I. Recitando Laços Putrefados

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No Portuário de Sjøhviler (tradução: Onde o Mar descansa), o vento alisio e gelado batia ricocheteando copos de lata no porto de mandigos e corsários cansados que estavam largados após dias de viagem no mar, tremendo de frio. Os copos rolaram às pontas do cais de madeiras rachadas e com algas semi-congeladas pelo frio, caindo no mar como um abandono singelo de algo supostamente trivial. A água do mar batia e o dia estava azulado no evanescer daquele dia, conspicuando um dia sombrio.

No entanto, uma fragata bem armada aproximava-se lentamente do cais, podia-se ouvir a falação dos marinheiros, com eles cantarolando uma estranha poesia:
- Ei, ei, ei! Um bom caçador eu sou!
Com sete jarrões de cerveja iremos além!
Ei, ei, ei! Abra teus vampiros que o meu tiro te alcançou
E como demônios devolveremos teu corpo a quem?
Hoh, hoh, hoh! Para o inferno a ti levou!

O vento trazia a cantiga que eminenciava as atitudes não probas de cada um dos marinheiros: eles faziam parte da Milícia de Nilsen, uma guarda militar que era comandada pelo Lorde Nilsen; que tinha como objetivo extinguir a maldição das criaturas vermelhas das três ilhas. O fragata aprochegava-se do Cais lentamente em movimentos de manobra do Capitão do navio, enquanto as velas puídas da grande embarcação recolhiam-se lentamente; os marinheiros organizavam seus equipamentos para aportar no porto enquanto a lua surgia ao horizonte lentamente. O casco do navio estava bem danificado e desgastado, era uma embarcação antiga.

O navio aportou e os marinheiros começaram a descer com semblantes cansados e desgastados, alguns até mesmo feridos pelas criaturas inimigas; suas vestes eram esfarrapadas e alguns caminhavam tremendo por causa do frio, a geada para aquele dia é indubitável. Na proa do navio, diversos homens cheios de cicatrizes e musculosos, com o semblante de cansados, arrastavam algumas das criaturas para fora do navio de forma explícita; pareciam até civis comuns apesar do comportamento hostil, sabiam até mesmo falar como qualquer um ali. Em sua redoma haviam outros soldados com seus rifles apontados para as criaturas caso elas tentassem algo, todas estavam bem acorrentadas e cabisbaixas por causa da repressão, tirando a criatura que estava na frente; era um jovem de cerca de 20 anos com vestimentas sociais simples e levemente rasgadas, com fios de cabelo longos e escuros, levemente ondulados e que alcançavam até seus ombros. Este começou a tentar resistir, seu rosto havia uma ferida grave em um de seus olhos que parecia estar com certa dificuldade de regenerar. O jovem vampiro tentou resistir os puxões de correntes dos homens musculosos com sacudidas até um deles acabar se aproximando, atacando-o no braço com seus dentes, semi cravando-os na pele do homem.

Repentinamente, naquele instante, um disparo foi feito do alto convés; era o capitão do navio! O homem tinha um olhar frio, com os olhos esverdeados e o cabelo cacheado loiro, disparando com seu bacamarte prateado de forma certeira na cabeça da criatura, consequentemente matando-o imediatamente ali; fazendo o corpo cair e um sangue levemente acinzentado começar a sair da cabeça do jovem com o olhar já sem vida. Estava de fato morto.

Uma garota de cabelos bem longos e levemente ondulados, com uma franja marcante em formato de "V"; a garota era extraordinariamente única, seus traços convidavam uma dança serene entre a lua e o sol, como um eclipse. Suas delicadezas em gestos meigos e especiais remetem a uma verdadeira rainha e condessa, exibia elegância mesmo em um cenário tão caótico.
Suas vestes reluzem algo além de uma beleza única e se completam de forma complexa à sua elegância, demarcando os laços complexos deste todo esplendor autêntico, com um vestido manchado e levemente rasgado que estava entre as criaturas prisioneiras e acorrentadas, a jovem gritou de desespero, começando a chorar; ela estava inquieta mas sabia que não podia remexer-se demais ou acabaria como o garoto. Ela estava inquieta e desesperada, chorando sem parar enquanto o corpo tremia de desespero. Seus pensamentos a engoliam e devoravam junto ao desespero, foi uma atitude cruel, de fato. Ela não sabia ao certo como agir ou o que fazer, mas seu corpo era puxado a força pelos homens nas correntes, ela apenas pôde olhar o garoto caído ao chão, já morto. Tomou-se ao silêncio, com os olhos escorrendo lágrimas vazias de toda a angústia, indubitavelmente era alguém importante para a garota.

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⏰ Última atualização: Jun 13, 2023 ⏰

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