APENAS UM BEIJO - Keisuke Baji duoshot

ʀᴏᴍᴀɴᴄᴇ ᴄᴏᴍ ᴋᴇɪsᴜᴋᴇ ʙᴀᴊɪ ᴘᴛ. 2

TW (trigger warning): Contém palavras de baixo calão e conteúdo sexual implícito.

[You]

Algum celular tocava, mas não parecia o meu, "8:25", era o que o relógio marcava agora, esfrego os olhos, solto um bocejo e então olho para o corpo adormecido ao meu lado, ambos nós ainda estávamos nus e melados, apesar de tudo, ele ainda era como um anjo quando dormia. Observo seu rosto angelical antes de cobri-lo melhor e levantar-me da cama procurando de onde vinha o som.

O celular de Keisuke era o qual estava tocando, na tela tinha escrito "Mãe" com um coração ao lado junto dos botões de atender ou recusar a chamada, o garoto ainda estava dormindo, então eu mesmo atendo, falando em voz baixa para não acordá-lo.

― Keisuke?! Filho?! ― Ryoko, a mãe de Kei tinha sua voz desesperada, as notificações do celular mostravam que já tinha recebido outras quatro chamadas perdidas da mesma.

― Bom dia, senhora Ryoko.

― Quem... [You]?

― Eu mesmo, Keisuke ainda está dormindo, quer que eu acorde-o?

― Dormindo... Ele passou a noite no seu apartamento?

― Passou sim.

― Ah, que alívio, [You]! Não sabe o quanto me deixou aliviada. Achei que ele estivesse fudendo com outros caras depois que saiu irritado de casa. ― Ela suspira, eu sabia que em partes ela não estava errada.

― Está tudo bem, ele está aqui comigo, senhora Ryoko.

― Sabe, [You]? Você é o garoto que tem amizade com o meu filho que eu mais confio, eu fico muito feliz em saber que Keisuke tem alguém tão dócil quanto você. ― Eu rio com seu desabafo. ― Deixe-me fazer uma pergunta um pouco mais pessoal, você também gosta de garotos, [You]? ― Sua pergunta me pega de surpresa, mas sempre me dei bem com Ryoko, sempre a-tratei como uma figura materna e ela como se eu também fosse seu filho, ela sempre apoiou Kei, então sei que também me apoiaria.

― Principalmente de garotos, senhora Ryoko, se bobear apenas de garotos. ― Ela ri.

― Não me leve a mal, somos dois adultos, mas eu ficaria muito mais tranquila se você fosse namorado do meu filho, assim ele não transaria com otários por aí quando está bravo. ― Rio um pouco antes de responder.

― Se seu filho deixar, posso tornar-me namorado dele e fazer do seu desejo realidade.

― Como é? ―Eu me desespero ao perceber o que acabei de dizer, então me enrolo um pouco nas próximas falas.

― O-o que?! O que eu disse?! E-eu não disse nada! Foi uma boa conversa, vou pedir para Keisuke ligar para a senhora mais tarde! Tenha uma boa tarde! N-não! Um bom dia! Isso! Tenha um bom dia, senhora Ryoko! ― Escuto sua risada antes de eu desligar a chamada.

Dou gritos internos enquanto tenho mini surtos, desligo a luz de led que mantivemos ligada durante o sexo, abro um pouco as cortinas deixando apenas um pequeno feixe de luz e visto apenas uma cueca. Quando estou mais calmo, mas ainda pensativo, dirijo-me ao banheiro e jogo um a água gelada no meu rosto, escovo os dentes e vou direto para a cozinha preparar algo para comermos.

Café com leite, maçãs cortadas em formatos fofos, um pedaço de bolo e torradas, estava tudo preparado em duas bandejas, uma para mim e outra para Keisuke. Sigo para o quarto novamente e quando passo pela porta, encontro o meu garoto de cabelos longos sentado na cama com apenas metade de seu corpo coberto, cabelos bagunçados e que encarava a parede com os olhos semiabertos.

― Oi, gatinho... Que horas são? ― Ele olha em minha direção ainda se acostumando com a luz que vinha da janela. Deixo uma das bandejas no colo de Baji e me acolho nas cobertas ao seu lado apoiando a minha bandeja no meu colo também.