito melhores do que um dia ela um dia poderia vir a ser.

Elizabeth: Isso não é verdade, eu sei que um dia irá aparecer alguém que irá enxergar em você tudo o que quer em uma esposa. - ela disse cheia de esperanças.

Adeline: Ah! por favor lizzy, não seja iludida como minha tia, mesmo que haja algum homem que se interesse por mim e me queira como sua esposa, ele perderia imediatamente o interesse assim que soubesse da minha desonra.

Elizabeth: Você não sabe disso minha amiga.

Adeline: Ah, eu sei sim, todo homem quer que sua esposa seja uma moça casta e inocente, todo homem quer ser o primeiro e último homem na vida de sua esposa, você e eu vimos nos últimos anos noivados serem cancelados porque os noivos descobriam que suas noivas foram tocadas por um homem antes do casamento, então não minha amiga eu não tenho essa ilusão de que um homem irá aparecer e vá se querer casar comigo mesmo sabendo que sou desonrada.

Elizabeth: Você pode até me chamar de iludida, mas eu acredito firmemente que existe um homem que irá se interessar por você e que vai ter aceitar mesmo sabendo que já foi tocada por um homem antes do casamento.

Adeline: Lizzy por favor não. - ela disse negando com a cabeça.

Elizabeth: Mais é verdade minha amiga, eu ainda tenho esperanças de que tenha homens disponíveis que aceitem se casar com um mulher desonrada, como o meu marido fez comigo.

Adeline: O seu marido foi uma exceção Elizabeth, você teve sorte de encontrá-lo, e nem todas as mulheres tem essa sorte.

Elizabeth: Tu podes não acreditar em mim, mais eu sei do que estou falando, e sei que eu tenho razão. - ela disse confiante.

Adeline: É como é que tens tanta certeza?

Elizabeth: Eu apenas sinto em meu coração

Adeline: Os Sentimentos do coração na maioria das vezes são irrelevantes e enganosos.

Elizabeth: Não são não.

Adeline: São sim, você ainda pode ter esperanças por mim, mas eu já não as tenho mais, a muito tempo que eu deixei de sonhar com um príncipe encantado querendo se casar comigo e formar uma família, me diga Lizzy sinceramente, você acha mesmo que alguém se interessaria por uma solteirona de 29 anos que ainda cima e desonrada e que teve uma filha fora do casamento? Filha essa foi tirada de mim pelo meu pai assim que nasceu.

Elizabeth: Nossa, como você é pessimista.

Adeline: Não minha amiga eu não sou pessimista, eu sou realista é essas duas coisas são completamente diferentes, e eu também não sou iludida como você é minha tia.

Elizabeth: Não somos iludidas, nós apenas temos esperanças de que um futuro melhor virá para você.

Adeline: Esperanças essas que não tem fundamento, quando será que vocês duas irão perceber que esse sonho de me verem casada não irá acontecer.

Elizabeth: Nunca e tempo demais e nenhuma de nós e Deus para saber do lhe espera no futuro. - ela disse e Adeline soltou um suspiro cansada sobre ter que falar sobre isso.

Adeline: Minha amiga por favor chega deste assunto, pelo o menos por hoje. - ela disse cansada sobre ter que falar de um assunto que a machuca.

Elizabeth: Tudo bem eu não iriei mais falar sobre isso, pelo o menos não mais por hoje.

Adeline: Obrigada.

Elizabeth: De nada, agora vem vamos entrar para dentro que quero falar com a sua tia, estou com saudades dela. - ela disse se levantando de onde estava sentada e estendendo a mão para sua amiga que rapidamente a pega levantando-se do balanço que estava sentada lendo o seu livro.

Adeline: Vamos, está quase na hora do chá da tarde, e eu estou com fome. - ela diz a amiga e então as duas enroscam os braços uma na outra e saem juntas do jardim indo para dentro de casa.

Gɪᴠᴇ ᴍᴇ ᴀ ʟᴏᴠᴇ || O Duque de Brendwell Onde histórias criam vida. Descubra agora