[6] Como quiser

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Olá minhas estrelinhas, como estão?

Esse capítulo será narrado pelo nosso alfa preferido hehehe.

Boa leitura 💐.

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Jung Hoseok

Consolo.

É curioso como uma simples nota de música pode ser a corda que nos puxa para outra dimensão. Uma dimensão onde, por mais que eu tente escapar, a realidade ainda me envolve com suas garras afiadas. A melodia que escolhi para encontrar consolo parece fazer o oposto. Em vez de acalmar, ela amplifica a dor que guardo no peito, levando-me mais fundo na confusão emocional. A garganta aperta, como se o choro estivesse preso em um lugar inatingível, e, por mais que eu tente soltar, ele se agarra ali, insistente. Implode e explode ao mesmo tempo. 

A ironia é que, no fim, ninguém pode te ajudar mais do que você mesmo. As pessoas ao redor são meros espectadores, enquanto você se torna o próprio garçom da sua dor, servindo a si mesmo enquanto todos assistem. 

E mesmo que eu não queira aceitar, o alívio virá... no tempo dele. Depois que a tempestade da perda devasta tudo ao meu redor. 

O destino, ah, esse infeliz sempre foi um inimigo. Não basta me atingir com a perda da pessoa mais importante da minha vida, ele precisa trazer mais surpresas no meio do caos. Quando achei que nada mais poderia me abalar, ele aparece. Taehyung, com seu cheiro inconfundível de frutas vermelhas e olhos castanhos que parecem absorver toda a confusão ao seu redor. 

Ele está parado na minha frente, tão confuso quanto eu. 

— Achei que você não o conhecesse — Taemin rompe o silêncio, caminhando lentamente até Taehyung, o ar entre nós pesado. 

— Eu o vi uma vez... há alguns dias atrás — justificou-se, sua voz suave, quase como um sussurro perdido. 

Taemin alterna o olhar entre nós dois, sua expressão carregada de desconfiança. Seus olhos, sempre afiados, agora são como lâminas. 

— Pare de ser paranoico e me olhar assim. Está me deixando nervoso — o ômega diz, mas o cheiro dele... o cheiro estava ficando mais forte, mais denso. O aroma de frutas vermelhas, antes tão suave, agora parecia preencher todo o ambiente. E, ainda assim, não consegui parar de inalá-lo, como se minha vida dependesse disso. 

— Hmm, estou de olho em vocês — suspirou, e por um momento, sua postura rígida relaxou. — De qualquer forma, acho que deveríamos sair um pouco daqui. Comer algo, respirar. Foi uma manhã longa. 

Assentimos, todos de acordo. Mas Namjoon, sempre prático, lembrou do velório que ainda teríamos que enfrentar. 

— Mais tarde teremos o velório. Vou resolver as últimas coisas com a funerária e... 

— Sabe que nossa mãe não queria ser enterrada, Jonnie. Ela sempre pediu para ser cremada, e que suas cinzas fossem espalhadas em um lugar bonito. — Minha voz cortou a dele, e ele apenas assentiu em concordância, o peso da realidade finalmente parecendo cair sobre ele também. 

— Eu conheço um lugar perfeito — Taehyung se manifestou, atraindo nossa atenção. — Um lago em um parque na cidade de Taemin. Muitas pessoas jogam as cinzas dos familiares lá. É um lugar tranquilo, bonito. 

— As cinzas do nosso pai foram jogadas lá também — acrescentou Taemin, com um tom suave. 

Namjoon, sempre o responsável, tomou a palavra: 

Falling Like The Stars | VhopeOnde histórias criam vida. Descubra agora